O NOVO QUE DESPERTA A SAUDADE DO VELHO...
É uma questão cultural brasileira desrespeitar as coisas do passado, fazendo do novo uma bandeira de luta diária. Eu, por exemplo, detesto ser homenageado por serviços prestados. No Brasil, quando alguém é homenageado por serviços prestados é porque não presta mais pra serviço nenhum. E eu ainda me considero prestador de serviços. É o espírito de repórter que vive dentro de mim. Essa coisa só para quando a gente morre. Mesmo assim, ainda se tem vontade de voltar para contar aos amigos como é a coisa lá do outro lado. Estou falando essas coisas por causa da situação do nosso Vasco. De repente, vindo do nada, surgiu um movimento chamado NOVO VASCO. Tão falso, tão despojado de estrutura, tão fraco, que já morreu. Não durou dois anos. Ninguém fala mais no tal NOVO VASCO. Nada mais velho do que ele. Só que, nesse caso, é velho no mal sentido. Aquele velho que cheira a naftalina, que anda de muletas e o comportamento é marcado pela demência. Não é aquele velho que dá exemplo ao novo, que fala de glórias e conquistas, de vitórias, de troféus valiosos, que navega, esguio, num mar de emoções, com histórias lindas para contar. É deste velho que eu tenho saudades. Não tão velho assim. Até o final da última década ainda tínhamos pedras preciosas em nossa vitrine. Títulos indeléveis, conquistas gigantescas, craques do tipo Romário, Bebeto, dois Juninhos, Mauro Galvão, Felipe, Euller,Mazinho, para ficar, apenas nos mais recentes. O Vasco era um clube vivo com times fortes e vencedores. Não entrava para disputar. Entrava para ganhar. Tinha o respeito de todos, inclusive dos juízes. Antes de apitar um pênalti contra a gente, ele contava até dez. Se progredirmos mais fundo ao passado (no caso do Vasco, voltar no tempo não é andar para trás, mas progredir) vamos encontrar times que eram o sonho de consumo dos torcedores do mundo inteiro. Onde o Vasco chegava era uma festa. O futebol do Vasco era produto de exportação. Da mais alta qualidade. Aí, na contramão dessa história gloriosa, surgiu o chavão do novo Vasco. Como se o nosso passado não recomendasse. Como se os títulos conquistados não contassem. Como se a imensa torcida, a grande nação que foi sendo construída graças às glórias conquistadas, estivesse dissipada. Então, gente que não tem nada a ver com o Vasco nem com a sua História resolveu criar o novo Vasco. E ele está aí. Sem vida. Amorfo. Destruído. Humilhado. Sem eira nem beira. Sem destino. Passando de ator principal a humilde figurante. Vascaíno de verdade não se engana. Ele sabe quando as coisas não estão bem. Só que o Vasco sempre reagiu aos maus momentos. Os iconoclastas, que atualmente “dirigem” o nosso destino têm os seus dias contados. A História do Vasco até falará deles. Com todas as letras minúsculas. Com todas as lágrimas que marcaram nossa passagem pela humilhante segunda divisão. Eles se esquecem que só os vencedores fazem o Velho sempre novo. Sòmente eles aparecem como heróis em qualquer história. Mas, essa história também fala dos fracassados, incompetentes e destruidores. Eu sei que um dia, o Vasco voltará aos trilhos do inesquecível Expresso da Vitória. Para ser mais atual, mais novo, o Vasco passará de Expresso a Trem Bala do futuro.
SARAVASCO!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
QUEM VAI FAZER A PRÓXIMA MERDA????
Está duro de agüentar. Dizem que, lá em Brasília, existe um grupo de pessoas ditas importantes, que passam o dia inteirinho coçando o saco e tentando decidir: “O que é que vamos fazer, amanhã, pra sacanear o povo?” No Vasco vem acontecendo coisa parecida. Cada jogo acontece uma merda. E já tem gente fazendo até bolo para saber quem é que vai fazer a próxima merda. Quem será? O Felipe fez contra o Fluminense. Depois foi o Nilton, Fernando, Titi, Rafael Coelho e até o Fernando PRASS. Não necessàriamente nessa ordem. Mas, merda não precisa de ordem para feder. A última foi feita pelo juiz, contra o Guarani. Rafael Coelho é o campeão. Perdeu pênalti, perdeu gols sem goleiro, deu de canela. Está há muito tempo no Vasco e só fez dois gols até agora. E o Departamento Médico? Ramon fica afastado um tempão com estiramento na coxa esquerda. Volta, joga 180 minutos e cai sozinho. Novo estiramento, no mesmo local. E pelo que a gente fica sabendo, pelo que a gente lê, o exemplo, ou melhor, a merda vem de cima. Ficam botando na televisão que o Vasco é meu. Este Vasco que está aí, não. Não é meu. O meu Vasco é um Vasco vencedor, um Vasco cheio de glórias, um Vasco que metia medo nos adversários. De qualquer parte do mundo. Só de ouvir o nome Vasco o adversário caía de quatro. Este que está aí, infelizmente, não mete medo em ninguém (a não ser em seus próprios torcedores). É um Vasco desfigurado. Um Vasco que luta (?) para não chegar a lugar nenhum. Por título nenhum e que vai descendo, novamente, perigosamente, rumo à perigosa zona que já freqüentamos e que nos levou a uma vergonhosa segunda divisão. E quando a gente já estava protestando contra o Clube de Regatas EMPATE da Gama, a coisa mudou. Para pior. Voltamos a perder. O pior é que a gente não vê, nesse time, força de reação. Nem quando está ganhando. Aí, então, parece que a possibilidade de vitória mete medo. E, então, alguém faz uma merda, cedendo o empate. Desculpa-me o Fernando Prass, por tê-lo citado. Graças a ele, temos evitado resultados mais desastrosos. Só que ele também entrou nesse rodízio merdástico. Nesse momento, a gente até torce para que alguns jogadores sofram de prisão de ventre. Pelo menos, durante os jogos. Dizem que banana é bom para prender. Banana é coisa que não falta no Vasco. Se for verdade mesmo, banana pra eles (banana no bom sentido, senhor moderador) . A que você está pensando faz efeito contrário. Em vez de prender, solta...
SARAVASCO!
Está duro de agüentar. Dizem que, lá em Brasília, existe um grupo de pessoas ditas importantes, que passam o dia inteirinho coçando o saco e tentando decidir: “O que é que vamos fazer, amanhã, pra sacanear o povo?” No Vasco vem acontecendo coisa parecida. Cada jogo acontece uma merda. E já tem gente fazendo até bolo para saber quem é que vai fazer a próxima merda. Quem será? O Felipe fez contra o Fluminense. Depois foi o Nilton, Fernando, Titi, Rafael Coelho e até o Fernando PRASS. Não necessàriamente nessa ordem. Mas, merda não precisa de ordem para feder. A última foi feita pelo juiz, contra o Guarani. Rafael Coelho é o campeão. Perdeu pênalti, perdeu gols sem goleiro, deu de canela. Está há muito tempo no Vasco e só fez dois gols até agora. E o Departamento Médico? Ramon fica afastado um tempão com estiramento na coxa esquerda. Volta, joga 180 minutos e cai sozinho. Novo estiramento, no mesmo local. E pelo que a gente fica sabendo, pelo que a gente lê, o exemplo, ou melhor, a merda vem de cima. Ficam botando na televisão que o Vasco é meu. Este Vasco que está aí, não. Não é meu. O meu Vasco é um Vasco vencedor, um Vasco cheio de glórias, um Vasco que metia medo nos adversários. De qualquer parte do mundo. Só de ouvir o nome Vasco o adversário caía de quatro. Este que está aí, infelizmente, não mete medo em ninguém (a não ser em seus próprios torcedores). É um Vasco desfigurado. Um Vasco que luta (?) para não chegar a lugar nenhum. Por título nenhum e que vai descendo, novamente, perigosamente, rumo à perigosa zona que já freqüentamos e que nos levou a uma vergonhosa segunda divisão. E quando a gente já estava protestando contra o Clube de Regatas EMPATE da Gama, a coisa mudou. Para pior. Voltamos a perder. O pior é que a gente não vê, nesse time, força de reação. Nem quando está ganhando. Aí, então, parece que a possibilidade de vitória mete medo. E, então, alguém faz uma merda, cedendo o empate. Desculpa-me o Fernando Prass, por tê-lo citado. Graças a ele, temos evitado resultados mais desastrosos. Só que ele também entrou nesse rodízio merdástico. Nesse momento, a gente até torce para que alguns jogadores sofram de prisão de ventre. Pelo menos, durante os jogos. Dizem que banana é bom para prender. Banana é coisa que não falta no Vasco. Se for verdade mesmo, banana pra eles (banana no bom sentido, senhor moderador) . A que você está pensando faz efeito contrário. Em vez de prender, solta...
SARAVASCO!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O VASCO MUDOU MINHA ROTINA...
Tiririca é o muso da eleição deste ano. Deve ser o deputado federal mais votado do Brasil. De duas uma – ou o povo está mesmo desmotivado, sem esperança na política, ou está querendo que o Tiririca se eleja para parar de cantar. Tem até aquela historinha dos dois caras condenados à morte com execução marcada para o mesmo dia. O carrasco foi procurá-los e perguntou para um deles – “qual é a sua última vontade? Você e seu companheiro de cela vão ser executados na forca daqui a pouco.” O cara respondeu –“bem....minha última vontade...é ouvir um disco do Tiririca.”. O carrasco então virou-se para o outro e fez a mesma pergunta – “qual é a sua última vontade?” O cara não titubeou e respondeu de pronto: “Quero ser enforcado antes dele!”. Isso pode acontecer também na política, por que não? Às vezes me dá vontade de votar em certas pessoas para ver se elas se entregam sòmente à política e deixem o Vasco em paz....Só que, oficialmente, carga de trabalho de deputado (estadual e federal) é de apenas dois dias por semana. E tem muitos que ainda matam esses dois dias. Bem, deixa isso pra lá...só quero avisar que quando tive mandato, raramente faltei ao trabalho. Nosso time continua muito longe daquele Vasco que a gente aprendeu a gostar. Não sabe fazer gols. Este Rafael Coelho é um desastre. Não sei como continua vestindo a camisa do Vasco. Tenho gostado do Rômulo (desarma bem, raramente está errando um passe, sai jogando); o Dedé está confirmando minha previsão de grande zagueiro. Fernando Prass e Fagner também merecem vestir nossa camisa. Mas, Zé Roberto, é um baita enganador. Gira pra ca, gira pra la e não sai disso. O empate com o Avaí em São Januário foi terrível. A derrota para o Inter, em Porto Alegre, ainda se aceita. Embora, por falta de finalizadores, a gente não tenha ganhado o jogo no primeiro tempo. O tal Rafael Coelho, que já tinha perdido um pênalti contra o Avaí, perdeu um gol na pequena área, sozinho. Joga nada. Acho que está faltando uma coisa muito importante no Vasco. Minha atenção foi chamada pela bela coluna do Marcelo Bernardes. Está faltando PORTUGUÊS EM SÃO JANUÁRIO. Calçada foi o último dos moicanos. Os melhores dias do Vasco, suas páginas mais gloriosas, seus maiores feitos ocorreram quando a colônia estava presente. A comunidade portuguesa fazia parte do nosso clube. Fazia parte, literalmente. Vivia o clube. Vivia para o clube. Vivia pelo clube. Durante o esplendor das casas portuguesas (Ginástico, Trás os Montes, Poveiros, Açores, Porto, Poveiros, Vila da Feira, Vizeu, Minho, Beiras e outras) o Vasco já era a maior de todas. Um marco de Portugal no Brasil. Fins de semana em casas regionais sempre foram uma festa. Importante - festas familiares. Com o tempo, a migração foi diminuindo, os velhos portugueses foram saindo de cena. Os filhos e netos buscaram outros caminhos. E nós fomos ficando órfãos. Tristes órfãos de gente tão alegre, bonita, séria e amorosa. Está faltando português no Vasco. A querida colônia que entrava com seu suor, seu sangue, suas lágrimas, seu trabalho, sua vontade, seu amor ao clube. Foram eles, os portugueses, que construíram essa grande paixão chamada Vasco. E, quando eles imperavam, não havia picuinhas, conversa fiada, política rasteira. Havia divergências. Mas, quando se uniam, os problemas eram superados. Concordo com o Marcelo. O Vasco está carente de sua identidade, De suas raízes. Mas eu tenho a certeza de que o sangue português ainda corre nas veias de muitos vascaínos que nem eu. Não sou português nato. Mas sou português de coração, alma e time. Por isso ainda sonho com melhores dias para o nosso Vasco. Qualquer dia, quando menos a gente esperar, vai aparecer um Manuel ou Joaquim brasileiro. Com a mesma garra lusa. Com a mesma paixão lusitana pelo nosso Vasco. Aí, a história voltará a ser História. Com H MAIÚSCULO.
Saravasco!
