segunda-feira, 14 de março de 2011

‘QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER... "

• Esse Bernardo é bom de bola. Em, outros tempos ele já era jogador do Vasco. O clube já teria comprado seu passe. Naqueles tempos em que o Calçada ligava para um patrício (como fez na contratação do Bebeto) e o poderoso checão pousava em São Januário. Para falar do Vasco de hoje, tenho sempre que voltar ao passado. Eu me lembro, perfeitamente, estava chegando ao Rio, ainda não trabalhava em Rádio. Naquela época eu nem falava aquele nome. Flamengo, pra mim, era palavrão. Morei algum tempo na rua Senador Vergueiro e quando me perguntavam qual era o meu bairro eu respondia: “fica entre o Catete e Botafogo.” Depois, como profissional de comunicação, essa alergia passou. O Vasco atual, me leva sempre ao passado. Mas, sofrendo no presente diante de um desastre administrativo, tenho que pensar também no futuro. E sempre quis um Vasco renovado. Sangue novo. Gente nova, fazendo política (no bom sentido) dentro do Clube. Por isso, vejo com simpatia a Cruzada como movimento político-renovador dentro do Clube. Gente nova, se unindo a outros mais antigos, mas todos imbuídos de uma só vontade – servir ao Vasco. E não se servir do Vasco. Estou proibido pelos meus netos de dirigir. Por isso não sei se estarei presente, fìsicamente, à reunião de quinta-feira na Casa Vila da Feira, para lançamento da candidatura do Leo à presidência do Vasco. Em tempo – eles, os netos, acham que eu não devo mais encarar esse trânsito louco do Rio. Eu me considero em perfeitas condições. Mas, como eu dava a mão a eles, quando eram crianças, para atravessar a rua, hoje, eles tiram
• minhas mãos do volante. Se eu não estiver presente fìsicamente na Vila da Feira, estarei presente espiritualmente. Vou plagiar Jesus Cristo. Não faço por menos. Se eu posso plagiar Cristo porque vou plagiar outro menos importante. “Onde estiverem reunidos dois ou mais vascaínos bem intencionados eu estarei no meio deles.” E o pessoal da Cruzada é bem intencionado. É o único grupo que tem um programa de governo para o Vasco. Chega dessa bobagem que” ainda é cedo, que ainda não chegou a hora deles.” Se Abraão pensasse assim (hoje estou muito bíblico) não teria feito centenas de filhos. A hora é essa. Se perder, será uma experiência importante. Os torcedores vão tomar conheci mento de um grupo de gente nova, disposta a se dedicar ao Vasco. A resgatar sua História e suas glórias. Remember Lula (agora mandei a Bíblia pro brejo). A hora dele nunca chegava. Mas ele não desistiu. E acabou sendo eleito duas vezes. E elegeu sua substituta. No dia da eleição, estarei lá votando no Leo (se deixarem. Da última vez tiraram meu nome da lista). A hora é essa. Como imortalizou em seu poema meu amigo e colega de faculdade Geraldo Vandré: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”
• Um beijão em todas as mulheres vascaínas pelo dia oito de março, dia internacional da mulher. Mulher vascaína é o que não falta, felizmente. “Em memória”, a grande dama da arquibancada, Dulce Rosalinda. Mas que as mulheres, vascaínas ou não, lembrem-se da gente homem.Afinal, se não fosse a nossa costela....não existiria o dia internacional da mulher..
SARAVASCO!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O NOVO QUE DESPERTA A SAUDADE DO VELHO...

