domingo, 29 de agosto de 2010

POR FALAR EM....

Por falar em custo de vida, ainda não entendi porque contas de celular e de TV a cabo não entram no calculo de inflação. Essas duas contas já dão no bolso das famílias. E no caso da TV fechada ainda há uma agravante. A gente paga caro para ouvir muita besteira. Muita conversa jogada fora. Nas transmissões esportivas, então, chega a dar raiva. No jogo do Vasco com o São Paulo o narrador saiu-se com essa: “ Lofredo (o comentarista, por sinal, dos bons) – se o Vasco perder hoje entra em crise? Os salários dos funcionários estão atrasados há três meses.” O bom Lofredo se virou para tentar mostrar ao narrador, sem ofendê-lo, que não tinha nada a ver o cu com as calças. Salário atrasado virou uma triste jurisprudência no futebol brasileiro. Principalmente quando se trata de funcionários. Eles não fazem gols nem defendem pênaltis. Daqui a pouco o narrador registra as vaias para o goleiro Fábio do Cruzeiro. Acreditava (versão mais provável) que era por ele ter trocado o Vasco pelo clube mineiro. Mas, veio a explicação
idiota do repórter: “Não é por isso não. A torcida do Vasco está vaiando o Fabio por RESSENTIMENTO. É que nos oito últimos jogos em que ele participou o Vasco só ganhou um”. Depois dessa “pérola” eu fiquei imaginando a imensa torcida cruzmaltina com maquininhas de calcular nas mãos, fazendo contas. Quantas vezes o Fábio enfrentou o Vasco e ganhou da gente? Ao constatar que nas últimas oito vezes o Vasco não ganhou sete jogos, a torcida então resolveu vaiar o goleiro adversário. Alem desse besteirol todo, eles nunca acertam quem fez o gol ou se houve ou não banheira. Faz-me lembrar aquela historinha do locutor de radio paulista que estava de mal com o “ponta” (aquele cara que ficava atrás do gol para desfazer as dúvidas). Estava também de mal com o comentarista, que ficava ao seu lado. O Santos (do Pelé) fez um gol num lance confuso na área. O narrador não viu quem foi o autor do gol. Ficou gritando...gollll...gollll...gollll...a espera de algum socorro. O ponta não socorreu porque estava de mal com ele. Então o narrador arriscou...”gol do Santos ...Doval...” Olhou para o comentarista, que também não falava com ele, e o comentarista balançou a cabeça negativamente...O narrador arriscou novamente...”Mengálvio...” o comentarista voltou a balançar a cabeça negativamente...O narrador berrou...”Coutinho...” o comentarista fez, outra vez, que não com a cabeça..Aí o narrador, já desesperado, gritou “Pelé”...o narrador balançou a cabeça afirmativamente. E o narrador se saiu com essa...”Foi um golaço. A bola passou de pé em pé...Do Doval para o Mengalvio, do Mengalvio para o Coutinho e do Coutinho para o Pelé...”
Não estou querendo dizer que só exista profissional ruiu na TV paga. Cito, por exemplo, o Paulo Cesar Vasconcelos como o melhor comentarista da televisão, aberta e fechada. Ele é quem mais bem vê um jogo. O Milton Leite é excelente narrador. Há outros bons profissionais. Mas é um castigo, por exemplo, a gente ouvir o Silvio Lancelotti comentando um jogo. Se é que ele comenta. Fala o tempo todo. Fala de tudo, menos do jogo. Outro castigo é a gente ouvir sempre as mesmas coisas. Tipo – toda vez que o Marcelinho do São Paulo entra em campo, alguém lembra que o nome dele não é Marcelinho. É apelido, em homenagem ao Marcelinho carioca. Eu sei, que muitas vezes, o bom profissional tem que se virar para não deixar o colega em má situação. Eu estava fazendo a posse do Jânio Quadro na presidência da República, em Brasília. Um colega, ótimo companheiro mas mal informado me interrompeu para dizer que o vice-presidente João Goulart estava mancando, por ter caído de um cavalo dias antes. Só ele não sabia que o vice-presidente puxava de uma perna há muito tempo. Mas vou encerrar falando do Vasco. Estamos sem perder. Mas também estamos sem ganhar há três jogos. Acho que falta alguém la na frente como referência. O Nunes, por exemplo, prendia os zagueiros adversários. Agora a bola vai para o nosso ataque e volta com velocidade pra nossa defesa. E por falar em velocidade, quando é que o Felipe vai entrar em forma? E por falar em Felipe, quanto tempo ele vai permanecer no Departamento Médico? E por falar em Departamento Médico, cadê o Ramon? Sumiu? E por falar em Ramon, pelo amor de Deus nem o paraguaio, nem o Carlinhos. Tentem outro, até que o nosso Departamento Médico não nos faça mais esquecer que alguns jogadores existem... E por falar em existência, quando é que os atuais dirigentes (?) vão entender que a Eletrobrás em matéria de Vasco não existe mais? Aliás, eles deveriam saber disso antes de contratarem a estatal...E por falar em patrocínio, cadê a fila disposta a investir no Vasco? SARAVASCO!

2 comentários:

  1. Boa tarde,
    Eu gosto muito dos comentarista da ESPN( PVC,Calçade, Mauro,...) se um dia a emissora transmitir os jogos do brasileiro teremos trasnmissão com execelência, até isso acontecer vejo a TV seja fechada ou aberta no mute e ouço a rádio TUPI quando transmite o jogo.É triste pagar para ouvir asneiras. Até o jogo contra o flu estva gostando do time depois acho que o redimento caiu bastante, ruim para o tipo de campeonato. Acho também que precisamos de um cara fixo na área, mesmo que tenha que mudar o esquema de jogo e barra alguns jogadores de nome.
    Abraços.
    Saudações Cruz-maltinas!

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  2. Como assim, a Eletrobrás em matéria de Vasco não existe mais?
    Que eu saiba existe... E o dinheiro que está pagando os jogadores e o único mês pago dos salários dos funcionários tambem é da estatal. Não é?!
    abraço, vasco!

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