O GÊNIO DE TRANÇAS E DOIS CHINELINHOS...
Confesso que fiquei preocupado com a situação do Carlos Alberto, no Vasco. De repente, quase passou de herói a vilão. Só por causa daquela expulsão. Bateu palmas para o juiz. Não agrediu. Bateu palmas para o juiz. Já vi craque dar cabeçada em adversários (remember Zidaine) e quebrar colegas durante um jogo. De repente, Carlos Alberto parecia ser ofuscado pelo Felipe e Zé Roberto. Levou puxão de orelhas. Foi criticado pùblicamente pelo treinador (ótimo, por sinal. Me amarro no PC GUSMÃO, competente, trabalhador e pé quente). Mas minha preocupação foi chutada para escanteio. Ele escalou Carlos Alberto contra o Fluminense. Ainda bem. Fez tudo em campo. Só não fez chover. Voltou a ser um gênio. Um gênio de tranças. Duas jogadas tipo exportação nos dois gols do Vasco.
Um passe maravilhoso para o Eder Luiz. Uma arrancada espetacular e outro passe de craque para o Fagner. E, no finalzinho, quase faz o terceiro. Que seria o gol da vitória. Que coroaria sua soberba exibição. Só perdeu o gol porque é craque. Porque finalizou como um craque finaliza. A bola passou rente à trave. Se fosse um grosso teria feito o gol. Chutaria de qualquer maneira. Bola, grama, de bico. Ela talvez entrasse. Lembrei-me de uma noite em Tóquio. O Vasco disputava a final do mundial de clubes contra o Real Madri. Felipe dava um show de bola. E fez jogada igual. Tocou, cruzado, na saída do goleiro. A bola passou rente ao poste. Ah, como torço para que aquele Felipe ressuscite. Quando ele voltou eu vaticinei – “se quiser jogar bola vai ser um baita reforço.” O mesmo falei do Zé Roberto – “se quiser jogar bola será outro baita reforço.” É que ambos têm seus momentos de chinelinho. E foi por causa deles que o Vasco não saiu vitorioso ontem. Felipe fazendo gracinha na área e Zé Roberto num lance de pura displicência. Eles empataram um jogo que estava nas nossas mãos. De qualquer maneira, valeu pelo primeiro tempo. O time jogou como ele sempre deve ser. Time grande. Fagner, outra grande figura. Dedé, se firmando cada vez mais. Eder Luiz dando canseira no adversário com suas arrancadas velozes. Valeu também pela série invicta do nosso PC GUSMÃO. Que Felipe e Zé Roberto deixem o chinelinho apenas para uso doméstico. Dentro de casa. E que nunca mais se duvide da capacidade do craque. A situação de Carlos Alberto me fez lembrar o Edmundo, num fato que já comentei aqui. O Maracá estava interditado e o campeonato estadual se realizava em São Januário. Jogavam Vasco e Botafogo. Edmundo prendia muito a bola. Fato que o Vanderlei Luxemburgo soube aproveitar no Palmeiras. Aquele lateral Ace fez muitos gols de faltas sobre o Edmundo. O Vanderlei, simplesmente, botou ele pra jogar mais adiantado. Prendendo a bola vivia levando faltas. E falta perto da área, para o Ace, era pênalti. Aproveitava quase todas. Mas voltando a São Januário. Edmundo prendendo a bola e uma torcedora, já de idade, portuguesa, xingando ele. “Edmundo, viado, volta pro vestiário.” “Edmundo, filho da puta, solta a bola.” Eu me virei pra ela e advertí;”Continua xingando. Daqui a pouco ele queima a sua língua.” Edmundo continuou prendendo a bola. A mulher continuou xingando, Palavrões que eu nem conhecia ainda. Lá pelas tantas, o animal recebe um passe na intermediária deles. Levanta a cabeça e manda a bomba. A bola entra no ângulo. Vasco 1 - /Botafogo zero. Placar final do jogo. Olhei para o lado. A mulher saia. DE MANSINHO, escondendo o rosto, pois muita gente ouviu os seus xingamentos. Nunca mais a vi em São Januário. Ela deve ter aprendido a lição. Com craque não se brinca. Foi o que Carlos Alberto confirmou, ontem, no Maracanã. Se dependesse apenas dele e suas tranças o Vasco teria vencido. Mas, como acidente de percurso, surgiram os chinelinhos do Felipe e Zé Roberto. Mas, valeu. Parabéns à imensa torcida vascaína que voltou ao Maracá. E SARAVASCO!
domingo, 22 de agosto de 2010
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Boa tarde,
ResponderExcluirDesta vez concordo plenamente com o texto do senhor. Estava no estádio e fui muito legal a festa da torcida, para mim o empate ficou com gosto de derrota.Por uma infelicidade perdemos o jogo.
Abraços.
Saudações Cruz-maltinas!
Obrigado Yuri. Pelo menos o time jogou como time grande que sempre foi. Abração
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