Tiririca é o muso da eleição deste ano. Deve ser o deputado federal mais votado do Brasil. De duas uma – ou o povo está mesmo desmotivado, sem esperança na política, ou está querendo que o Tiririca se eleja para parar de cantar. Tem até aquela historinha dos dois caras condenados à morte com execução marcada para o mesmo dia. O carrasco foi procurá-los e perguntou para um deles – “qual é a sua última vontade? Você e seu companheiro de cela vão ser executados na forca daqui a pouco.” O cara respondeu –“bem....minha última vontade...é ouvir um disco do Tiririca.”. O carrasco então virou-se para o outro e fez a mesma pergunta – “qual é a sua última vontade?” O cara não titubeou e respondeu de pronto: “Quero ser enforcado antes dele!”. Isso pode acontecer também na política, por que não? Às vezes me dá vontade de votar em certas pessoas para ver se elas se entregam sòmente à política e deixem o Vasco em paz....Só que, oficialmente, carga de trabalho de deputado (estadual e federal) é de apenas dois dias por semana. E tem muitos que ainda matam esses dois dias. Bem, deixa isso pra lá...só quero avisar que quando tive mandato, raramente faltei ao trabalho. Nosso time continua muito longe daquele Vasco que a gente aprendeu a gostar. Não sabe fazer gols. Este Rafael Coelho é um desastre. Não sei como continua vestindo a camisa do Vasco. Tenho gostado do Rômulo (desarma bem, raramente está errando um passe, sai jogando); o Dedé está confirmando minha previsão de grande zagueiro. Fernando Prass e Fagner também merecem vestir nossa camisa. Mas, Zé Roberto, é um baita enganador. Gira pra ca, gira pra la e não sai disso. O empate com o Avaí em São Januário foi terrível. A derrota para o Inter, em Porto Alegre, ainda se aceita. Embora, por falta de finalizadores, a gente não tenha ganhado o jogo no primeiro tempo. O tal Rafael Coelho, que já tinha perdido um pênalti contra o Avaí, perdeu um gol na pequena área, sozinho. Joga nada. Acho que está faltando uma coisa muito importante no Vasco. Minha atenção foi chamada pela bela coluna do Marcelo Bernardes. Está faltando PORTUGUÊS EM SÃO JANUÁRIO. Calçada foi o último dos moicanos. Os melhores dias do Vasco, suas páginas mais gloriosas, seus maiores feitos ocorreram quando a colônia estava presente. A comunidade portuguesa fazia parte do nosso clube. Fazia parte, literalmente. Vivia o clube. Vivia para o clube. Vivia pelo clube. Durante o esplendor das casas portuguesas (Ginástico, Trás os Montes, Poveiros, Açores, Porto, Poveiros, Vila da Feira, Vizeu, Minho, Beiras e outras) o Vasco já era a maior de todas. Um marco de Portugal no Brasil. Fins de semana em casas regionais sempre foram uma festa. Importante - festas familiares. Com o tempo, a migração foi diminuindo, os velhos portugueses foram saindo de cena. Os filhos e netos buscaram outros caminhos. E nós fomos ficando órfãos. Tristes órfãos de gente tão alegre, bonita, séria e amorosa. Está faltando português no Vasco. A querida colônia que entrava com seu suor, seu sangue, suas lágrimas, seu trabalho, sua vontade, seu amor ao clube. Foram eles, os portugueses, que construíram essa grande paixão chamada Vasco. E, quando eles imperavam, não havia picuinhas, conversa fiada, política rasteira. Havia divergências. Mas, quando se uniam, os problemas eram superados. Concordo com o Marcelo. O Vasco está carente de sua identidade, De suas raízes. Mas eu tenho a certeza de que o sangue português ainda corre nas veias de muitos vascaínos que nem eu. Não sou português nato. Mas sou português de coração, alma e time. Por isso ainda sonho com melhores dias para o nosso Vasco. Qualquer dia, quando menos a gente esperar, vai aparecer um Manuel ou Joaquim brasileiro. Com a mesma garra lusa. Com a mesma paixão lusitana pelo nosso Vasco. Aí, a história voltará a ser História. Com H MAIÚSCULO.
Saravasco!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
MUITO, MAS MUITO LONGE DO VASCO QUE EU CONHECÍ...
Mais um empate. O décimo do atual campeonato. Jogo muito ruim contra o Palmeiras. E o Vasco vai deixando escapar a maior chance dos últimos anos para disputar a Libertadores. Isso porque o G-4 virou G-6, pois Santos e Inter já estão classificados para a Libertadores. Este é o Vasco que se contenta em ser coadjuvante. Antigamente, e muitos sabem disso, a coisa era diferente. Na verdade, o último grande time do Vasco foi o de 2000 Vai longe o tempo em que o próprio empate era um acidente de percurso na vida do Vasco. Só sabia ganhar. E ganhar bem. Às vezes, perdia. Mas quando isso acontecia era uma exceção tão grande que virava manchete de primeira página. Certa vez, em plena era do Expresso da Vitória, perdeu para o lanterna Bonsucesso por um a zero. Eu era menino, la no interior de Minas e me lembro que foi gol de um tal de Bolinha. Ficou famoso por esse gol. Encerrou sua carreira tendo como referência “aquele que fez o gol da vitória do Bonsucesso em cima do Vasco.” Mais recentemente, me vem à lembrança do tal Cristaldo. Se não me engano, peruano. Ou boliviano. Sei lá. Só sei que ficou famoso porque levou uma cotovelada do Edmundo. Não teve seqüela nenhuma. Mas toda vez que se falava nele, se dizia: “Aquele que levou uma cotovelada do Edmundo “. O Vasco era assim. Ganhava quando queria. E sempre queria ganhar. Entrava em campo para ganhar. Tinha time para isso. Na disputa da Taça Rio de 1980 eu estava como comentarista em Cabo Frio. Num domingo, dia 10 de abril, se não me engano, o Vasco perdeu de um a zero pra Cabofriense. Se quisesse almejar mais alguma coisa naquele campeonato, não poderia perder mais. E não perdeu os nove jogos restantes. Ganhou oito, empatou um (com o Americano). Foi para a decisão num triangular com Fluminense e Flamengo Ganhou o campeonato. Aliás, o bicampeonato. Com aquele gol do Cocada, o gol da minha vida. Foi mais uma epopéia vascaína. São as boas lembranças que eu tenho do Eurico. Quando só cuidava do futebol do Vasco. Infelizmente, hoje, não se cuida do clube e nem do futebol. Não entendo, por exemplo, porque é mantido em sigilo o valor do novo patrocínio. Aquele que fica no ombro dos jogadores. Acho que o Vasco é um clube aberto. E ninguém pode nem deve esconder nada da sua imensa torcida. O pior é que, quando surge um jogador novo como o Dedé, a gente fica rezando para que ele fique mais algum tempo no time. Que não seja rifado, como acontece sempre com novos talentos. Alguns, a gente nem sabe a quantas vão. Caso do Alex Teixeira. Como está ele? Alguém sabe?
Enfim, este Vasco dos empates não é o Vasco dos embates que eu conheci. Que escreveu sua gloriosa História com pés maravilhosos, gols inesquecíveis. Sei, que muita gente, acha chato a gente ficar falando do passado. Só que o presente não tem assunto. É caladão. Mudo. Insonso.Desmotivado. Então, desculpem esse papo de velho. Aliás, quando dois velhos se encontram começam a se lembrar das coisas boas do passado. Claro que falam muito de morte. “Cadê fulano? Nunca mais tive notícia dele..” “Fulano? Já morreu...” Só que o Vasco não é um fulano qualquer. Muito menos sicrano. É uma paixão viva. Que se renova a cada dia. E que tem a obrigação de continuar fazendo História. E a História do Vasco se faz com craques e gols. Com vitórias. Derrota é exceção. Empate é acidente de percurso. Não pode nem deve se transformar em rotina.
SARAVASCO!
Mais um empate. O décimo do atual campeonato. Jogo muito ruim contra o Palmeiras. E o Vasco vai deixando escapar a maior chance dos últimos anos para disputar a Libertadores. Isso porque o G-4 virou G-6, pois Santos e Inter já estão classificados para a Libertadores. Este é o Vasco que se contenta em ser coadjuvante. Antigamente, e muitos sabem disso, a coisa era diferente. Na verdade, o último grande time do Vasco foi o de 2000 Vai longe o tempo em que o próprio empate era um acidente de percurso na vida do Vasco. Só sabia ganhar. E ganhar bem. Às vezes, perdia. Mas quando isso acontecia era uma exceção tão grande que virava manchete de primeira página. Certa vez, em plena era do Expresso da Vitória, perdeu para o lanterna Bonsucesso por um a zero. Eu era menino, la no interior de Minas e me lembro que foi gol de um tal de Bolinha. Ficou famoso por esse gol. Encerrou sua carreira tendo como referência “aquele que fez o gol da vitória do Bonsucesso em cima do Vasco.” Mais recentemente, me vem à lembrança do tal Cristaldo. Se não me engano, peruano. Ou boliviano. Sei lá. Só sei que ficou famoso porque levou uma cotovelada do Edmundo. Não teve seqüela nenhuma. Mas toda vez que se falava nele, se dizia: “Aquele que levou uma cotovelada do Edmundo “. O Vasco era assim. Ganhava quando queria. E sempre queria ganhar. Entrava em campo para ganhar. Tinha time para isso. Na disputa da Taça Rio de 1980 eu estava como comentarista em Cabo Frio. Num domingo, dia 10 de abril, se não me engano, o Vasco perdeu de um a zero pra Cabofriense. Se quisesse almejar mais alguma coisa naquele campeonato, não poderia perder mais. E não perdeu os nove jogos restantes. Ganhou oito, empatou um (com o Americano). Foi para a decisão num triangular com Fluminense e Flamengo Ganhou o campeonato. Aliás, o bicampeonato. Com aquele gol do Cocada, o gol da minha vida. Foi mais uma epopéia vascaína. São as boas lembranças que eu tenho do Eurico. Quando só cuidava do futebol do Vasco. Infelizmente, hoje, não se cuida do clube e nem do futebol. Não entendo, por exemplo, porque é mantido em sigilo o valor do novo patrocínio. Aquele que fica no ombro dos jogadores. Acho que o Vasco é um clube aberto. E ninguém pode nem deve esconder nada da sua imensa torcida. O pior é que, quando surge um jogador novo como o Dedé, a gente fica rezando para que ele fique mais algum tempo no time. Que não seja rifado, como acontece sempre com novos talentos. Alguns, a gente nem sabe a quantas vão. Caso do Alex Teixeira. Como está ele? Alguém sabe?
Enfim, este Vasco dos empates não é o Vasco dos embates que eu conheci. Que escreveu sua gloriosa História com pés maravilhosos, gols inesquecíveis. Sei, que muita gente, acha chato a gente ficar falando do passado. Só que o presente não tem assunto. É caladão. Mudo. Insonso.Desmotivado. Então, desculpem esse papo de velho. Aliás, quando dois velhos se encontram começam a se lembrar das coisas boas do passado. Claro que falam muito de morte. “Cadê fulano? Nunca mais tive notícia dele..” “Fulano? Já morreu...” Só que o Vasco não é um fulano qualquer. Muito menos sicrano. É uma paixão viva. Que se renova a cada dia. E que tem a obrigação de continuar fazendo História. E a História do Vasco se faz com craques e gols. Com vitórias. Derrota é exceção. Empate é acidente de percurso. Não pode nem deve se transformar em rotina.
SARAVASCO!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
ENFIM, ECAIXAMOS O SALDO DE GOLS...
De vez em quando a mídia esportiva inventa uma palavra nova. Que serve para tudo. Tipo – ESSA BOLA. Ninguém explica qual é a bola. Mesmo porque, não existe só uma bola em jogo. Há várias. Sai uma, entra outra. Mas os comentaristas inventaram o ESSA BOLA tem que chegar com mais facilidade ao ataque...ESSA BOLA tem que ser mais bem trabalhada. Alguém disse, certa vez, que essa bola tem que ser colocada no chão, outros acharam bonito e passaram a repetir. Antigamente todos diziam A BOLA. Todo mundo entendia. Mas agora só se fala ESSA BOLA. Mas surge uma outra expressão que também passa a servir para tudo. Ninguém mais contra-ataca no futebol. ENCAIXA um contra-ataque. Ninguém mais acerta o passe. ENCAIXA o passe.Nenhum time vence mais três vezes seguidas. ENCAIXA três vitórias seguidas. E já que o verbo encaixar serve para tudo, o que mais me alegrou na vitória sobre o Ceará foi a gente ter encaixado o saldo de gols. Acompanho futebol há muito tempo. Desde criança aprendi que saldo de gols negativo é sinal de que o time não é bom. Coisa de time pequeno. Antigamente, isso só acontecia com Bonsucesso, Canto do Rio e outros mais. Time pequeno estava sempre com saldo de gols negativo. Era uma tremenda humilhação. E eu vinha passando por esse tipo de humilhação. Coisa que jamais tinha passado pela minha cabeça. O Vasco com saldo de gols negativo? Isso é piada. Jamais vai acontecer. E aconteceu. Aquele grande saldo negativo me deixava tão humilhado quanto a colocação la na rabeira da tabela. Assim, os dois gols contra o Ceará nos deixaram com o saldo positivo de um gol. ENCAIXAMOS dois a zero neles e saímos do vermelho no saldo de gols. Levar mais gols do que fazer gols, lògicamente, significa que o time não é bom. Foi mais uma vitória sofrida. Mais uma vez contamos com a genialidade do Carlos Alberto, enquanto esteve em campo, e a muralha Fernando Prass. Fagner também está me agradando. Zé Roberto está virando nosso artilheiro, mas se espera muito mais dele. Este Felipe Bastos parece não ser bobo. De qualquer maneira, foi uma vitória fora de casa. Não me iludo. O time não está no ponto de querer disputar a Libertadores. Acho isso quase impossível. Embora a história do futebol esteja repleta de impossíveis que se tornaram possíveis. Estamos nos afastando da zona de rebaixamento. O que, para quem conhece e vive a história do Vasco, não é nenhuma conquista. Vamos jogar, agora, sem Carlos Alberto, Zé Roberto e Felipe. Os três grandes astros do time. Não sei como o competente PC Gusmão vai resolver este problema. Mas, confio nele. Sua longa invencibilidade como treinador é prova da sua competência. Ele conhece o jogo. Foi goleiro e todo ex-goleiro acaba sendo bom treinador. O goleiro vê o jogo de um ponto privilegiado. Principalmente a sua defesa. Por isso mesmo, nosso sistema defensivo melhorou. PC Gusmão tem outra vantagem. Fala a língua do jogador. Fala o futebolez. Só espero que algumas notícias que começam a surgir na imprensa não venham prejudicar o seu trabalho. Muito menos o nosso time. É preciso acabar com essa praga de salários atrasados. Jogadores, comissão técnica e demais funcionários têm o sagrado direito de receber seus salários em dia. Quando eles atrasam é sinal de que a administração não vai bem. Disso a gente sabe. Nem adianta tentar esconder. No “novo” Vasco tem gente mandando mais que o presidente (?).Que se fosse forte mesmo,se fosse mesmo presidente, teria, há muito tempo, dado uma banana pra essa gente. (banana no bom sentido, seu moderador). E outra para quem teria dito que ”está nessa merda há três meses sem receber um puto.” Se é que alguém tenha mesmo falado isso, como chegou a ser publicado. Pelo menos, que se apure a denúncia. Mas, vamos continuar sonhando com dias melhores no futebol. O time inspira mais confiança.
SARAVASCO!