É uma questão cultural brasileira desrespeitar as coisas do passado, fazendo do novo uma bandeira de luta diária. Eu, por exemplo, detesto ser homenageado por serviços prestados. No Brasil, quando alguém é homenageado por serviços prestados é porque não presta mais pra serviço nenhum. E eu ainda me considero prestador de serviços. É o espírito de repórter que vive dentro de mim. Essa coisa só para quando a gente morre. Mesmo assim, ainda se tem vontade de voltar para contar aos amigos como é a coisa lá do outro lado. Estou falando essas coisas por causa da situação do nosso Vasco. De repente, vindo do nada, surgiu um movimento chamado NOVO VASCO. Tão falso, tão despojado de estrutura, tão fraco, que já morreu. Não durou dois anos. Ninguém fala mais no tal NOVO VASCO. Nada mais velho do que ele. Só que, nesse caso, é velho no mal sentido. Aquele velho que cheira a naftalina, que anda de muletas e o comportamento é marcado pela demência. Não é aquele velho que dá exemplo ao novo, que fala de glórias e conquistas, de vitórias, de troféus valiosos, que navega, esguio, num mar de emoções, com histórias lindas para contar. É deste velho que eu tenho saudades. Não tão velho assim. Até o final da última década ainda tínhamos pedras preciosas em nossa vitrine. Títulos indeléveis, conquistas gigantescas, craques do tipo Romário, Bebeto, dois Juninhos, Mauro Galvão, Felipe, Euller,Mazinho, para ficar, apenas nos mais recentes. O Vasco era um clube vivo com times fortes e vencedores. Não entrava para disputar. Entrava para ganhar. Tinha o respeito de todos, inclusive dos juízes. Antes de apitar um pênalti contra a gente, ele contava até dez. Se progredirmos mais fundo ao passado (no caso do Vasco, voltar no tempo não é andar para trás, mas progredir) vamos encontrar times que eram o sonho de consumo dos torcedores do mundo inteiro. Onde o Vasco chegava era uma festa. O futebol do Vasco era produto de exportação. Da mais alta qualidade. Aí, na contramão dessa história gloriosa, surgiu o chavão do novo Vasco. Como se o nosso passado não recomendasse. Como se os títulos conquistados não contassem. Como se a imensa torcida, a grande nação que foi sendo construída graças às glórias conquistadas, estivesse dissipada. Então, gente que não tem nada a ver com o Vasco nem com a sua História resolveu criar o novo Vasco. E ele está aí. Sem vida. Amorfo. Destruído. Humilhado. Sem eira nem beira. Sem destino. Passando de ator principal a humilde figurante. Vascaíno de verdade não se engana. Ele sabe quando as coisas não estão bem. Só que o Vasco sempre reagiu aos maus momentos. Os iconoclastas, que atualmente “dirigem” o nosso destino têm os seus dias contados. A História do Vasco até falará deles. Com todas as letras minúsculas. Com todas as lágrimas que marcaram nossa passagem pela humilhante segunda divisão. Eles se esquecem que só os vencedores fazem o Velho sempre novo. Sòmente eles aparecem como heróis em qualquer história. Mas, essa história também fala dos fracassados, incompetentes e destruidores. Eu sei que um dia, o Vasco voltará aos trilhos do inesquecível Expresso da Vitória. Para ser mais atual, mais novo, o Vasco passará de Expresso a Trem Bala do futuro.

SARAVASCO!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

QUEM VAI FAZER A PRÓXIMA MERDA????

Está duro de agüentar. Dizem que, lá em Brasília, existe um grupo de pessoas ditas importantes, que passam o dia inteirinho coçando o saco e tentando decidir: “O que é que vamos fazer, amanhã, pra sacanear o povo?” No Vasco vem acontecendo coisa parecida. Cada jogo acontece uma merda. E já tem gente fazendo até bolo para saber quem é que vai fazer a próxima merda. Quem será? O Felipe fez contra o Fluminense. Depois foi o Nilton, Fernando, Titi, Rafael Coelho e até o Fernando PRASS. Não necessàriamente nessa ordem. Mas, merda não precisa de ordem para feder. A última foi feita pelo juiz, contra o Guarani. Rafael Coelho é o campeão. Perdeu pênalti, perdeu gols sem goleiro, deu de canela. Está há muito tempo no Vasco e só fez dois gols até agora. E o Departamento Médico? Ramon fica afastado um tempão com estiramento na coxa esquerda. Volta, joga 180 minutos e cai sozinho. Novo estiramento, no mesmo local. E pelo que a gente fica sabendo, pelo que a gente lê, o exemplo, ou melhor, a merda vem de cima. Ficam botando na televisão que o Vasco é meu. Este Vasco que está aí, não. Não é meu. O meu Vasco é um Vasco vencedor, um Vasco cheio de glórias, um Vasco que metia medo nos adversários. De qualquer parte do mundo. Só de ouvir o nome Vasco o adversário caía de quatro. Este que está aí, infelizmente, não mete medo em ninguém (a não ser em seus próprios torcedores). É um Vasco desfigurado. Um Vasco que luta (?) para não chegar a lugar nenhum. Por título nenhum e que vai descendo, novamente, perigosamente, rumo à perigosa zona que já freqüentamos e que nos levou a uma vergonhosa segunda divisão. E quando a gente já estava protestando contra o Clube de Regatas EMPATE da Gama, a coisa mudou. Para pior. Voltamos a perder. O pior é que a gente não vê, nesse time, força de reação. Nem quando está ganhando. Aí, então, parece que a possibilidade de vitória mete medo. E, então, alguém faz uma merda, cedendo o empate. Desculpa-me o Fernando Prass, por tê-lo citado. Graças a ele, temos evitado resultados mais desastrosos. Só que ele também entrou nesse rodízio merdástico. Nesse momento, a gente até torce para que alguns jogadores sofram de prisão de ventre. Pelo menos, durante os jogos. Dizem que banana é bom para prender. Banana é coisa que não falta no Vasco. Se for verdade mesmo, banana pra eles (banana no bom sentido, senhor moderador) . A que você está pensando faz efeito contrário. Em vez de prender, solta...

