BLOG DO AUREO AMENO

ÁUREO AMENO

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ESTE NOVO VASCO É NOVO MESMO? NOSSA, MAS COMO ESTÁ ACABADO!
21/03/2010 - 00h21min


As cidades são diferentes da gente. Quanto mais o tempo passa mais novas elas ficam. Por isso, quando chego à minha Divinópolis, que deixei quando tinha quarenta mil habitantes, não conheço ninguém, não conheço mais nada. Está hoje com 216 mil, pelo último censo do IBGE. Isso acontece com a grande maioria das cidades. As casas velhas vão sendo derrubadas e em seu lugar surgem edifícios modernos. A cidade é diferente da gente. Agora, o clube é outra coisa. Ele não fica mais velho nem mais novo. Vive seus momentos de glória. E quanto mais constantes esses momentos mais sua História vai ganhando novos capítulos, que o engrandecem cada vez mais. Um clube tem condições de ser mais bem administrado do que uma cidade? Depende. Quando se trata de um clube-nação, como o Vasco, com milhões de adeptos, a coisa fica mais complexa. Administrar um Vasco, por exemplo, exige muita competência. Quem vai pra lá para tentar fazer de um Vasco cheio de glórias um novo Vasco não sabe o que está prometendo. Quando o grande artilheiro Roberto entrou, deu-me a impressão de que os problemas estavam todos resolvidos. Camisa com patrocínio milionário, contratação de grandes jogadores, um belíssimo centro de treinamento, funcionários com seus salários em dia, planejamento total. Mas o que estou vendo? Tudo, menos a fila de patrocinadores. Tudo, menos planejamento. Tudo, menos contratação de grandes jogadores. Tem mais: quando freqüentei a Faculdade de Direito, a do Catete, ouvia meus professores (Roberto Lyra, Benjamin de Morais, Afonso Arinos e outras feras) advertirem constantemente: “O maior sinal de incompetência de um advogado é perder um prazo processual. PARA ADVOGADO QUE SE PREZE, PERDER PRAZO É HUMILHANTE. A MAIOR HUMILHAÇÃO”. Isso na década de cinqüenta. Agora, em pleno século XXI, eu fico sabendo que o meu Vasco teve prejuízo financeiro em dois processos porque seu Departamento Jurídico perdeu prazos. Inconcebível.

Ou será que isso também é inovação? E mais – No “velho” Vasco, até o ano 2000, a gente sabia o time de cor. Cada nome, um craque. De lá pra ca, não tivemos mais time. Só amontoados. Agora, nesse “novo” Vasco, por exemplo – o treinador (?) já usou VINTE E NOVE JOGADORES só nessa temporada.. Não conseguiu ainda formar um time. E olha que já estamos no mês de março.