domingo, 2 de maio de 2010

“TORTURA, NUNCA MAIS!” SERÁ?

O Estadual foi para o espaço. A Copa do Brasil está indo também. Resta o Campeonato Brasileiro. Mas com esse time? Na base do sai Dodô entra Pimpão? Sai Coutinho entra Robinho? Os vascaínos, MAIS OTIMISTAS, que encontro, na rua, temem que a tortura dos últimos anos continui.. Que o pesadelo que nos levou à segundona vai voltar. Que vamos, outra vez, brigar para não descer. Deixem, então, que eu fique com meu saudosismo. Pelo menos eu vi. Vou falar sòmente da minha primeira década de vascaíno. O início do Expresso. Fomos campões invictos em 19645, 1947 e 1949/ Primeiros campeões no estádio do Maracanã, em 1950. E poderia ter sido melhor ainda. Em 1944, quando despertei para o Vasco (que já estava dormindo no meu peito desde que nasci), perdemos para eles num jogo roubado. Um gol escandaloso. O atacante deles, um tal de Valido, subiu nas costas do nosso Argemiro para cabecear pro fundo da rede. Todo mundo viu. Só o juiz que não. Em 1946,, o time viveu a síndrome da perda do Ademir. Gentil Cardoso, treinador do Fluminense, disse aos dirigentes dele :”Me dêem o Ademir que eu dou o campeonato ao Fluminense.” Dito e feito. Em 1948, novo escândalo, até hoje não apurado. Aliás, tudo que acontece prejudicando o Vasco não é apurado. Ou é mal apurado. Fomos para a final com o Botafogo. O nosso time dormiu em campo. Perdemos por três a um, com eles atropelando. Aí surgiu a denúncia: o cozinheiro que preparou a comida para os nossos jogadores era botafoguense e teria colocado um sonífero na comida. A denúncia foi séria. Só que ninguém apurou. Resumo da ópera: se essas coisas não tivessem acontecido teriamos sido campeões de 1944 a 1950, Sete campeonatos seguidos. E nessa década ainda ganhamos o primeiro título internacional do futebol brasileiro…A gente formava seleções poderosíssimas e só dava Argentina. Eventualmente, Uruguai. O Brasil não ganhava nenhum campeonato sul-americano. Quis a História (que sempre faz justiça aos grandes) que o time do Vasco fosse a Santiago e de la trouxesse o título de campeão sul americano.E invicto. Enfrentando Penarol, River Plate, Colo-Colo e outros campeões sul-americanos. Foi em 1948. Outro fato importantíssimo: Dois meses, mais ou menos, não me lembro bem, depois de perdermos a Copa do Mundo no Maracanã, o time do Vasco venceu o Penarol (que tinha dez jogadores da seleção campeã do mundo) por três a zero. E lá dentro, em Montevidéu. Depois assisti outros campeonatos memoráveis, conquistas internacionais maravilhosas (Ramon de Carranza, Teresa Herrera) isso várias e várias vezes. É por isso que não me conformo com essa situação atual. Antigamente nossos times tinham só estrelas. O atual é escuro, “desestrelado”. No máximo com piscas-piscas aqui e ali. Carlos Alberto, Coutinho e Fernando Prass são vaga-lumes perdidos na escuridão. Nunca, na história do Vasco, vi tanta incompetência administrativa como nos últimos anos. Parece até um complô para acabar com o nosso clube. Engraçado é que dão o estádio de São Januário como garantia de dívidas impagáveis, à torto e à direito. Eles, naturalmente, não sabem como foi construído nosso estádio. Eles não fizeram parte daquela plêiade de vascaínos verdadeiros que deram seu dinheiro, suor e sangue para construir o único estádio de clube, decente, de nossa cidade. História para eles, é papel velho que serve para limpar a bunda na falta do papel higiênico (que deve estar até faltando por lá. É tanta cagada...).Até o Gaucho, que eu vi com tanta simpatia quando foi confirmado no cargo, está entrando no jogo deles. Em vez de abrir o bico e pedir jogadores, vai colocando cabeças de bagre, na frente de outros cabeças de bagre da zaga, para impedir os gols que, apesar disso, continuamos sofrendo. Está tudo errado. Sinto vontade de parar. De não lutar mais. De continuar vivendo do passado. Curtindo meus heróis de ontem, hoje deliciosos fantasmas que ainda povoam minha mente cruzmaltina. Eles estão querendo tornar cada vez mais difícil o doce desígnio de ser Vasco. Isso é o que eles querem. Seu desejo é imperar soberanamente em meio às ruínas. Como vermes famintos no meio de um cemitério.Ditadores do nada e de ninguém. Eu confesso - não posso fazer mais nada a não ser protestar, chiar, berrar, gritar e até dar minha vida. Eu a dou pelo Vasco. Mas de vocês, mais novos, mais fortes depende o nosso destino. Ou vocês querem um Vasco que volte a enfrentar de igual para igual os grandes times nacionais e internacionais ou o ajudam escorregar ladeira abaixo em meio aos Vitórias, Atléticos goianienses, Ipatingas, Cearás e assim mesmo, torcendo pra não chegar em último.
SARAVASCO. Email ameno@globo.com

4 comentários:

  1. Sábias palavras meu irmão.

    Abraço
    Jeferson

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  2. Gostaria de pedir um favor ao amigo, que postasse a última postagem do meu Blog aqui no seu Blog, e na íntegra, é sobre um Bolão do Brasileirão com premiação, se possível fico grato, caso não possa entenderei.

    Abraço
    Jeferson
    Blog do Vascão

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  3. Jeferson
    Pode usar à vontade. Esse blog é seu. Abração

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  4. Boa noite,
    Como já disse uma vez sou de 88 e quis o destino que eu não tivesse nascido nessa época para ver esses Deuses do futebol...hoje vejo M. Careca, Pimpao, Fernando, entre outros. Acho que o Vasco prescisa de alternativas a Dinamite-Eurico alguém como o senhor Áureo, que vive e respeita a tradição do Vasco(teria meu voto). Eu nunca vou desistir do Vasco, poucos clubes ou nenhum tem a nossa estória.
    Abraços!
    Saudações Vascaínas!

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