SARAVASCO!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O VASCO MUDOU MINHA ROTINA...

Tiririca é o muso da eleição deste ano. Deve ser o deputado federal mais votado do Brasil. De duas uma – ou o povo está mesmo desmotivado, sem esperança na política, ou está querendo que o Tiririca se eleja para parar de cantar. Tem até aquela historinha dos dois caras condenados à morte com execução marcada para o mesmo dia. O carrasco foi procurá-los e perguntou para um deles – “qual é a sua última vontade? Você e seu companheiro de cela vão ser executados na forca daqui a pouco.” O cara respondeu –“bem....minha última vontade...é ouvir um disco do Tiririca.”. O carrasco então virou-se para o outro e fez a mesma pergunta – “qual é a sua última vontade?” O cara não titubeou e respondeu de pronto: “Quero ser enforcado antes dele!”. Isso pode acontecer também na política, por que não? Às vezes me dá vontade de votar em certas pessoas para ver se elas se entregam sòmente à política e deixem o Vasco em paz....Só que, oficialmente, carga de trabalho de deputado (estadual e federal) é de apenas dois dias por semana. E tem muitos que ainda matam esses dois dias. Bem, deixa isso pra lá...só quero avisar que quando tive mandato, raramente faltei ao trabalho. Nosso time continua muito longe daquele Vasco que a gente aprendeu a gostar. Não sabe fazer gols. Este Rafael Coelho é um desastre. Não sei como continua vestindo a camisa do Vasco. Tenho gostado do Rômulo (desarma bem, raramente está errando um passe, sai jogando); o Dedé está confirmando minha previsão de grande zagueiro. Fernando Prass e Fagner também merecem vestir nossa camisa. Mas, Zé Roberto, é um baita enganador. Gira pra ca, gira pra la e não sai disso. O empate com o Avaí em São Januário foi terrível. A derrota para o Inter, em Porto Alegre, ainda se aceita. Embora, por falta de finalizadores, a gente não tenha ganhado o jogo no primeiro tempo. O tal Rafael Coelho, que já tinha perdido um pênalti contra o Avaí, perdeu um gol na pequena área, sozinho. Joga nada. Acho que está faltando uma coisa muito importante no Vasco. Minha atenção foi chamada pela bela coluna do Marcelo Bernardes. Está faltando PORTUGUÊS EM SÃO JANUÁRIO. Calçada foi o último dos moicanos. Os melhores dias do Vasco, suas páginas mais gloriosas, seus maiores feitos ocorreram quando a colônia estava presente. A comunidade portuguesa fazia parte do nosso clube. Fazia parte, literalmente. Vivia o clube. Vivia para o clube. Vivia pelo clube. Durante o esplendor das casas portuguesas (Ginástico, Trás os Montes, Poveiros, Açores, Porto, Poveiros, Vila da Feira, Vizeu, Minho, Beiras e outras) o Vasco já era a maior de todas. Um marco de Portugal no Brasil. Fins de semana em casas regionais sempre foram uma festa. Importante - festas familiares. Com o tempo, a migração foi diminuindo, os velhos portugueses foram saindo de cena. Os filhos e netos buscaram outros caminhos. E nós fomos ficando órfãos. Tristes órfãos de gente tão alegre, bonita, séria e amorosa. Está faltando português no Vasco. A querida colônia que entrava com seu suor, seu sangue, suas lágrimas, seu trabalho, sua vontade, seu amor ao clube. Foram eles, os portugueses, que construíram essa grande paixão chamada Vasco. E, quando eles imperavam, não havia picuinhas, conversa fiada, política rasteira. Havia divergências. Mas, quando se uniam, os problemas eram superados. Concordo com o Marcelo. O Vasco está carente de sua identidade, De suas raízes. Mas eu tenho a certeza de que o sangue português ainda corre nas veias de muitos vascaínos que nem eu. Não sou português nato. Mas sou português de coração, alma e time. Por isso ainda sonho com melhores dias para o nosso Vasco. Qualquer dia, quando menos a gente esperar, vai aparecer um Manuel ou Joaquim brasileiro. Com a mesma garra lusa. Com a mesma paixão lusitana pelo nosso Vasco. Aí, a história voltará a ser História. Com H MAIÚSCULO.