De vez em quando a mídia esportiva inventa uma palavra nova. Que serve para tudo. Tipo – ESSA BOLA. Ninguém explica qual é a bola. Mesmo porque, não existe só uma bola em jogo. Há várias. Sai uma, entra outra. Mas os comentaristas inventaram o ESSA BOLA tem que chegar com mais facilidade ao ataque...ESSA BOLA tem que ser mais bem trabalhada. Alguém disse, certa vez, que essa bola tem que ser colocada no chão, outros acharam bonito e passaram a repetir. Antigamente todos diziam A BOLA. Todo mundo entendia. Mas agora só se fala ESSA BOLA. Mas surge uma outra expressão que também passa a servir para tudo. Ninguém mais contra-ataca no futebol. ENCAIXA um contra-ataque. Ninguém mais acerta o passe. ENCAIXA o passe.Nenhum time vence mais três vezes seguidas. ENCAIXA três vitórias seguidas. E já que o verbo encaixar serve para tudo, o que mais me alegrou na vitória sobre o Ceará foi a gente ter encaixado o saldo de gols. Acompanho futebol há muito tempo. Desde criança aprendi que saldo de gols negativo é sinal de que o time não é bom. Coisa de time pequeno. Antigamente, isso só acontecia com Bonsucesso, Canto do Rio e outros mais. Time pequeno estava sempre com saldo de gols negativo. Era uma tremenda humilhação. E eu vinha passando por esse tipo de humilhação. Coisa que jamais tinha passado pela minha cabeça. O Vasco com saldo de gols negativo? Isso é piada. Jamais vai acontecer. E aconteceu. Aquele grande saldo negativo me deixava tão humilhado quanto a colocação la na rabeira da tabela. Assim, os dois gols contra o Ceará nos deixaram com o saldo positivo de um gol. ENCAIXAMOS dois a zero neles e saímos do vermelho no saldo de gols. Levar mais gols do que fazer gols, lògicamente, significa que o time não é bom. Foi mais uma vitória sofrida. Mais uma vez contamos com a genialidade do Carlos Alberto, enquanto esteve em campo, e a muralha Fernando Prass. Fagner também está me agradando. Zé Roberto está virando nosso artilheiro, mas se espera muito mais dele. Este Felipe Bastos parece não ser bobo. De qualquer maneira, foi uma vitória fora de casa. Não me iludo. O time não está no ponto de querer disputar a Libertadores. Acho isso quase impossível. Embora a história do futebol esteja repleta de impossíveis que se tornaram possíveis. Estamos nos afastando da zona de rebaixamento. O que, para quem conhece e vive a história do Vasco, não é nenhuma conquista. Vamos jogar, agora, sem Carlos Alberto, Zé Roberto e Felipe. Os três grandes astros do time. Não sei como o competente PC Gusmão vai resolver este problema. Mas, confio nele. Sua longa invencibilidade como treinador é prova da sua competência. Ele conhece o jogo. Foi goleiro e todo ex-goleiro acaba sendo bom treinador. O goleiro vê o jogo de um ponto privilegiado. Principalmente a sua defesa. Por isso mesmo, nosso sistema defensivo melhorou. PC Gusmão tem outra vantagem. Fala a língua do jogador. Fala o futebolez. Só espero que algumas notícias que começam a surgir na imprensa não venham prejudicar o seu trabalho. Muito menos o nosso time. É preciso acabar com essa praga de salários atrasados. Jogadores, comissão técnica e demais funcionários têm o sagrado direito de receber seus salários em dia. Quando eles atrasam é sinal de que a administração não vai bem. Disso a gente sabe. Nem adianta tentar esconder. No “novo” Vasco tem gente mandando mais que o presidente (?).Que se fosse forte mesmo,se fosse mesmo presidente, teria, há muito tempo, dado uma banana pra essa gente. (banana no bom sentido, seu moderador). E outra para quem teria dito que ”está nessa merda há três meses sem receber um puto.” Se é que alguém tenha mesmo falado isso, como chegou a ser publicado. Pelo menos, que se apure a denúncia. Mas, vamos continuar sonhando com dias melhores no futebol. O time inspira mais confiança.
SARAVASCO!
domingo, 29 de agosto de 2010
POR FALAR EM....
Por falar em custo de vida, ainda não entendi porque contas de celular e de TV a cabo não entram no calculo de inflação. Essas duas contas já dão no bolso das famílias. E no caso da TV fechada ainda há uma agravante. A gente paga caro para ouvir muita besteira. Muita conversa jogada fora. Nas transmissões esportivas, então, chega a dar raiva. No jogo do Vasco com o São Paulo o narrador saiu-se com essa: “ Lofredo (o comentarista, por sinal, dos bons) – se o Vasco perder hoje entra em crise? Os salários dos funcionários estão atrasados há três meses.” O bom Lofredo se virou para tentar mostrar ao narrador, sem ofendê-lo, que não tinha nada a ver o cu com as calças. Salário atrasado virou uma triste jurisprudência no futebol brasileiro. Principalmente quando se trata de funcionários. Eles não fazem gols nem defendem pênaltis. Daqui a pouco o narrador registra as vaias para o goleiro Fábio do Cruzeiro. Acreditava (versão mais provável) que era por ele ter trocado o Vasco pelo clube mineiro. Mas, veio a explicação
idiota do repórter: “Não é por isso não. A torcida do Vasco está vaiando o Fabio por RESSENTIMENTO. É que nos oito últimos jogos em que ele participou o Vasco só ganhou um”. Depois dessa “pérola” eu fiquei imaginando a imensa torcida cruzmaltina com maquininhas de calcular nas mãos, fazendo contas. Quantas vezes o Fábio enfrentou o Vasco e ganhou da gente? Ao constatar que nas últimas oito vezes o Vasco não ganhou sete jogos, a torcida então resolveu vaiar o goleiro adversário. Alem desse besteirol todo, eles nunca acertam quem fez o gol ou se houve ou não banheira. Faz-me lembrar aquela historinha do locutor de radio paulista que estava de mal com o “ponta” (aquele cara que ficava atrás do gol para desfazer as dúvidas). Estava também de mal com o comentarista, que ficava ao seu lado. O Santos (do Pelé) fez um gol num lance confuso na área. O narrador não viu quem foi o autor do gol. Ficou gritando...gollll...gollll...gollll...a espera de algum socorro. O ponta não socorreu porque estava de mal com ele. Então o narrador arriscou...”gol do Santos ...Doval...” Olhou para o comentarista, que também não falava com ele, e o comentarista balançou a cabeça negativamente...O narrador arriscou novamente...”Mengálvio...” o comentarista voltou a balançar a cabeça negativamente...O narrador berrou...”Coutinho...” o comentarista fez, outra vez, que não com a cabeça..Aí o narrador, já desesperado, gritou “Pelé”...o narrador balançou a cabeça afirmativamente. E o narrador se saiu com essa...”Foi um golaço. A bola passou de pé em pé...Do Doval para o Mengalvio, do Mengalvio para o Coutinho e do Coutinho para o Pelé...”
Não estou querendo dizer que só exista profissional ruiu na TV paga. Cito, por exemplo, o Paulo Cesar Vasconcelos como o melhor comentarista da televisão, aberta e fechada. Ele é quem mais bem vê um jogo. O Milton Leite é excelente narrador. Há outros bons profissionais. Mas é um castigo, por exemplo, a gente ouvir o Silvio Lancelotti comentando um jogo. Se é que ele comenta. Fala o tempo todo. Fala de tudo, menos do jogo. Outro castigo é a gente ouvir sempre as mesmas coisas. Tipo – toda vez que o Marcelinho do São Paulo entra em campo, alguém lembra que o nome dele não é Marcelinho. É apelido, em homenagem ao Marcelinho carioca. Eu sei, que muitas vezes, o bom profissional tem que se virar para não deixar o colega em má situação. Eu estava fazendo a posse do Jânio Quadro na presidência da República, em Brasília. Um colega, ótimo companheiro mas mal informado me interrompeu para dizer que o vice-presidente João Goulart estava mancando, por ter caído de um cavalo dias antes. Só ele não sabia que o vice-presidente puxava de uma perna há muito tempo. Mas vou encerrar falando do Vasco. Estamos sem perder. Mas também estamos sem ganhar há três jogos. Acho que falta alguém la na frente como referência. O Nunes, por exemplo, prendia os zagueiros adversários. Agora a bola vai para o nosso ataque e volta com velocidade pra nossa defesa. E por falar em velocidade, quando é que o Felipe vai entrar em forma? E por falar em Felipe, quanto tempo ele vai permanecer no Departamento Médico? E por falar em Departamento Médico, cadê o Ramon? Sumiu? E por falar em Ramon, pelo amor de Deus nem o paraguaio, nem o Carlinhos. Tentem outro, até que o nosso Departamento Médico não nos faça mais esquecer que alguns jogadores existem... E por falar em existência, quando é que os atuais dirigentes (?) vão entender que a Eletrobrás em matéria de Vasco não existe mais? Aliás, eles deveriam saber disso antes de contratarem a estatal...E por falar em patrocínio, cadê a fila disposta a investir no Vasco? SARAVASCO!
Por falar em custo de vida, ainda não entendi porque contas de celular e de TV a cabo não entram no calculo de inflação. Essas duas contas já dão no bolso das famílias. E no caso da TV fechada ainda há uma agravante. A gente paga caro para ouvir muita besteira. Muita conversa jogada fora. Nas transmissões esportivas, então, chega a dar raiva. No jogo do Vasco com o São Paulo o narrador saiu-se com essa: “ Lofredo (o comentarista, por sinal, dos bons) – se o Vasco perder hoje entra em crise? Os salários dos funcionários estão atrasados há três meses.” O bom Lofredo se virou para tentar mostrar ao narrador, sem ofendê-lo, que não tinha nada a ver o cu com as calças. Salário atrasado virou uma triste jurisprudência no futebol brasileiro. Principalmente quando se trata de funcionários. Eles não fazem gols nem defendem pênaltis. Daqui a pouco o narrador registra as vaias para o goleiro Fábio do Cruzeiro. Acreditava (versão mais provável) que era por ele ter trocado o Vasco pelo clube mineiro. Mas, veio a explicação
idiota do repórter: “Não é por isso não. A torcida do Vasco está vaiando o Fabio por RESSENTIMENTO. É que nos oito últimos jogos em que ele participou o Vasco só ganhou um”. Depois dessa “pérola” eu fiquei imaginando a imensa torcida cruzmaltina com maquininhas de calcular nas mãos, fazendo contas. Quantas vezes o Fábio enfrentou o Vasco e ganhou da gente? Ao constatar que nas últimas oito vezes o Vasco não ganhou sete jogos, a torcida então resolveu vaiar o goleiro adversário. Alem desse besteirol todo, eles nunca acertam quem fez o gol ou se houve ou não banheira. Faz-me lembrar aquela historinha do locutor de radio paulista que estava de mal com o “ponta” (aquele cara que ficava atrás do gol para desfazer as dúvidas). Estava também de mal com o comentarista, que ficava ao seu lado. O Santos (do Pelé) fez um gol num lance confuso na área. O narrador não viu quem foi o autor do gol. Ficou gritando...gollll...gollll...gollll...a espera de algum socorro. O ponta não socorreu porque estava de mal com ele. Então o narrador arriscou...”gol do Santos ...Doval...” Olhou para o comentarista, que também não falava com ele, e o comentarista balançou a cabeça negativamente...O narrador arriscou novamente...”Mengálvio...” o comentarista voltou a balançar a cabeça negativamente...O narrador berrou...”Coutinho...” o comentarista fez, outra vez, que não com a cabeça..Aí o narrador, já desesperado, gritou “Pelé”...o narrador balançou a cabeça afirmativamente. E o narrador se saiu com essa...”Foi um golaço. A bola passou de pé em pé...Do Doval para o Mengalvio, do Mengalvio para o Coutinho e do Coutinho para o Pelé...”
Não estou querendo dizer que só exista profissional ruiu na TV paga. Cito, por exemplo, o Paulo Cesar Vasconcelos como o melhor comentarista da televisão, aberta e fechada. Ele é quem mais bem vê um jogo. O Milton Leite é excelente narrador. Há outros bons profissionais. Mas é um castigo, por exemplo, a gente ouvir o Silvio Lancelotti comentando um jogo. Se é que ele comenta. Fala o tempo todo. Fala de tudo, menos do jogo. Outro castigo é a gente ouvir sempre as mesmas coisas. Tipo – toda vez que o Marcelinho do São Paulo entra em campo, alguém lembra que o nome dele não é Marcelinho. É apelido, em homenagem ao Marcelinho carioca. Eu sei, que muitas vezes, o bom profissional tem que se virar para não deixar o colega em má situação. Eu estava fazendo a posse do Jânio Quadro na presidência da República, em Brasília. Um colega, ótimo companheiro mas mal informado me interrompeu para dizer que o vice-presidente João Goulart estava mancando, por ter caído de um cavalo dias antes. Só ele não sabia que o vice-presidente puxava de uma perna há muito tempo. Mas vou encerrar falando do Vasco. Estamos sem perder. Mas também estamos sem ganhar há três jogos. Acho que falta alguém la na frente como referência. O Nunes, por exemplo, prendia os zagueiros adversários. Agora a bola vai para o nosso ataque e volta com velocidade pra nossa defesa. E por falar em velocidade, quando é que o Felipe vai entrar em forma? E por falar em Felipe, quanto tempo ele vai permanecer no Departamento Médico? E por falar em Departamento Médico, cadê o Ramon? Sumiu? E por falar em Ramon, pelo amor de Deus nem o paraguaio, nem o Carlinhos. Tentem outro, até que o nosso Departamento Médico não nos faça mais esquecer que alguns jogadores existem... E por falar em existência, quando é que os atuais dirigentes (?) vão entender que a Eletrobrás em matéria de Vasco não existe mais? Aliás, eles deveriam saber disso antes de contratarem a estatal...E por falar em patrocínio, cadê a fila disposta a investir no Vasco? SARAVASCO!
domingo, 22 de agosto de 2010
O GÊNIO DE TRANÇAS E DOIS CHINELINHOS...
Confesso que fiquei preocupado com a situação do Carlos Alberto, no Vasco. De repente, quase passou de herói a vilão. Só por causa daquela expulsão. Bateu palmas para o juiz. Não agrediu. Bateu palmas para o juiz. Já vi craque dar cabeçada em adversários (remember Zidaine) e quebrar colegas durante um jogo. De repente, Carlos Alberto parecia ser ofuscado pelo Felipe e Zé Roberto. Levou puxão de orelhas. Foi criticado pùblicamente pelo treinador (ótimo, por sinal. Me amarro no PC GUSMÃO, competente, trabalhador e pé quente). Mas minha preocupação foi chutada para escanteio. Ele escalou Carlos Alberto contra o Fluminense. Ainda bem. Fez tudo em campo. Só não fez chover. Voltou a ser um gênio. Um gênio de tranças. Duas jogadas tipo exportação nos dois gols do Vasco.
