segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SÃO FERNANDO EM TERCEIRA DIMENSÃO

Não foi um bom jogo. Mas, a torcida do Vasco tem que dar mais um tempo. Felipe, Zé Roberto e Eder Luiz mostraram que podem fazer um Vasco diferente. Para melhor, é claro. Em lances isolados, Felipe e Zé Roberto deram até canetas de presente aos adversários. (Calma, T.R.E. – não são candidatos. Portanto não foram canetas-brinde). Ambos, também, chutaram perigosamente ao gol adversário. Mas, o clássico foi marcado por passes errados e muita lentidão. De qualquer maneira, o Vasco melhorou no quesito toque de bola. De positivo, ainda, a subida de produção do zagueiro Dedé. Com o tempo, acredito, haverá mais entrosamento. E com a presença de craques a tendência é melhorar. Pelo menos, continuamos fora da zona. A Vila Mimosa do rebaixamento. Não deu para empolgar. Houve mais erros do que acertos. Na ponta do lápis, ou melhor(para ficar mais nos lances do Felipe e Zé Roberto), da caneta, o time do Vasco é bem superior. No final esquentou. Contra a gente. Mas aí, apareceu São Fernando. Um santo espanhol, oriundo de família real, que morreu em 1 198. Só que não era São Fernando Prass. Este é brasileiro, nasceu no sul do país e fez milagres na tarde de ontem. Milagres incríveis. Vou pedir sua beatificação imediata. Aliás, ao final do jogo, já foi canonizado pela torcida. Só vi coisa parecida com jogador do mesmo Vasco. O tri lençol do Vivinho naquele gol maravilhoso contra a Portuguesa de Desportos, em São Januário. No gol do vestiário. Na época pensei até em morrer, e ser velado dentro daquele gol. Foi um momento indescritível. Inacreditável. Vivinho não chegou a ser um craque. Nem um Santo, embora tenha feito o milagre da multiplicação dos lençóis antes de mandar a bola pra rede. Mas, tinha velocidade e aquele lance eu tenho a certeza de que meteu inveja até no Pele. Aliás, qualquer Pelé da vida assinaria aquela obra de arte. Lembro-me do volante deles. Um tal de Capitão. Vivinho deu o primeiro lençol sobre ele. Antes que a bola caísse no chão, deu o segundo. Ainda com a bola no ar, deu o terceiro. E emendou para o fundo da rede. O Eurico chegou a colocar uma placa comemorativa desse gol memorável. Não sei que fim levou. Fofoqueiros garantem que ela foi derretida pra ajudar a fazer a estátua do Romário. Com placa ou sem placa, aquele lance entrou para a História do Vasco. E dele me lembrei, ontem, depois das três defesas espetaculares (em série) do goleiro Fernando Prass. Mais uma obra prima. De lambuja, a defesa final na cobrança de falta. Ao contrário do outro São Fernando, o que já está canonizado, São Fernando Prass não é oriundo de família real. Mas é de uma família importantíssima de goleiros do Vasco. Entra, fácil, na galeria do Barbosa, Andrada, Acácio, Carlos Germano, Mazaroppi e outros Santos que defenderam o gol do Vasco. Para o clássico de ontem foi criada grande expectativa em torno das estréias no Vasco. Sinceramente, não esperava que houvesse o entrosamento necessário. Agora é esperar e torcer. E ressaltar a fase invicta iniciada pelo treinador Paulo Cesar Gusmão, aliás outro goleiro de nossa galeria, que não chegou a ser Santo ou craque. Mas que dá conta do recado como treinador. Tem estrela. SARAVASCO!

Um comentário:

  1. Boa tarde,
    Avante VASCO!!!
    Seremos campeões....
    Abraços!
    SaudaçÕes Vascaínas!

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