domingo, 12 de setembro de 2010

MUITO, MAS MUITO LONGE DO VASCO QUE EU CONHECÍ...

Mais um empate. O décimo do atual campeonato. Jogo muito ruim contra o Palmeiras. E o Vasco vai deixando escapar a maior chance dos últimos anos para disputar a Libertadores. Isso porque o G-4 virou G-6, pois Santos e Inter já estão classificados para a Libertadores. Este é o Vasco que se contenta em ser coadjuvante. Antigamente, e muitos sabem disso, a coisa era diferente. Na verdade, o último grande time do Vasco foi o de 2000 Vai longe o tempo em que o próprio empate era um acidente de percurso na vida do Vasco. Só sabia ganhar. E ganhar bem. Às vezes, perdia. Mas quando isso acontecia era uma exceção tão grande que virava manchete de primeira página. Certa vez, em plena era do Expresso da Vitória, perdeu para o lanterna Bonsucesso por um a zero. Eu era menino, la no interior de Minas e me lembro que foi gol de um tal de Bolinha. Ficou famoso por esse gol. Encerrou sua carreira tendo como referência “aquele que fez o gol da vitória do Bonsucesso em cima do Vasco.” Mais recentemente, me vem à lembrança do tal Cristaldo. Se não me engano, peruano. Ou boliviano. Sei lá. Só sei que ficou famoso porque levou uma cotovelada do Edmundo. Não teve seqüela nenhuma. Mas toda vez que se falava nele, se dizia: “Aquele que levou uma cotovelada do Edmundo “. O Vasco era assim. Ganhava quando queria. E sempre queria ganhar. Entrava em campo para ganhar. Tinha time para isso. Na disputa da Taça Rio de 1980 eu estava como comentarista em Cabo Frio. Num domingo, dia 10 de abril, se não me engano, o Vasco perdeu de um a zero pra Cabofriense. Se quisesse almejar mais alguma coisa naquele campeonato, não poderia perder mais. E não perdeu os nove jogos restantes. Ganhou oito, empatou um (com o Americano). Foi para a decisão num triangular com Fluminense e Flamengo Ganhou o campeonato. Aliás, o bicampeonato. Com aquele gol do Cocada, o gol da minha vida. Foi mais uma epopéia vascaína. São as boas lembranças que eu tenho do Eurico. Quando só cuidava do futebol do Vasco. Infelizmente, hoje, não se cuida do clube e nem do futebol. Não entendo, por exemplo, porque é mantido em sigilo o valor do novo patrocínio. Aquele que fica no ombro dos jogadores. Acho que o Vasco é um clube aberto. E ninguém pode nem deve esconder nada da sua imensa torcida. O pior é que, quando surge um jogador novo como o Dedé, a gente fica rezando para que ele fique mais algum tempo no time. Que não seja rifado, como acontece sempre com novos talentos. Alguns, a gente nem sabe a quantas vão. Caso do Alex Teixeira. Como está ele? Alguém sabe?
Enfim, este Vasco dos empates não é o Vasco dos embates que eu conheci. Que escreveu sua gloriosa História com pés maravilhosos, gols inesquecíveis. Sei, que muita gente, acha chato a gente ficar falando do passado. Só que o presente não tem assunto. É caladão. Mudo. Insonso.Desmotivado. Então, desculpem esse papo de velho. Aliás, quando dois velhos se encontram começam a se lembrar das coisas boas do passado. Claro que falam muito de morte. “Cadê fulano? Nunca mais tive notícia dele..” “Fulano? Já morreu...” Só que o Vasco não é um fulano qualquer. Muito menos sicrano. É uma paixão viva. Que se renova a cada dia. E que tem a obrigação de continuar fazendo História. E a História do Vasco se faz com craques e gols. Com vitórias. Derrota é exceção. Empate é acidente de percurso. Não pode nem deve se transformar em rotina.

SARAVASCO!

Um comentário:

  1. Boa tarde,
    O Vasco em minha opinião tem perdido pontos bobos principalmente dentro de casa, como o campeonato não é regular poderia está brigando lá em cima da tabela por título. Precisamos de mais agressividade principalmente nas partidas. Ser o VASCO de ser. O time não é dos piores e o campeonato também não é linear.
    Abraços.
    Saudações CRUZ-MALTINA!

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