Um passe maravilhoso para o Eder Luiz. Uma arrancada espetacular e outro passe de craque para o Fagner. E, no finalzinho, quase faz o terceiro. Que seria o gol da vitória. Que coroaria sua soberba exibição. Só perdeu o gol porque é craque. Porque finalizou como um craque finaliza. A bola passou rente à trave. Se fosse um grosso teria feito o gol. Chutaria de qualquer maneira. Bola, grama, de bico. Ela talvez entrasse. Lembrei-me de uma noite em Tóquio. O Vasco disputava a final do mundial de clubes contra o Real Madri. Felipe dava um show de bola. E fez jogada igual. Tocou, cruzado, na saída do goleiro. A bola passou rente ao poste. Ah, como torço para que aquele Felipe ressuscite. Quando ele voltou eu vaticinei – “se quiser jogar bola vai ser um baita reforço.” O mesmo falei do Zé Roberto – “se quiser jogar bola será outro baita reforço.” É que ambos têm seus momentos de chinelinho. E foi por causa deles que o Vasco não saiu vitorioso ontem. Felipe fazendo gracinha na área e Zé Roberto num lance de pura displicência. Eles empataram um jogo que estava nas nossas mãos. De qualquer maneira, valeu pelo primeiro tempo. O time jogou como ele sempre deve ser. Time grande. Fagner, outra grande figura. Dedé, se firmando cada vez mais. Eder Luiz dando canseira no adversário com suas arrancadas velozes. Valeu também pela série invicta do nosso PC GUSMÃO. Que Felipe e Zé Roberto deixem o chinelinho apenas para uso doméstico. Dentro de casa. E que nunca mais se duvide da capacidade do craque. A situação de Carlos Alberto me fez lembrar o Edmundo, num fato que já comentei aqui. O Maracá estava interditado e o campeonato estadual se realizava em São Januário. Jogavam Vasco e Botafogo. Edmundo prendia muito a bola. Fato que o Vanderlei Luxemburgo soube aproveitar no Palmeiras. Aquele lateral Ace fez muitos gols de faltas sobre o Edmundo. O Vanderlei, simplesmente, botou ele pra jogar mais adiantado. Prendendo a bola vivia levando faltas. E falta perto da área, para o Ace, era pênalti. Aproveitava quase todas. Mas voltando a São Januário. Edmundo prendendo a bola e uma torcedora, já de idade, portuguesa, xingando ele. “Edmundo, viado, volta pro vestiário.” “Edmundo, filho da puta, solta a bola.” Eu me virei pra ela e advertí;”Continua xingando. Daqui a pouco ele queima a sua língua.” Edmundo continuou prendendo a bola. A mulher continuou xingando, Palavrões que eu nem conhecia ainda. Lá pelas tantas, o animal recebe um passe na intermediária deles. Levanta a cabeça e manda a bomba. A bola entra no ângulo. Vasco 1 - /Botafogo zero. Placar final do jogo. Olhei para o lado. A mulher saia. DE MANSINHO, escondendo o rosto, pois muita gente ouviu os seus xingamentos. Nunca mais a vi em São Januário. Ela deve ter aprendido a lição. Com craque não se brinca. Foi o que Carlos Alberto confirmou, ontem, no Maracanã. Se dependesse apenas dele e suas tranças o Vasco teria vencido. Mas, como acidente de percurso, surgiram os chinelinhos do Felipe e Zé Roberto. Mas, valeu. Parabéns à imensa torcida vascaína que voltou ao Maracá. E SARAVASCO!
Confesso que fiquei preocupado com a situação do Carlos Alberto, no Vasco. De repente, quase passou de herói a vilão. Só por causa daquela expulsão. Bateu palmas para o juiz. Não agrediu. Bateu palmas para o juiz. Já vi craque dar cabeçada em adversários (remember Zidaine) e quebrar colegas durante um jogo. De repente, Carlos Alberto parecia ser ofuscado pelo Felipe e Zé Roberto. Levou puxão de orelhas. Foi criticado pùblicamente pelo treinador (ótimo, por sinal. Me amarro no PC GUSMÃO, competente, trabalhador e pé quente). Mas minha preocupação foi chutada para escanteio. Ele escalou Carlos Alberto contra o Fluminense. Ainda bem. Fez tudo em campo. Só não fez chover. Voltou a ser um gênio. Um gênio de tranças. Duas jogadas tipo exportação nos dois gols do Vasco.
Um passe maravilhoso para o Eder Luiz. Uma arrancada espetacular e outro passe de craque para o Fagner. E, no finalzinho, quase faz o terceiro. Que seria o gol da vitória. Que coroaria sua soberba exibição. Só perdeu o gol porque é craque. Porque finalizou como um craque finaliza. A bola passou rente à trave. Se fosse um grosso teria feito o gol. Chutaria de qualquer maneira. Bola, grama, de bico. Ela talvez entrasse. Lembrei-me de uma noite em Tóquio. O Vasco disputava a final do mundial de clubes contra o Real Madri. Felipe dava um show de bola. E fez jogada igual. Tocou, cruzado, na saída do goleiro. A bola passou rente ao poste. Ah, como torço para que aquele Felipe ressuscite. Quando ele voltou eu vaticinei – “se quiser jogar bola vai ser um baita reforço.” O mesmo falei do Zé Roberto – “se quiser jogar bola será outro baita reforço.” É que ambos têm seus momentos de chinelinho. E foi por causa deles que o Vasco não saiu vitorioso ontem. Felipe fazendo gracinha na área e Zé Roberto num lance de pura displicência. Eles empataram um jogo que estava nas nossas mãos. De qualquer maneira, valeu pelo primeiro tempo. O time jogou como ele sempre deve ser. Time grande. Fagner, outra grande figura. Dedé, se firmando cada vez mais. Eder Luiz dando canseira no adversário com suas arrancadas velozes. Valeu também pela série invicta do nosso PC GUSMÃO. Que Felipe e Zé Roberto deixem o chinelinho apenas para uso doméstico. Dentro de casa. E que nunca mais se duvide da capacidade do craque. A situação de Carlos Alberto me fez lembrar o Edmundo, num fato que já comentei aqui. O Maracá estava interditado e o campeonato estadual se realizava em São Januário. Jogavam Vasco e Botafogo. Edmundo prendia muito a bola. Fato que o Vanderlei Luxemburgo soube aproveitar no Palmeiras. Aquele lateral Ace fez muitos gols de faltas sobre o Edmundo. O Vanderlei, simplesmente, botou ele pra jogar mais adiantado. Prendendo a bola vivia levando faltas. E falta perto da área, para o Ace, era pênalti. Aproveitava quase todas. Mas voltando a São Januário. Edmundo prendendo a bola e uma torcedora, já de idade, portuguesa, xingando ele. “Edmundo, viado, volta pro vestiário.” “Edmundo, filho da puta, solta a bola.” Eu me virei pra ela e advertí;”Continua xingando. Daqui a pouco ele queima a sua língua.” Edmundo continuou prendendo a bola. A mulher continuou xingando, Palavrões que eu nem conhecia ainda. Lá pelas tantas, o animal recebe um passe na intermediária deles. Levanta a cabeça e manda a bomba. A bola entra no ângulo. Vasco 1 - /Botafogo zero. Placar final do jogo. Olhei para o lado. A mulher saia. DE MANSINHO, escondendo o rosto, pois muita gente ouviu os seus xingamentos. Nunca mais a vi em São Januário. Ela deve ter aprendido a lição. Com craque não se brinca. Foi o que Carlos Alberto confirmou, ontem, no Maracanã. Se dependesse apenas dele e suas tranças o Vasco teria vencido. Mas, como acidente de percurso, surgiram os chinelinhos do Felipe e Zé Roberto. Mas, valeu. Parabéns à imensa torcida vascaína que voltou ao Maracá. E SARAVASCO!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
MESMO COM PATROCÍNIO “FAZ DE CONTA” O TIME MELHORA
Na minha última coluna disse que quando o futebol do Vasco vai bem eu me esqueço da política. Mas, política é política e fatos são fatos. Promessas não cumpridas, compromissos “desassumidos”, culpa nos outros, isso é política. Política errada, com certeza. Agora, vamos aos fatos. Como é que uma pessoa, ou um grupo, que se diz de sã consciência, assume um compromisso que não pode cumprir? Assina um contrato já sabendo que não vai poder honrá-lo? Quem não sabia que o Vasco, ou qualquer outro clube brasileiro, não tem condições de manter seus impostos em dia? Mesmo assim assinaram um contrato bombástico. Seria o primeiro da fila. Sim, polìticamente, ou melhor, demagogicamente, disseram que havia uma fila de patrocinadores só esperando o Roberto entrar. Roberto entrou, a fila não apareceu e, graças ao governador Sérgio Cabral, surgiu a Eletrobrás. Grande estatal. Nome importantíssimo na economia do país. Esse contrato, conseguido graças ao prestígio do governador com o Presidente Lula, foi festivamente comemorado como se fosse conquista do novo Vasco. E deu no que deu. O Clube não consegue receber nada. Porque não consegue as tais certidões negativas. Porque não consegue pagar seus impostos. Aí a gente fica sabendo que a Eletrobrás, que nunca esteve na fila, acabou sendo a única da fila. Pior – os magnatas que apoiaram o Roberto, que prometeram mundos e fundos, que falaram até em investir suas vidas no Vasco, escafederam-se. Sumiram. Nunca mais apareceram. Tomaram Doril. Dorilizaram-se. Agora a gente lê diàriamente nos jornais que os salários estão atrasados. Coisa que a gente sabia, mas que a mídia parecia querer esconder. Que funcionário do Vasco estava sem receber desde que o Novo Vasco surgiu (besteira das besteiras, esse novo Vasco), a gente já estava careca de saber. Agora, não são apenas os funcionários. Jogadores também já vivem o mesmo problema. Prova de que nada mudou em São Januário. Pelo contrário, muita coisa piorou. Mas, graças a Deus, o futebol melhorou. Com Paulo Cesar Gusmão, de quem sou fã desde quando era goleiro, o futebol entrou nos trilhos. Acredito que com mais um pouco de preparo físico os novos contratados farão com que a coisa melhore ainda mais.. Surgem talentos vindos da Divisão de Base. Prova de que ela não foi dizimada pelas administrações anteriores como querem os novosvascainos da silva. Com PC Gusmão estamos invictos. Contra o Grêmio de Presidente Prudente o time se mostrou mais compacto. Tem sempre mais de um jogador na sobra. Todos jogam. Todos correm. Todos atacam e marcam. Ainda bem. Claro que o time ainda não é o que a gente espera de um time do Vasco. Mas, se continuar assim, pode chegar lá. Que bom! Que bom o que? Que bom se tivéssemos também um presidente forte, empreendedor, um Departamento Médico que realmente cuidasse dos jogadores e um jurídico mais eficiente. Enfim, que bom se este novo Vasco fosse um novo para melhor. Um novo para continuar escrevendo as páginas gloriosas que o velho nos deixou. Dívidas são sempre um problema. Têm que ser bem administradas. Do jeito que estão fazendo me lembra um velho amigo da Rádio Globo, que Deus o tenha! Ele estava com uma dívida enorme no buteco do Albino. ali no Russel. Que Deus tenha também o Albino e que os dois se acertem la em cima. Um dia, ele adentrou o buteco e disse pro portuga: “Albino, vê aí quanto estou devendo!” O Albino nem queria acreditar. Já tinha entregado aquela dívida para os santos. Imediatamente contou as centenas de vales, somou, conferiu e deu o valor da dívida. Meu amigo então disse... ”Faz o seguinte. Encerra essa aí e vamos começar outra pra essa não aumentar.muito. Quando em puder, pago as duas.” Sei que isso não acontece só no bar do Albino, nem só no Vasco. Mas em outros bares e clubes também. Mas eu sou vascaíno. Portanto, o que me interessa é o Vasco.
SARAVASCO!
Na minha última coluna disse que quando o futebol do Vasco vai bem eu me esqueço da política. Mas, política é política e fatos são fatos. Promessas não cumpridas, compromissos “desassumidos”, culpa nos outros, isso é política. Política errada, com certeza. Agora, vamos aos fatos. Como é que uma pessoa, ou um grupo, que se diz de sã consciência, assume um compromisso que não pode cumprir? Assina um contrato já sabendo que não vai poder honrá-lo? Quem não sabia que o Vasco, ou qualquer outro clube brasileiro, não tem condições de manter seus impostos em dia? Mesmo assim assinaram um contrato bombástico. Seria o primeiro da fila. Sim, polìticamente, ou melhor, demagogicamente, disseram que havia uma fila de patrocinadores só esperando o Roberto entrar. Roberto entrou, a fila não apareceu e, graças ao governador Sérgio Cabral, surgiu a Eletrobrás. Grande estatal. Nome importantíssimo na economia do país. Esse contrato, conseguido graças ao prestígio do governador com o Presidente Lula, foi festivamente comemorado como se fosse conquista do novo Vasco. E deu no que deu. O Clube não consegue receber nada. Porque não consegue as tais certidões negativas. Porque não consegue pagar seus impostos. Aí a gente fica sabendo que a Eletrobrás, que nunca esteve na fila, acabou sendo a única da fila. Pior – os magnatas que apoiaram o Roberto, que prometeram mundos e fundos, que falaram até em investir suas vidas no Vasco, escafederam-se. Sumiram. Nunca mais apareceram. Tomaram Doril. Dorilizaram-se. Agora a gente lê diàriamente nos jornais que os salários estão atrasados. Coisa que a gente sabia, mas que a mídia parecia querer esconder. Que funcionário do Vasco estava sem receber desde que o Novo Vasco surgiu (besteira das besteiras, esse novo Vasco), a gente já estava careca de saber. Agora, não são apenas os funcionários. Jogadores também já vivem o mesmo problema. Prova de que nada mudou em São Januário. Pelo contrário, muita coisa piorou. Mas, graças a Deus, o futebol melhorou. Com Paulo Cesar Gusmão, de quem sou fã desde quando era goleiro, o futebol entrou nos trilhos. Acredito que com mais um pouco de preparo físico os novos contratados farão com que a coisa melhore ainda mais.. Surgem talentos vindos da Divisão de Base. Prova de que ela não foi dizimada pelas administrações anteriores como querem os novosvascainos da silva. Com PC Gusmão estamos invictos. Contra o Grêmio de Presidente Prudente o time se mostrou mais compacto. Tem sempre mais de um jogador na sobra. Todos jogam. Todos correm. Todos atacam e marcam. Ainda bem. Claro que o time ainda não é o que a gente espera de um time do Vasco. Mas, se continuar assim, pode chegar lá. Que bom! Que bom o que? Que bom se tivéssemos também um presidente forte, empreendedor, um Departamento Médico que realmente cuidasse dos jogadores e um jurídico mais eficiente. Enfim, que bom se este novo Vasco fosse um novo para melhor. Um novo para continuar escrevendo as páginas gloriosas que o velho nos deixou. Dívidas são sempre um problema. Têm que ser bem administradas. Do jeito que estão fazendo me lembra um velho amigo da Rádio Globo, que Deus o tenha! Ele estava com uma dívida enorme no buteco do Albino. ali no Russel. Que Deus tenha também o Albino e que os dois se acertem la em cima. Um dia, ele adentrou o buteco e disse pro portuga: “Albino, vê aí quanto estou devendo!” O Albino nem queria acreditar. Já tinha entregado aquela dívida para os santos. Imediatamente contou as centenas de vales, somou, conferiu e deu o valor da dívida. Meu amigo então disse... ”Faz o seguinte. Encerra essa aí e vamos começar outra pra essa não aumentar.muito. Quando em puder, pago as duas.” Sei que isso não acontece só no bar do Albino, nem só no Vasco. Mas em outros bares e clubes também. Mas eu sou vascaíno. Portanto, o que me interessa é o Vasco.