Saravasco!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CORRREÇ]AO NO TEXTO ACIMA ONDE ESTÁ 1980 LEIA-SE 1988. AUREO AMENO

domingo, 12 de setembro de 2010

MUITO, MAS MUITO LONGE DO VASCO QUE EU CONHECÍ...

Mais um empate. O décimo do atual campeonato. Jogo muito ruim contra o Palmeiras. E o Vasco vai deixando escapar a maior chance dos últimos anos para disputar a Libertadores. Isso porque o G-4 virou G-6, pois Santos e Inter já estão classificados para a Libertadores. Este é o Vasco que se contenta em ser coadjuvante. Antigamente, e muitos sabem disso, a coisa era diferente. Na verdade, o último grande time do Vasco foi o de 2000 Vai longe o tempo em que o próprio empate era um acidente de percurso na vida do Vasco. Só sabia ganhar. E ganhar bem. Às vezes, perdia. Mas quando isso acontecia era uma exceção tão grande que virava manchete de primeira página. Certa vez, em plena era do Expresso da Vitória, perdeu para o lanterna Bonsucesso por um a zero. Eu era menino, la no interior de Minas e me lembro que foi gol de um tal de Bolinha. Ficou famoso por esse gol. Encerrou sua carreira tendo como referência “aquele que fez o gol da vitória do Bonsucesso em cima do Vasco.” Mais recentemente, me vem à lembrança do tal Cristaldo. Se não me engano, peruano. Ou boliviano. Sei lá. Só sei que ficou famoso porque levou uma cotovelada do Edmundo. Não teve seqüela nenhuma. Mas toda vez que se falava nele, se dizia: “Aquele que levou uma cotovelada do Edmundo “. O Vasco era assim. Ganhava quando queria. E sempre queria ganhar. Entrava em campo para ganhar. Tinha time para isso. Na disputa da Taça Rio de 1980 eu estava como comentarista em Cabo Frio. Num domingo, dia 10 de abril, se não me engano, o Vasco perdeu de um a zero pra Cabofriense. Se quisesse almejar mais alguma coisa naquele campeonato, não poderia perder mais. E não perdeu os nove jogos restantes. Ganhou oito, empatou um (com o Americano). Foi para a decisão num triangular com Fluminense e Flamengo Ganhou o campeonato. Aliás, o bicampeonato. Com aquele gol do Cocada, o gol da minha vida. Foi mais uma epopéia vascaína. São as boas lembranças que eu tenho do Eurico. Quando só cuidava do futebol do Vasco. Infelizmente, hoje, não se cuida do clube e nem do futebol. Não entendo, por exemplo, porque é mantido em sigilo o valor do novo patrocínio. Aquele que fica no ombro dos jogadores. Acho que o Vasco é um clube aberto. E ninguém pode nem deve esconder nada da sua imensa torcida. O pior é que, quando surge um jogador novo como o Dedé, a gente fica rezando para que ele fique mais algum tempo no time. Que não seja rifado, como acontece sempre com novos talentos. Alguns, a gente nem sabe a quantas vão. Caso do Alex Teixeira. Como está ele? Alguém sabe?
Enfim, este Vasco dos empates não é o Vasco dos embates que eu conheci. Que escreveu sua gloriosa História com pés maravilhosos, gols inesquecíveis. Sei, que muita gente, acha chato a gente ficar falando do passado. Só que o presente não tem assunto. É caladão. Mudo. Insonso.Desmotivado. Então, desculpem esse papo de velho. Aliás, quando dois velhos se encontram começam a se lembrar das coisas boas do passado. Claro que falam muito de morte. “Cadê fulano? Nunca mais tive notícia dele..” “Fulano? Já morreu...” Só que o Vasco não é um fulano qualquer. Muito menos sicrano. É uma paixão viva. Que se renova a cada dia. E que tem a obrigação de continuar fazendo História. E a História do Vasco se faz com craques e gols. Com vitórias. Derrota é exceção. Empate é acidente de percurso. Não pode nem deve se transformar em rotina.