SARAVASCO!
domingo, 8 de agosto de 2010
ESTÁ NASCENDO MAIS UM SENHOR ZAGUEIRO!!!!
Vocês me perdoem, mas quando o futebol vai bem deixo a política de lado. Sou Vasco por causa do futebol. Sou Vasco por causa do Expresso. Sou Vasco por causa do Ademir Menezes, Lelé e Danilo. Eles foram os primeiros a fazer minha cabeça. Se tivesse que lançar uma camisa comemorativa hoje, lançaria a do Expresso. Foram duas décadas de glórias e conquistas inéditas. A década de setenta, nem tanto, se comparada às de quarenta, cinqüenta, oitenta e noventa. Essas sim, foram as grandes décadas da História do Vasco. Em todas elas tivemos grandes craques. Coisa que não vinha acontecendo há dez anos. Uma década, tão perdida quanto a de sessenta. Depois de tantos pesadelos, a coisa parece que vai mudar. A gente olha pra dentro do campo e já volta a ver quem sabe jogar. E quem não sabe tanto, está demonstrando muita raça. E mais – a gente olha pro campo e vê jovens talentos feitos em casa. Este é o Vasco que eu gosto. Estou falando de várias décadas gloriosas. Em todas elas, o Vasco teve grandes zagueiros. O primeiro da minha vida de torcedor, ainda menino, foi Rafagnelli. Um argentino de Santa Fé. Nunca chegou à seleção de seu país. Veio cedo para o Vasco. Jogava com elegância. Ganhava todas pelo alto. Foi uma das estrelas do Expresso da Vitória. Jogadoraço que morreu pràticamente na miséria. Uma vez me disseram que ele vivia dormindo num banco da praça do Rio Comprido. Fui até la várias vezes. Eu era vereador. Não o encontrei. Tempos depois fiquei sabendo de sua morte. Quase como indigente. Outro zagueirão foi Wilson. Duro, Marcador implacável. Dono da área. Outro foi Daniel Gonzalez, que morreu num acidente de carro. Bellini foi o primeiro brasileiro a erguer uma Taça de campeão do mundo. Juntamente com os vascaínos Vavá e Orlando Peçanha foi campeão mundial de 1958. Grande capitão. Não tinha nada de técnico. Mas tinha raça, vontade, disposição. Era boa pinta e o mulherio suspirava por ele. Geraldo veio do América. Costumava confessar que em semana de jogo importante não tomava banho nem fazia a barba. Entrava em campo mal cheiroso e de barba grande. Pra ele, zagueiro tinha que ter cara feia. Meter medo no ataque adversário. E antes da bola rolar advertia? “a área é minha. Quem se meter a besta la dentro vai se ferrar.” Era outro zagueirão. Brito foi outro que chegou à seleção brasileira. O melhor do ponto de vista atlético da seleção tri campeã em 1970. E o xerife Moisés? Outro que colocava o coração, a alma, a vontade, a garra acima da técnica. Alexandre Torres era clássico. Coisa de “DNA’. Puxou o pai, Carlos Alberto Torres. Tivemos, mais recentemente, o doutor da zaga. Mauro Galvão, que eu coloco, sem medo de errar, entre os cinco maiores zagueiros da história do futebol em todo o mundo. Ainda garoto, participava de um treino no Internacional e fez uma jogada de efeito. O então cracaço Falcão gritou pra ele:”Garoto, zagueiro não enfeita. Zagueiro dá de bico.” E o garoto respondeu:”Onde é que fica esse tal de bico, seu Falcão?” E ele, durante toda a sua vida de craque, de doutor da bola, nunca deu um bico. Até hoje não sabe o que é isso. Passava jogos inteiros sem cometer uma falta. Eu citaria outros grandes zagueiros do Vasco. Clarel, Haroldo, Donato, Marco Aurélio e tantos outros. Mauro Galvão parou de jogar e o Vasco entrou num vácuo de zagueiros. Apareceu tanto perna de pau naquela posição que dava nojo. De repente, surge uma luz. Um garoto que não foi feito em casa. Mas que veio, novinho em folha, do Volta Redonda. No princípio não inspirava confiança. A torcida estava cansada de tantos zagueiros ruins. Mas o garoto, de uma hora para outra, começa a brilhar. Começa a ganhar todas. Pinta de dono da área. Ainda não se sabe se vai ser um novo xerife, um cão de guarda fedido e barbudo ou um novo doutor. Mas mostra que pode ressuscitar a tradição de grandes zagueiros do Vasco.Para mim, Dedé, é a grande revelação desse novo time. Tomara que eu esteja certo. E que ele não se mande tão cedo para o exterior. Voltou a brilhar contra o Vitória. Ganhou todas as jogadas na área. Algumas vezes apareceu no ataque. Foi um dos baluartes na vitória sofrida. Dificultada com a expulsão boba do Carlos Alberto. Agora, a gente vê o Vasco trocar passes dentro de campo. Jogadas de craques, como as arrancadas do Felipe, as chegadas do Zé Roberto, algum refinamento nos toques de bola. Mais que isso - a garra vascaína. Teve uma jogada em que o Nilton perdeu, ganhou, passou por cima do adversário e saiu com a bola dominada. A gente sofreu, mas valeu. Só acho que o garoto Jonathan deveria ter entrado. É mais veloz e tem mais tesão de gol que o Eder Luiz. SARAVASCO!
Vocês me perdoem, mas quando o futebol vai bem deixo a política de lado. Sou Vasco por causa do futebol. Sou Vasco por causa do Expresso. Sou Vasco por causa do Ademir Menezes, Lelé e Danilo. Eles foram os primeiros a fazer minha cabeça. Se tivesse que lançar uma camisa comemorativa hoje, lançaria a do Expresso. Foram duas décadas de glórias e conquistas inéditas. A década de setenta, nem tanto, se comparada às de quarenta, cinqüenta, oitenta e noventa. Essas sim, foram as grandes décadas da História do Vasco. Em todas elas tivemos grandes craques. Coisa que não vinha acontecendo há dez anos. Uma década, tão perdida quanto a de sessenta. Depois de tantos pesadelos, a coisa parece que vai mudar. A gente olha pra dentro do campo e já volta a ver quem sabe jogar. E quem não sabe tanto, está demonstrando muita raça. E mais – a gente olha pro campo e vê jovens talentos feitos em casa. Este é o Vasco que eu gosto. Estou falando de várias décadas gloriosas. Em todas elas, o Vasco teve grandes zagueiros. O primeiro da minha vida de torcedor, ainda menino, foi Rafagnelli. Um argentino de Santa Fé. Nunca chegou à seleção de seu país. Veio cedo para o Vasco. Jogava com elegância. Ganhava todas pelo alto. Foi uma das estrelas do Expresso da Vitória. Jogadoraço que morreu pràticamente na miséria. Uma vez me disseram que ele vivia dormindo num banco da praça do Rio Comprido. Fui até la várias vezes. Eu era vereador. Não o encontrei. Tempos depois fiquei sabendo de sua morte. Quase como indigente. Outro zagueirão foi Wilson. Duro, Marcador implacável. Dono da área. Outro foi Daniel Gonzalez, que morreu num acidente de carro. Bellini foi o primeiro brasileiro a erguer uma Taça de campeão do mundo. Juntamente com os vascaínos Vavá e Orlando Peçanha foi campeão mundial de 1958. Grande capitão. Não tinha nada de técnico. Mas tinha raça, vontade, disposição. Era boa pinta e o mulherio suspirava por ele. Geraldo veio do América. Costumava confessar que em semana de jogo importante não tomava banho nem fazia a barba. Entrava em campo mal cheiroso e de barba grande. Pra ele, zagueiro tinha que ter cara feia. Meter medo no ataque adversário. E antes da bola rolar advertia? “a área é minha. Quem se meter a besta la dentro vai se ferrar.” Era outro zagueirão. Brito foi outro que chegou à seleção brasileira. O melhor do ponto de vista atlético da seleção tri campeã em 1970. E o xerife Moisés? Outro que colocava o coração, a alma, a vontade, a garra acima da técnica. Alexandre Torres era clássico. Coisa de “DNA’. Puxou o pai, Carlos Alberto Torres. Tivemos, mais recentemente, o doutor da zaga. Mauro Galvão, que eu coloco, sem medo de errar, entre os cinco maiores zagueiros da história do futebol em todo o mundo. Ainda garoto, participava de um treino no Internacional e fez uma jogada de efeito. O então cracaço Falcão gritou pra ele:”Garoto, zagueiro não enfeita. Zagueiro dá de bico.” E o garoto respondeu:”Onde é que fica esse tal de bico, seu Falcão?” E ele, durante toda a sua vida de craque, de doutor da bola, nunca deu um bico. Até hoje não sabe o que é isso. Passava jogos inteiros sem cometer uma falta. Eu citaria outros grandes zagueiros do Vasco. Clarel, Haroldo, Donato, Marco Aurélio e tantos outros. Mauro Galvão parou de jogar e o Vasco entrou num vácuo de zagueiros. Apareceu tanto perna de pau naquela posição que dava nojo. De repente, surge uma luz. Um garoto que não foi feito em casa. Mas que veio, novinho em folha, do Volta Redonda. No princípio não inspirava confiança. A torcida estava cansada de tantos zagueiros ruins. Mas o garoto, de uma hora para outra, começa a brilhar. Começa a ganhar todas. Pinta de dono da área. Ainda não se sabe se vai ser um novo xerife, um cão de guarda fedido e barbudo ou um novo doutor. Mas mostra que pode ressuscitar a tradição de grandes zagueiros do Vasco.Para mim, Dedé, é a grande revelação desse novo time. Tomara que eu esteja certo. E que ele não se mande tão cedo para o exterior. Voltou a brilhar contra o Vitória. Ganhou todas as jogadas na área. Algumas vezes apareceu no ataque. Foi um dos baluartes na vitória sofrida. Dificultada com a expulsão boba do Carlos Alberto. Agora, a gente vê o Vasco trocar passes dentro de campo. Jogadas de craques, como as arrancadas do Felipe, as chegadas do Zé Roberto, algum refinamento nos toques de bola. Mais que isso - a garra vascaína. Teve uma jogada em que o Nilton perdeu, ganhou, passou por cima do adversário e saiu com a bola dominada. A gente sofreu, mas valeu. Só acho que o garoto Jonathan deveria ter entrado. É mais veloz e tem mais tesão de gol que o Eder Luiz. SARAVASCO!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
SÃO FERNANDO EM TERCEIRA DIMENSÃO
Não foi um bom jogo. Mas, a torcida do Vasco tem que dar mais um tempo. Felipe, Zé Roberto e Eder Luiz mostraram que podem fazer um Vasco diferente. Para melhor, é claro. Em lances isolados, Felipe e Zé Roberto deram até canetas de presente aos adversários. (Calma, T.R.E. – não são candidatos. Portanto não foram canetas-brinde). Ambos, também, chutaram perigosamente ao gol adversário. Mas, o clássico foi marcado por passes errados e muita lentidão. De qualquer maneira, o Vasco melhorou no quesito toque de bola. De positivo, ainda, a subida de produção do zagueiro Dedé. Com o tempo, acredito, haverá mais entrosamento. E com a presença de craques a tendência é melhorar. Pelo menos, continuamos fora da zona. A Vila Mimosa do rebaixamento. Não deu para empolgar. Houve mais erros do que acertos. Na ponta do lápis, ou melhor(para ficar mais nos lances do Felipe e Zé Roberto), da caneta, o time do Vasco é bem superior. No final esquentou. Contra a gente. Mas aí, apareceu São Fernando. Um santo espanhol, oriundo de família real, que morreu em 1 198. Só que não era São Fernando Prass. Este é brasileiro, nasceu no sul do país e fez milagres na tarde de ontem. Milagres incríveis. Vou pedir sua beatificação imediata. Aliás, ao final do jogo, já foi canonizado pela torcida. Só vi coisa parecida com jogador do mesmo Vasco. O tri lençol do Vivinho naquele gol maravilhoso contra a Portuguesa de Desportos, em São Januário. No gol do vestiário. Na época pensei até em morrer, e ser velado dentro daquele gol. Foi um momento indescritível. Inacreditável. Vivinho não chegou a ser um craque. Nem um Santo, embora tenha feito o milagre da multiplicação dos lençóis antes de mandar a bola pra rede. Mas, tinha velocidade e aquele lance eu tenho a certeza de que meteu inveja até no Pele. Aliás, qualquer Pelé da vida assinaria aquela obra de arte. Lembro-me do volante deles. Um tal de Capitão. Vivinho deu o primeiro lençol sobre ele. Antes que a bola caísse no chão, deu o segundo. Ainda com a bola no ar, deu o terceiro. E emendou para o fundo da rede. O Eurico chegou a colocar uma placa comemorativa desse gol memorável. Não sei que fim levou. Fofoqueiros garantem que ela foi derretida pra ajudar a fazer a estátua do Romário. Com placa ou sem placa, aquele lance entrou para a História do Vasco. E dele me lembrei, ontem, depois das três defesas espetaculares (em série) do goleiro Fernando Prass. Mais uma obra prima. De lambuja, a defesa final na cobrança de falta. Ao contrário do outro São Fernando, o que já está canonizado, São Fernando Prass não é oriundo de família real. Mas é de uma família importantíssima de goleiros do Vasco. Entra, fácil, na galeria do Barbosa, Andrada, Acácio, Carlos Germano, Mazaroppi e outros Santos que defenderam o gol do Vasco. Para o clássico de ontem foi criada grande expectativa em torno das estréias no Vasco. Sinceramente, não esperava que houvesse o entrosamento necessário. Agora é esperar e torcer. E ressaltar a fase invicta iniciada pelo treinador Paulo Cesar Gusmão, aliás outro goleiro de nossa galeria, que não chegou a ser Santo ou craque. Mas que dá conta do recado como treinador. Tem estrela. SARAVASCO!
Não foi um bom jogo. Mas, a torcida do Vasco tem que dar mais um tempo. Felipe, Zé Roberto e Eder Luiz mostraram que podem fazer um Vasco diferente. Para melhor, é claro. Em lances isolados, Felipe e Zé Roberto deram até canetas de presente aos adversários. (Calma, T.R.E. – não são candidatos. Portanto não foram canetas-brinde). Ambos, também, chutaram perigosamente ao gol adversário. Mas, o clássico foi marcado por passes errados e muita lentidão. De qualquer maneira, o Vasco melhorou no quesito toque de bola. De positivo, ainda, a subida de produção do zagueiro Dedé. Com o tempo, acredito, haverá mais entrosamento. E com a presença de craques a tendência é melhorar. Pelo menos, continuamos fora da zona. A Vila Mimosa do rebaixamento. Não deu para empolgar. Houve mais erros do que acertos. Na ponta do lápis, ou melhor(para ficar mais nos lances do Felipe e Zé Roberto), da caneta, o time do Vasco é bem superior. No final esquentou. Contra a gente. Mas aí, apareceu São Fernando. Um santo espanhol, oriundo de família real, que morreu em 1 198. Só que não era São Fernando Prass. Este é brasileiro, nasceu no sul do país e fez milagres na tarde de ontem. Milagres incríveis. Vou pedir sua beatificação imediata. Aliás, ao final do jogo, já foi canonizado pela torcida. Só vi coisa parecida com jogador do mesmo Vasco. O tri lençol do Vivinho naquele gol maravilhoso contra a Portuguesa de Desportos, em São Januário. No gol do vestiário. Na época pensei até em morrer, e ser velado dentro daquele gol. Foi um momento indescritível. Inacreditável. Vivinho não chegou a ser um craque. Nem um Santo, embora tenha feito o milagre da multiplicação dos lençóis antes de mandar a bola pra rede. Mas, tinha velocidade e aquele lance eu tenho a certeza de que meteu inveja até no Pele. Aliás, qualquer Pelé da vida assinaria aquela obra de arte. Lembro-me do volante deles. Um tal de Capitão. Vivinho deu o primeiro lençol sobre ele. Antes que a bola caísse no chão, deu o segundo. Ainda com a bola no ar, deu o terceiro. E emendou para o fundo da rede. O Eurico chegou a colocar uma placa comemorativa desse gol memorável. Não sei que fim levou. Fofoqueiros garantem que ela foi derretida pra ajudar a fazer a estátua do Romário. Com placa ou sem placa, aquele lance entrou para a História do Vasco. E dele me lembrei, ontem, depois das três defesas espetaculares (em série) do goleiro Fernando Prass. Mais uma obra prima. De lambuja, a defesa final na cobrança de falta. Ao contrário do outro São Fernando, o que já está canonizado, São Fernando Prass não é oriundo de família real. Mas é de uma família importantíssima de goleiros do Vasco. Entra, fácil, na galeria do Barbosa, Andrada, Acácio, Carlos Germano, Mazaroppi e outros Santos que defenderam o gol do Vasco. Para o clássico de ontem foi criada grande expectativa em torno das estréias no Vasco. Sinceramente, não esperava que houvesse o entrosamento necessário. Agora é esperar e torcer. E ressaltar a fase invicta iniciada pelo treinador Paulo Cesar Gusmão, aliás outro goleiro de nossa galeria, que não chegou a ser Santo ou craque. Mas que dá conta do recado como treinador. Tem estrela. SARAVASCO!
sábado, 31 de julho de 2010
COM VONTADE DE COMER COCADA...
Domingo mais uma vez enfrentaremos o velho rival. Houve tempo em que, para mim, era mais do que rival. Muito jovem ainda, eu morava na rua Marquês de Abrantes. Quando me perguntavam o bairro em que morava eu respondia “entre o Catete e Botafogo” . Não conseguia pronunciar aquele nome. Muitos Vasco x Flamengo marcaram minha vida. Aquelas duas viradas - a gente perdendo o primeiro tempo de dois a zero e marcando cinco gols no segundo. Cinco a dois, Duas vezes. De virada. E uma delas em plena Gávea! Aquele jogo que já contei. O goleiro deles, o paraguaio Garcia, se cagava de medo do Ademir. Semana de jogo com o Vasco ele passava mais tempo na privada do que na pública... E, naquele jogo, o Ademir dando uma de migué. Fingindo que estava contundido. Não conseguia nem chegar perto da bola. Faltando poucos minutos para terminar, o zero a zero persistia. Então, resolveram se esquecer do Ademir que mal se arrastava em campo. Esticaram a bola pro Queixada. Ele partiu feito um raio. Sozinho. Garcia saiu do gol ao seu encontro. Ficou de bunda no chão (tadinho do gramado do Maracá. Ficou todo cagado).; E Ademir só parou a arrancada para pegar a bola dentro do gol e beijá-la. Mais uma vitória épica do Vasco. Teve o gol de lençol do Romário no goleiro, completando de cabeça. Os três golaços do Edmundo com direito a “rebolation”. Mas, o que não sai mesmo da minha mente foi o gol do Cocada, na decisão de 1988. A gente precisava do empate para ganhar a taça. Zero a zero. Final de jogo. Eles todos no ataque. Até o presidente, massagista e o Kleber Leite (então grande repórter)... Sai Vivinho entra Cocada pra reforçar a defesa. A primeira bola que vai pra ele, gol do Vasco. Em um minuto, apenas, Cocada entrou em campo, fez o gol do título, tirou a camisa e foi expulso. Bateu todos os recordes possíveis. E ele que era irmão do famoso Miller passou a ser o irmão titular. Miller que passou a ser irmão do Cocada. No dia seguinte não ficou uma cocada nas padarias do Rio. Nós compramos todas e enviamos para nossos “amigos” rubro-negros. Um verdadeiro festival de cocadas. Mas, cada jogo é um jogo (frase que nunca foi dita antes...rs). Domingo vai ser outro jogo. Gostaria de ver esse garoto Jonathan pedalando, limpando, partindo como um raio do Ademir, tocando, botando la dentro e rebolando. Ele é bom. Grande promessa do Vasco. E essas promessas costumam brilhar numa estréia contra eles. Lembro o nosso Sorato. Entrou no time no lugar do Romário contra o velho rival. Fez gol e daí pra frente passou a ser o carrasco deles. Que venham os novos reforços. Mas que se ache lugar no time para esses dois moleques que jogam muito. Rômulo e Jonathan. SARAVASCO.
Domingo mais uma vez enfrentaremos o velho rival. Houve tempo em que, para mim, era mais do que rival. Muito jovem ainda, eu morava na rua Marquês de Abrantes. Quando me perguntavam o bairro em que morava eu respondia “entre o Catete e Botafogo” . Não conseguia pronunciar aquele nome. Muitos Vasco x Flamengo marcaram minha vida. Aquelas duas viradas - a gente perdendo o primeiro tempo de dois a zero e marcando cinco gols no segundo. Cinco a dois, Duas vezes. De virada. E uma delas em plena Gávea! Aquele jogo que já contei. O goleiro deles, o paraguaio Garcia, se cagava de medo do Ademir. Semana de jogo com o Vasco ele passava mais tempo na privada do que na pública... E, naquele jogo, o Ademir dando uma de migué. Fingindo que estava contundido. Não conseguia nem chegar perto da bola. Faltando poucos minutos para terminar, o zero a zero persistia. Então, resolveram se esquecer do Ademir que mal se arrastava em campo. Esticaram a bola pro Queixada. Ele partiu feito um raio. Sozinho. Garcia saiu do gol ao seu encontro. Ficou de bunda no chão (tadinho do gramado do Maracá. Ficou todo cagado).; E Ademir só parou a arrancada para pegar a bola dentro do gol e beijá-la. Mais uma vitória épica do Vasco. Teve o gol de lençol do Romário no goleiro, completando de cabeça. Os três golaços do Edmundo com direito a “rebolation”. Mas, o que não sai mesmo da minha mente foi o gol do Cocada, na decisão de 1988. A gente precisava do empate para ganhar a taça. Zero a zero. Final de jogo. Eles todos no ataque. Até o presidente, massagista e o Kleber Leite (então grande repórter)... Sai Vivinho entra Cocada pra reforçar a defesa. A primeira bola que vai pra ele, gol do Vasco. Em um minuto, apenas, Cocada entrou em campo, fez o gol do título, tirou a camisa e foi expulso. Bateu todos os recordes possíveis. E ele que era irmão do famoso Miller passou a ser o irmão titular. Miller que passou a ser irmão do Cocada. No dia seguinte não ficou uma cocada nas padarias do Rio. Nós compramos todas e enviamos para nossos “amigos” rubro-negros. Um verdadeiro festival de cocadas. Mas, cada jogo é um jogo (frase que nunca foi dita antes...rs). Domingo vai ser outro jogo. Gostaria de ver esse garoto Jonathan pedalando, limpando, partindo como um raio do Ademir, tocando, botando la dentro e rebolando. Ele é bom. Grande promessa do Vasco. E essas promessas costumam brilhar numa estréia contra eles. Lembro o nosso Sorato. Entrou no time no lugar do Romário contra o velho rival. Fez gol e daí pra frente passou a ser o carrasco deles. Que venham os novos reforços. Mas que se ache lugar no time para esses dois moleques que jogam muito. Rômulo e Jonathan. SARAVASCO.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
PINTOU, ENTROU, PROMETEU, SE MANDOU, SUMIU...
O tempo está voando. Passando mais depressa do que nos meus tempos de criança. Talvez, seja por causa da velocidade tecnológica. Quando cheguei ao Rio, no começo da década de 50, telefone, por exemplo, era artigo de luxo. Significava status. Meu amigo e pai adotivo, na minha profissão e até na minha vida, Luiz Brunini, tinha cinco telefones fixos. Era apontado como um protegido pelo Céu. Cinco telefones na lista da antiga CTB! Era um privilegiado. Na verdade, para se conseguir um telefone era tão difícil quanto conseguir uma linha para ligar. Quem não tivesse pistolão não conseguia telefone. E quando conseguia, ficava até varias horas esperando dar linha. Principalmente nos dois horários de sorteio do jogo do bicho. De tarde e de noite. Havia empresas e escritórios que contratavam garotos para ficar esperando dar linha. Quando ele gritava TEM LINHA, a fila andava. Sim. Tinha que entrar na fila para esperar linha. Com o tempo as coisas foram mudando. No campo da comunicação, por exemplo, as coisas acontecem a cada minuto. O que era top de linha hoje de manhã vira peça de museu de tarde. O avanço científico tornou a vida mais prática. Sobretudo, mais veloz. O satélite, a Internet, a corrida espacial, tudo isso nos faz sentir com menos tempo para viver. Porque o tempo passa depressa. E isso vem ocorrendo, também, no futebol. Principalmente na formação de atletas. Antigamente, o garoto ficava alguns anos na base. Subia para o profissional. Virava craque. Vestia e curtia a camisa do clube por vários anos. Identificava-se com o clube. Com a torcida. Virava ídolo. Quando um jogador ia para o exterior era um acontecimento. Foi assim com Vavá, Didi, Heleno de Freitas e outros craques. Contava-se nos dedos aqueles que eram exportados. Pelé, só jogou nos Estados Unidos quando já tinha encerrado sua carreira. Nilton Santos, Ademir, Danilo, Lelé, Gerson sempre jogaram no Brasil. Mas, a velocidade do tempo e da informação mexeu com a formação de jogadores. Tudo isso com a ajuda da Lei Pelé, que facilitou as exportações . O menino, hoje, aparece, finge que é craque e ainda não é, vai pra fora e muitas vezes some. Desaparece. Tomou Doril. Sumiu no tempo e no espaço. Cadê Alex Teixeira? Foi, sem dúvida alguma, a maior promessa do Vasco nos últimos anos. Ele e Phillipe Coutinho, que agora é todo do Inter. Se bobear, some também. Por isso mesmo, fico temeroso de ficar elogiando jogador novo. Esse Jonathan leva jeito. Sabe jogar. Em outras eras a gente tinha tempo de esperar. Acompanhar a sua formação. Torcer para que realmente virasse craque. Agora não. Pintou, fez um gol, a imprensa elogiou e daqui a pouco vai embora. Muitos caem no esquecimento. Muitos voltam de cabeça mais baixa. Ninguém, por exemplo, consegue explicar a volta do Kerreison. Que, na verdade, só foi bem no Coritiba. No Palmeiras teve apenas lampejos. Na Europa não se firmou em clube nenhum. Voltando ao Vasco, Alan é outro exemplo. Leva jeito. Pode dar caldo. Rômulo também pode se transformar em bom jogador. Todos, ainda, em formação. Mas, os empresários estão de olho. A cada dia se abre um novo mercado la fora. A Espanha já está mais escolada. E agora, que ganhou a Copa do Mundo, deve continuar se dedicando mais à formação de jogadores. Itália e França talvez, também, aprendam a lição da última Copa. Aliás, a mais fraca que assisti. Tomara que nossas divisões de base tenham mais tempo para formar craques verdadeiros. E que a gente não fique sempre na expectativa da tal janela para repatriar, muitas vezes apenas nomes. Aloizio Chulapa foi exemplo disso. O Vasco trouxe apenas o rótulo. O jogador já tinha acabado. Espero que Zé Roberto, Felipe. Eder Luiz não sejam apenas rótulos. Poderão formar com Carlos Alberto e outros contratados uma equipe forte. Um Vasco realmente Vasco.
SARAVASCO!