SARAVASCO!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ENFIM, ECAIXAMOS O SALDO DE GOLS...

De vez em quando a mídia esportiva inventa uma palavra nova. Que serve para tudo. Tipo – ESSA BOLA. Ninguém explica qual é a bola. Mesmo porque, não existe só uma bola em jogo. Há várias. Sai uma, entra outra. Mas os comentaristas inventaram o ESSA BOLA tem que chegar com mais facilidade ao ataque...ESSA BOLA tem que ser mais bem trabalhada. Alguém disse, certa vez, que essa bola tem que ser colocada no chão, outros acharam bonito e passaram a repetir. Antigamente todos diziam A BOLA. Todo mundo entendia. Mas agora só se fala ESSA BOLA. Mas surge uma outra expressão que também passa a servir para tudo. Ninguém mais contra-ataca no futebol. ENCAIXA um contra-ataque. Ninguém mais acerta o passe. ENCAIXA o passe.Nenhum time vence mais três vezes seguidas. ENCAIXA três vitórias seguidas. E já que o verbo encaixar serve para tudo, o que mais me alegrou na vitória sobre o Ceará foi a gente ter encaixado o saldo de gols. Acompanho futebol há muito tempo. Desde criança aprendi que saldo de gols negativo é sinal de que o time não é bom. Coisa de time pequeno. Antigamente, isso só acontecia com Bonsucesso, Canto do Rio e outros mais. Time pequeno estava sempre com saldo de gols negativo. Era uma tremenda humilhação. E eu vinha passando por esse tipo de humilhação. Coisa que jamais tinha passado pela minha cabeça. O Vasco com saldo de gols negativo? Isso é piada. Jamais vai acontecer. E aconteceu. Aquele grande saldo negativo me deixava tão humilhado quanto a colocação la na rabeira da tabela. Assim, os dois gols contra o Ceará nos deixaram com o saldo positivo de um gol. ENCAIXAMOS dois a zero neles e saímos do vermelho no saldo de gols. Levar mais gols do que fazer gols, lògicamente, significa que o time não é bom. Foi mais uma vitória sofrida. Mais uma vez contamos com a genialidade do Carlos Alberto, enquanto esteve em campo, e a muralha Fernando Prass. Fagner também está me agradando. Zé Roberto está virando nosso artilheiro, mas se espera muito mais dele. Este Felipe Bastos parece não ser bobo. De qualquer maneira, foi uma vitória fora de casa. Não me iludo. O time não está no ponto de querer disputar a Libertadores. Acho isso quase impossível. Embora a história do futebol esteja repleta de impossíveis que se tornaram possíveis. Estamos nos afastando da zona de rebaixamento. O que, para quem conhece e vive a história do Vasco, não é nenhuma conquista. Vamos jogar, agora, sem Carlos Alberto, Zé Roberto e Felipe. Os três grandes astros do time. Não sei como o competente PC Gusmão vai resolver este problema. Mas, confio nele. Sua longa invencibilidade como treinador é prova da sua competência. Ele conhece o jogo. Foi goleiro e todo ex-goleiro acaba sendo bom treinador. O goleiro vê o jogo de um ponto privilegiado. Principalmente a sua defesa. Por isso mesmo, nosso sistema defensivo melhorou. PC Gusmão tem outra vantagem. Fala a língua do jogador. Fala o futebolez. Só espero que algumas notícias que começam a surgir na imprensa não venham prejudicar o seu trabalho. Muito menos o nosso time. É preciso acabar com essa praga de salários atrasados. Jogadores, comissão técnica e demais funcionários têm o sagrado direito de receber seus salários em dia. Quando eles atrasam é sinal de que a administração não vai bem. Disso a gente sabe. Nem adianta tentar esconder. No “novo” Vasco tem gente mandando mais que o presidente (?).Que se fosse forte mesmo,se fosse mesmo presidente, teria, há muito tempo, dado uma banana pra essa gente. (banana no bom sentido, seu moderador). E outra para quem teria dito que ”está nessa merda há três meses sem receber um puto.” Se é que alguém tenha mesmo falado isso, como chegou a ser publicado. Pelo menos, que se apure a denúncia. Mas, vamos continuar sonhando com dias melhores no futebol. O time inspira mais confiança.
SARAVASCO!