O tempo está voando. Passando mais depressa do que nos meus tempos de criança. Talvez, seja por causa da velocidade tecnológica. Quando cheguei ao Rio, no começo da década de 50, telefone, por exemplo, era artigo de luxo. Significava status. Meu amigo e pai adotivo, na minha profissão e até na minha vida, Luiz Brunini, tinha cinco telefones fixos. Era apontado como um protegido pelo Céu. Cinco telefones na lista da antiga CTB! Era um privilegiado. Na verdade, para se conseguir um telefone era tão difícil quanto conseguir uma linha para ligar. Quem não tivesse pistolão não conseguia telefone. E quando conseguia, ficava até varias horas esperando dar linha. Principalmente nos dois horários de sorteio do jogo do bicho. De tarde e de noite. Havia empresas e escritórios que contratavam garotos para ficar esperando dar linha. Quando ele gritava TEM LINHA, a fila andava. Sim. Tinha que entrar na fila para esperar linha. Com o tempo as coisas foram mudando. No campo da comunicação, por exemplo, as coisas acontecem a cada minuto. O que era top de linha hoje de manhã vira peça de museu de tarde. O avanço científico tornou a vida mais prática. Sobretudo, mais veloz. O satélite, a Internet, a corrida espacial, tudo isso nos faz sentir com menos tempo para viver. Porque o tempo passa depressa. E isso vem ocorrendo, também, no futebol. Principalmente na formação de atletas. Antigamente, o garoto ficava alguns anos na base. Subia para o profissional. Virava craque. Vestia e curtia a camisa do clube por vários anos. Identificava-se com o clube. Com a torcida. Virava ídolo. Quando um jogador ia para o exterior era um acontecimento. Foi assim com Vavá, Didi, Heleno de Freitas e outros craques. Contava-se nos dedos aqueles que eram exportados. Pelé, só jogou nos Estados Unidos quando já tinha encerrado sua carreira. Nilton Santos, Ademir, Danilo, Lelé, Gerson sempre jogaram no Brasil. Mas, a velocidade do tempo e da informação mexeu com a formação de jogadores. Tudo isso com a ajuda da Lei Pelé, que facilitou as exportações . O menino, hoje, aparece, finge que é craque e ainda não é, vai pra fora e muitas vezes some. Desaparece. Tomou Doril. Sumiu no tempo e no espaço. Cadê Alex Teixeira? Foi, sem dúvida alguma, a maior promessa do Vasco nos últimos anos. Ele e Phillipe Coutinho, que agora é todo do Inter. Se bobear, some também. Por isso mesmo, fico temeroso de ficar elogiando jogador novo. Esse Jonathan leva jeito. Sabe jogar. Em outras eras a gente tinha tempo de esperar. Acompanhar a sua formação. Torcer para que realmente virasse craque. Agora não. Pintou, fez um gol, a imprensa elogiou e daqui a pouco vai embora. Muitos caem no esquecimento. Muitos voltam de cabeça mais baixa. Ninguém, por exemplo, consegue explicar a volta do Kerreison. Que, na verdade, só foi bem no Coritiba. No Palmeiras teve apenas lampejos. Na Europa não se firmou em clube nenhum. Voltando ao Vasco, Alan é outro exemplo. Leva jeito. Pode dar caldo. Rômulo também pode se transformar em bom jogador. Todos, ainda, em formação. Mas, os empresários estão de olho. A cada dia se abre um novo mercado la fora. A Espanha já está mais escolada. E agora, que ganhou a Copa do Mundo, deve continuar se dedicando mais à formação de jogadores. Itália e França talvez, também, aprendam a lição da última Copa. Aliás, a mais fraca que assisti. Tomara que nossas divisões de base tenham mais tempo para formar craques verdadeiros. E que a gente não fique sempre na expectativa da tal janela para repatriar, muitas vezes apenas nomes. Aloizio Chulapa foi exemplo disso. O Vasco trouxe apenas o rótulo. O jogador já tinha acabado. Espero que Zé Roberto, Felipe. Eder Luiz não sejam apenas rótulos. Poderão formar com Carlos Alberto e outros contratados uma equipe forte. Um Vasco realmente Vasco.
SARAVASCO!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
AGOSTO, PARA MIM, NÃO TEM NADA DE DESGOSTO... POR ISSO ESPERO COM MUITA FÉ...
Eu sempre tive sorte no mês de agosto. No dia primeiro de agosto de 1950 consegui meu primeiro emprego com carteira assinada. Em agosto de 1954, iniciei minha carreira como jornalista, entrando para a Rádio Globo. Tenho um filho e uma neta nascidos no mês de agosto. Agosto é o mês da minha grande paixão, o nosso Vascão. E não me lembro de qualquer coisa ruim que me tenha acontecido num mês de agosto. Portanto, não posso concordar com aquela superstição de que agosto é mês de desgosto. Acredito que ela só existe mesmo para fazer rima. Estou falando isso porque o Vasco está contratando bons jogadores. Que, se acertarem, poderão formar um time completamente diferente dos que temos visto nos últimos anos.
Felipe, nós todos sabemos que sempre foi craque. Joga no meio e na lateral esquerda. Zé Roberto também é craque. Sabe jogar. O importante é os dois quererem jogar. Se quiserem, formarão uma das melhores duplas de meias do futebol brasileiro. Carlos Alberto, finalmente, agora é jogador do Vasco. Por três anos. Outro que sabe jogar. Que desequilibra quando está em campo. Mas, está sempre entregue ao Departamento Médico que, no caso do Vasco, funciona em passo de tartaruga. Esses três, jogando juntos, jogando o que sabem e o que podem, vão fazer a diferença. O lateral paraguaio eu não conheço. Mas o Eder Luiz é outro bom jogador. Fez um excelente brasileiro, ano passado, pelo Atlético Mineiro. É goleador e tem muita velocidade. Só que a gente apenas poderá vê-los no time a partir de agosto, por causa da tal janela. Até lá, faremos jogos importantes e seja lá o que Deus quiser. Nossa situação continua difícil. Estamos na vice-lanterna do campeonato. Que agosto chegue logo.Mas, por falar nesses reforços muita gente me pergunta de onde está aparecendo dinheiro para tanta contratação. Sinceramente, não sei. Só sei que a grana da Eletrobrás não sai porque o clube não paga impostos. E a tal fila de patrocinadores continua invisível. Tão invisível como o futebol na Copa do Mundo que terminou hoje. Foi a pior Copa que eu assisti. Ainda por falta de dinheiro o nosso remo está em situação dramática, como bem descreve em sua coluna o companheiro Zé Carvalho, da Cruzada. Dinheiro não entra e há denúncia de depósitos irregulares em paraísos fiscais (leiam a coluna do Zé Luiz Mano). De qualquer maneira, um título importante no futebol custa dinheiro. Se ele não entra no caixa do Clube, a coisa fica preta. Será que não sabiam antes de assinarem com a Eletrobrás que quem não paga imposto não pode negociar com estatal? E por que não pensaram num plano B? Cadê a fila de patrocinadores? Repito, sem dinheiro em caixa não adianta pensar em títulos. Não é com o campeonato brasileiro de tatuagens, com a camisa de Cruz diferente ou com as trancinhas do Carlos Alberto que o clube vai faturar. Mas, tenho fé no mês de agosto. Contando nos dedos os dias que faltam para ele chegar, me despeço de vocês com um forte SARAVASCO!
Eu sempre tive sorte no mês de agosto. No dia primeiro de agosto de 1950 consegui meu primeiro emprego com carteira assinada. Em agosto de 1954, iniciei minha carreira como jornalista, entrando para a Rádio Globo. Tenho um filho e uma neta nascidos no mês de agosto. Agosto é o mês da minha grande paixão, o nosso Vascão. E não me lembro de qualquer coisa ruim que me tenha acontecido num mês de agosto. Portanto, não posso concordar com aquela superstição de que agosto é mês de desgosto. Acredito que ela só existe mesmo para fazer rima. Estou falando isso porque o Vasco está contratando bons jogadores. Que, se acertarem, poderão formar um time completamente diferente dos que temos visto nos últimos anos.
Felipe, nós todos sabemos que sempre foi craque. Joga no meio e na lateral esquerda. Zé Roberto também é craque. Sabe jogar. O importante é os dois quererem jogar. Se quiserem, formarão uma das melhores duplas de meias do futebol brasileiro. Carlos Alberto, finalmente, agora é jogador do Vasco. Por três anos. Outro que sabe jogar. Que desequilibra quando está em campo. Mas, está sempre entregue ao Departamento Médico que, no caso do Vasco, funciona em passo de tartaruga. Esses três, jogando juntos, jogando o que sabem e o que podem, vão fazer a diferença. O lateral paraguaio eu não conheço. Mas o Eder Luiz é outro bom jogador. Fez um excelente brasileiro, ano passado, pelo Atlético Mineiro. É goleador e tem muita velocidade. Só que a gente apenas poderá vê-los no time a partir de agosto, por causa da tal janela. Até lá, faremos jogos importantes e seja lá o que Deus quiser. Nossa situação continua difícil. Estamos na vice-lanterna do campeonato. Que agosto chegue logo.Mas, por falar nesses reforços muita gente me pergunta de onde está aparecendo dinheiro para tanta contratação. Sinceramente, não sei. Só sei que a grana da Eletrobrás não sai porque o clube não paga impostos. E a tal fila de patrocinadores continua invisível. Tão invisível como o futebol na Copa do Mundo que terminou hoje. Foi a pior Copa que eu assisti. Ainda por falta de dinheiro o nosso remo está em situação dramática, como bem descreve em sua coluna o companheiro Zé Carvalho, da Cruzada. Dinheiro não entra e há denúncia de depósitos irregulares em paraísos fiscais (leiam a coluna do Zé Luiz Mano). De qualquer maneira, um título importante no futebol custa dinheiro. Se ele não entra no caixa do Clube, a coisa fica preta. Será que não sabiam antes de assinarem com a Eletrobrás que quem não paga imposto não pode negociar com estatal? E por que não pensaram num plano B? Cadê a fila de patrocinadores? Repito, sem dinheiro em caixa não adianta pensar em títulos. Não é com o campeonato brasileiro de tatuagens, com a camisa de Cruz diferente ou com as trancinhas do Carlos Alberto que o clube vai faturar. Mas, tenho fé no mês de agosto. Contando nos dedos os dias que faltam para ele chegar, me despeço de vocês com um forte SARAVASCO!
domingo, 4 de julho de 2010
AUSÊNCIA QUE PREENCHE UMA LACUNA...
A gente está acostumado a dizer que há presenças que preenchem lacunas. Por exemplo: a presença de pelo menos dois bons zagueiros preencheria uma lacuna muito grande na defesa do Vasco. Um bom armador, um lateral direito, um bom matador e um banco com soluções, preencheriam outras lacunas que ainda existem. Ganso, Neymar e Ronaldinho teriam preenchido importantes lacunas na seleção brasileira. Brasileira, não. A seleção do Dunga, já de má memória. Certo. Há presenças que preenchem lacunas. Mas, existem, também, AUSÊNCIAS QUE PREENCHEM LACUNAS. Estou lendo na Internet, depois do jogo do Vasco contra o Grêmio, em que perdemos de três a zero, que Dedé, Leo Gago e Rafael Coelho serão desfalques para o jogo com o Coritiba. Desfalques??? Em minha opinião, esses três são exemplos típicos de ausências que preenchem lacunas. Na verdade, não estão à altura das tradições do Vasco. A esperança é que os reforços recentemente contratados sejam, realmente, reforços. Felipe, Zé Roberto e Eder Luiz sabem jogar. MAS, QUANDO QUEREM JOGAR. E mais – só poderão ser aproveitados a partir de agosto. Até lá, teremos jogos importantes, lembrando que estamos na penúltima colocação da tabela. Continuamos na zona de rebaixamento. Para fazer humor negro com aqueles que acham que a segunda divisão foi uma conquista inédita do Vasco, o bi-segunda divisão seria outro ineditismo. Difícil de ser igualado. De vez em quando é bom a gente falar de pesadelos para tentar impedir que os erros se repitam. A Copa do Mundo foi uma espécie de anestesia geral cujo efeito já passou. Acordamos para a realidade. Temos um clube dividido pela radicalização entre duas correntes. Até agora, a não ser o trabalho que vejo da Cruzada (trabalho que me parece sério, honesto, independente, verdadeiramente vascaíno) não vejo nomes nem projetos para o futuro. Mas, sei, que nomes existem. Mesmo nas duas correntes em que se dividiu o clube. Fora delas também. É uma questão de procurar com bom senso. Com paixão vascaína. Mas, sem paixão pessoal. Precisamos apurar denúncias que vêm sendo feitas. Até agora, por exemplo, ninguém apurou como torcedores invadiram o campo durante um treino. Há denúncia de que tudo foi armado. Mas, ninguém fez nada para apurar nem para se defender de acusações. Há outras denúncias mais graves, envolvendo prejuízos financeiros para o clube. Ninguém ainda se explicou sobre a denúncia do vice-presidente Luso, Antigamente a gente reclamava da falta de transparência no clube. Roberto entrou prometendo que isso ia acabar. Mas, até agora, a atual transparência está escondida por uma nuvem de erros e denúncias. E ninguém se explica. O Vasco é um grande clube. Tem tradição e história. Tem uma legião de milhões de torcedores apaixonados. Não pode ser tratado como uma quitanda que vende laranjas e bananas. (Senhor Moderador, banana no bom sentido. Mesmo porque, a banana que estou falando é uma presença que preenche uma lacuna provocada pela falta de vitaminas e potássio. A outra, não sei se é assim. Talvez seja, como afirmei no começo da coluna, uma ausência que preenche uma lacuna). Passado o fiasco da Copa vamos torcer, trabalhar e rezar para que o nosso Vasco se reencontre com seu destino glorioso. Vasco e fiasco não combinam. Só na rima. A todos um caloroso SARAVASCO.
A gente está acostumado a dizer que há presenças que preenchem lacunas. Por exemplo: a presença de pelo menos dois bons zagueiros preencheria uma lacuna muito grande na defesa do Vasco. Um bom armador, um lateral direito, um bom matador e um banco com soluções, preencheriam outras lacunas que ainda existem. Ganso, Neymar e Ronaldinho teriam preenchido importantes lacunas na seleção brasileira. Brasileira, não. A seleção do Dunga, já de má memória. Certo. Há presenças que preenchem lacunas. Mas, existem, também, AUSÊNCIAS QUE PREENCHEM LACUNAS. Estou lendo na Internet, depois do jogo do Vasco contra o Grêmio, em que perdemos de três a zero, que Dedé, Leo Gago e Rafael Coelho serão desfalques para o jogo com o Coritiba. Desfalques??? Em minha opinião, esses três são exemplos típicos de ausências que preenchem lacunas. Na verdade, não estão à altura das tradições do Vasco. A esperança é que os reforços recentemente contratados sejam, realmente, reforços. Felipe, Zé Roberto e Eder Luiz sabem jogar. MAS, QUANDO QUEREM JOGAR. E mais – só poderão ser aproveitados a partir de agosto. Até lá, teremos jogos importantes, lembrando que estamos na penúltima colocação da tabela. Continuamos na zona de rebaixamento. Para fazer humor negro com aqueles que acham que a segunda divisão foi uma conquista inédita do Vasco, o bi-segunda divisão seria outro ineditismo. Difícil de ser igualado. De vez em quando é bom a gente falar de pesadelos para tentar impedir que os erros se repitam. A Copa do Mundo foi uma espécie de anestesia geral cujo efeito já passou. Acordamos para a realidade. Temos um clube dividido pela radicalização entre duas correntes. Até agora, a não ser o trabalho que vejo da Cruzada (trabalho que me parece sério, honesto, independente, verdadeiramente vascaíno) não vejo nomes nem projetos para o futuro. Mas, sei, que nomes existem. Mesmo nas duas correntes em que se dividiu o clube. Fora delas também. É uma questão de procurar com bom senso. Com paixão vascaína. Mas, sem paixão pessoal. Precisamos apurar denúncias que vêm sendo feitas. Até agora, por exemplo, ninguém apurou como torcedores invadiram o campo durante um treino. Há denúncia de que tudo foi armado. Mas, ninguém fez nada para apurar nem para se defender de acusações. Há outras denúncias mais graves, envolvendo prejuízos financeiros para o clube. Ninguém ainda se explicou sobre a denúncia do vice-presidente Luso, Antigamente a gente reclamava da falta de transparência no clube. Roberto entrou prometendo que isso ia acabar. Mas, até agora, a atual transparência está escondida por uma nuvem de erros e denúncias. E ninguém se explica. O Vasco é um grande clube. Tem tradição e história. Tem uma legião de milhões de torcedores apaixonados. Não pode ser tratado como uma quitanda que vende laranjas e bananas. (Senhor Moderador, banana no bom sentido. Mesmo porque, a banana que estou falando é uma presença que preenche uma lacuna provocada pela falta de vitaminas e potássio. A outra, não sei se é assim. Talvez seja, como afirmei no começo da coluna, uma ausência que preenche uma lacuna). Passado o fiasco da Copa vamos torcer, trabalhar e rezar para que o nosso Vasco se reencontre com seu destino glorioso. Vasco e fiasco não combinam. Só na rima. A todos um caloroso SARAVASCO.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A CORTINA DE FUMAÇA PODE ESCONDER A PROMETIDA TRANSPARÊNCIA!
A que ponto chegamos! Vinte e seis dias depois de assumir o comando do nosso time o treinador se manda. Vai ganhar mais (e receber em dia) no Internacional. Deu uma banana para o nosso presidente;( Sr. Moderador, continuo utilizando a expressão banana no bom sentido. Falo da fruta, rica em vitaminas e força. Jamais a ofenderia com congêneres, assemelhados ou genéricos sem as qualidades da fruta). Quem diria que isso um dia aconteceria com o Vasco. Aliás, nos últimos anos, não é novidade. Lembram-se do Edilson, o capetinha? Declarou, na Bahia, que jamais vestiria a camisa do Vasco. E, no final de sua carreira descumpriu a promessa. Pior, que nossa diretoria o aceitou. Leandro Amaral foi outro que se mandou sem aviso prévio.Até pouco temo era diferente. .Todo mundo queria entrar. Ninguém queria sair. Recentemente, perguntei ao Juninho Pernambucano se ele um dia vestiria a camisa do Flamengo. Ele respondeu, enfàticamente:
”Nem do Flamengo ou de qualquer outro grande clube carioca. Respeito a torcida do Vasco. Ela me demonstra muito amor.” Na época do Expresso, tínhamos um jogador que era um verdadeiro coringa. Jogava em todas as posições, menos no gol. Talvez até jogasse bem no gol, numa emergência. Era tão útil que, mesmo sendo reserva no Vasco, foi convocado para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1950. Alfredo Segundo, depois de vários anos se desentendeu com a diretoria do clube. Se mandou para o Flamengo. Assinou contrato. Mas na hora de vestir a camisa inimiga para as fotos, não teve coragem. Voltou correndo para São Januário. No final de sua carreira, já pràticamente aposentado, conseguiu jogar na Gávea. Edmundo é vascaíno. Sempre foi vascaíno. De arquibancada. E de nos dar muitas alegrias. Perdeu pênaltis importantes porque não sabia bater pênalti. Era tudo na base da porrada. Eu ficaria aqui citando vários exemplos. O Vasco era o sonho de consumo de todos os profissionais do futebol. A maior vitrine do futebol brasileiro. Vestir a camisa do Vasco não era para qualquer um. Jamais passaria pela cabeça de um profissional deixar o clube. Essa história de leandros amarais e celsos roths vem acontecendo de uns anos para cá. Culpa deles? Adianta chamá-los de ingratos ou mercenários? Culpa de quem manda. De quem está por cima e não conhece a história do Vasco. De quem contrata sem segurança alguma. De qualquer jeito, vem aí o Paulo Cesar Gusmão. Conheço ele muito bem. Excelente profissional. Tem a pele do Vasco, onde foi goleiro. E também treinador de goleiros. Na sua curta passagem como treinador obteve bons resultados. Fez ótimo trabalho no Ceará. Tomara que dê certo. Tomara que essa diretoria (?) escreva certo por linhas tortas. Felipe vem aí. Mas vai jogar? Vai aposentar o chinelinho? Tomara que sim. Se quiser jogar vai ser um reforço bem grande. Enfim, o novo treinador vai ter tempo para montar um time. Embora alguns jogadores só possam ser utilizados a partir de agosto. Espero que essas contratações não sejam apenas uma cortina de fumaça. A torcida exige ainda explicações que nunca foram dadas. Exige a prometida transparência que está mais obscura que noite sem luz. Exige explicações sobre denúncias de depósitos ilegais em paraísos fiscais, de salários e impostos atrasados, de empreguismo no clube. Eu tenho medo das coisas feitas por debaixo dos panos. Temo, por exemplo que, de tanto treino secreto a seleção do Dunga esconda também seu jogo nas partidas da Copa. Transparência é essencial. Cumprir promessas de campanha, mais essencial ainda. O Vasco não pode continuar sucumbindo diante de tanta incompetência e leviandade.
Saudações vascaínas e o meu sincero
SARAVASCO!
A que ponto chegamos! Vinte e seis dias depois de assumir o comando do nosso time o treinador se manda. Vai ganhar mais (e receber em dia) no Internacional. Deu uma banana para o nosso presidente;( Sr. Moderador, continuo utilizando a expressão banana no bom sentido. Falo da fruta, rica em vitaminas e força. Jamais a ofenderia com congêneres, assemelhados ou genéricos sem as qualidades da fruta). Quem diria que isso um dia aconteceria com o Vasco. Aliás, nos últimos anos, não é novidade. Lembram-se do Edilson, o capetinha? Declarou, na Bahia, que jamais vestiria a camisa do Vasco. E, no final de sua carreira descumpriu a promessa. Pior, que nossa diretoria o aceitou. Leandro Amaral foi outro que se mandou sem aviso prévio.Até pouco temo era diferente. .Todo mundo queria entrar. Ninguém queria sair. Recentemente, perguntei ao Juninho Pernambucano se ele um dia vestiria a camisa do Flamengo. Ele respondeu, enfàticamente:
”Nem do Flamengo ou de qualquer outro grande clube carioca. Respeito a torcida do Vasco. Ela me demonstra muito amor.” Na época do Expresso, tínhamos um jogador que era um verdadeiro coringa. Jogava em todas as posições, menos no gol. Talvez até jogasse bem no gol, numa emergência. Era tão útil que, mesmo sendo reserva no Vasco, foi convocado para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1950. Alfredo Segundo, depois de vários anos se desentendeu com a diretoria do clube. Se mandou para o Flamengo. Assinou contrato. Mas na hora de vestir a camisa inimiga para as fotos, não teve coragem. Voltou correndo para São Januário. No final de sua carreira, já pràticamente aposentado, conseguiu jogar na Gávea. Edmundo é vascaíno. Sempre foi vascaíno. De arquibancada. E de nos dar muitas alegrias. Perdeu pênaltis importantes porque não sabia bater pênalti. Era tudo na base da porrada. Eu ficaria aqui citando vários exemplos. O Vasco era o sonho de consumo de todos os profissionais do futebol. A maior vitrine do futebol brasileiro. Vestir a camisa do Vasco não era para qualquer um. Jamais passaria pela cabeça de um profissional deixar o clube. Essa história de leandros amarais e celsos roths vem acontecendo de uns anos para cá. Culpa deles? Adianta chamá-los de ingratos ou mercenários? Culpa de quem manda. De quem está por cima e não conhece a história do Vasco. De quem contrata sem segurança alguma. De qualquer jeito, vem aí o Paulo Cesar Gusmão. Conheço ele muito bem. Excelente profissional. Tem a pele do Vasco, onde foi goleiro. E também treinador de goleiros. Na sua curta passagem como treinador obteve bons resultados. Fez ótimo trabalho no Ceará. Tomara que dê certo. Tomara que essa diretoria (?) escreva certo por linhas tortas. Felipe vem aí. Mas vai jogar? Vai aposentar o chinelinho? Tomara que sim. Se quiser jogar vai ser um reforço bem grande. Enfim, o novo treinador vai ter tempo para montar um time. Embora alguns jogadores só possam ser utilizados a partir de agosto. Espero que essas contratações não sejam apenas uma cortina de fumaça. A torcida exige ainda explicações que nunca foram dadas. Exige a prometida transparência que está mais obscura que noite sem luz. Exige explicações sobre denúncias de depósitos ilegais em paraísos fiscais, de salários e impostos atrasados, de empreguismo no clube. Eu tenho medo das coisas feitas por debaixo dos panos. Temo, por exemplo que, de tanto treino secreto a seleção do Dunga esconda também seu jogo nas partidas da Copa. Transparência é essencial. Cumprir promessas de campanha, mais essencial ainda. O Vasco não pode continuar sucumbindo diante de tanta incompetência e leviandade.
Saudações vascaínas e o meu sincero
SARAVASCO!
domingo, 6 de junho de 2010
“ÃO, ÃO, ÃO, TERCEIRA DIVISÃO???????”
O Santos acaba de marcar seu terceiro gol. Definitivamente, viramos saco de pancadas. Estamos entregando os jogos, a preço de banana (atenção, senhor moderador. Essa banana aqui não tem nada a ver. É banana no bom sentido). E eu me lembro da historinha daquela mulher que entrou com sua filha no consultório de um cirurgião plástico. O médico perguntou se era ela que iria fazer a cirurgia. A mulher disse que não. Era a filha. O médico estranhou porque era bem nova ainda. Mas a mãe tentou explicar: “é que ela foi estuprada”. O médico deu um leve sorriso e disse. “Bem esse tipo de cirurgia eu não faço.” A mulher esclareceu – “Não é para repor a virgindade dela não, doutor. É para tirar este sorriso que ela mantém no rosto desde que foi estuprada.” Qualquer coincidência com pessoa viva é coincidência mesmo. O Vasco precisa, com urgência, de alguém que tire aquele eterno sorriso do rosto do nosso ínclito presidente. Não dá mais. Ele, que tinha entrado para a nossa história como grande artilheiro (maior ídolo, não, já tivemos craques de verdade, bem melhores do que ele) já destruiu tudo o que tinha feito, nos levando para a segunda divisão. E está querendo repetir a dose. Uma overdose, convenhamos. Overdose que pode enterrar nosso clube, nosso passado, nossa tradição, nosso sentimento que não pode parar, mas, que pode ser parado por pessoas incompetentes e que não têm nada a ver com a vascainidade. Pior, que surgem denúncias sobre depósitos suspeitos em paraíso fiscal. Pior ainda, a resposta do presidente – vai consultar o Departamento Jurídico para saber se de fato houve esse depósito. Mais um sinal da sua incompetência. Será que ele não sabe o que é um paraíso fiscal? (O Santos acaba de fazer seu quarto gol..E o Leo Gago entrou um pouco antes para não levarmos mais gols.). Estamos levando uma goleada. Somos os piores do Rio. Começamos e continuamos na zona de rebaixamento. Zona, literalmente zona. A mesma zona que virou nosso clube. Sem comando. Sem diretoria. Sem jogadores à altura. Sem vergonha. Sem vontade de melhorar. É o presidente de bunda pra cima, camisa vermelha e calça preta, sendo tatuado na panturrilha. E nós, pobres torcedores, sendo tatuados na alma, no coração com esses resultados vergonhosos. Jamais, como torcedor, passei por uma situação dessas. Foi por isso que um garoto dos seus dez anos me disse que estava procurando um time de fora do Rio para torcer. Eu o repreendi: “Mas você não é Vasco? Não vai mudar agora.” E ele me respondeu: “Não, quero escolher outro clube. Vou torcer para ele ser campeão. Mas continuo torcendo pelo meu Vascão. Para que ele não seja rebaixado outra vez.” O pior é que a gente vê o Flamengo sendo campeão brasileiro e nosso único consolo é saber que ele perdeu a Libertadores. Mas disputou a Liberadores. E a gente? Disputa o que? A gente vê o Fluminense contratando e disparando nas primeiras colocações. O Botafogo ali junto do G quatro do bem. E nós? Qual a esperança? Qual a saída? Quando o treinador coloca um jogador em campo e diz que é pra não levar mais gols, e leva logo o quarto, é que o Vasco, em campo, deixou de ser o Vasco. Virou time pequeno. Joga para perder de pouco. E o sorriso continua, permanente, eterno, abismal, frio, frívolo. Vai morrer sorrindo, Mesmo que a gente morra de paixão, de tristeza, de vergonha. Em campo, no nosso campo, após perdermos para o fraco Guarani, a torcida gritou: “ão,ão,ão, segunda divisão.” Mas, infelizmente, com esse time, ou pior, com esse amontoado não vai dar nem pra ganhar a segunda divisão;. Vai ser a terceira, na certa. Nosso ínclito presidente vai conseguir ser bi-rebaixado.. E vai continuar sorrindo. No máximo dando uma banana (Sr. Moderador, não tem nada a ver. É banana no bom sentido) para milhões de torcedores. Deixo uma pergunta no ar: se a herança que o Eurico deixou para o Roberto foi maldita, que herança o Roberto vai deixar para o seu sucessor? Acabou o jogo. Santos quatro a zero. Mas, eu vou morrer gritando
SARAVASCO!
O Santos acaba de marcar seu terceiro gol. Definitivamente, viramos saco de pancadas. Estamos entregando os jogos, a preço de banana (atenção, senhor moderador. Essa banana aqui não tem nada a ver. É banana no bom sentido). E eu me lembro da historinha daquela mulher que entrou com sua filha no consultório de um cirurgião plástico. O médico perguntou se era ela que iria fazer a cirurgia. A mulher disse que não. Era a filha. O médico estranhou porque era bem nova ainda. Mas a mãe tentou explicar: “é que ela foi estuprada”. O médico deu um leve sorriso e disse. “Bem esse tipo de cirurgia eu não faço.” A mulher esclareceu – “Não é para repor a virgindade dela não, doutor. É para tirar este sorriso que ela mantém no rosto desde que foi estuprada.” Qualquer coincidência com pessoa viva é coincidência mesmo. O Vasco precisa, com urgência, de alguém que tire aquele eterno sorriso do rosto do nosso ínclito presidente. Não dá mais. Ele, que tinha entrado para a nossa história como grande artilheiro (maior ídolo, não, já tivemos craques de verdade, bem melhores do que ele) já destruiu tudo o que tinha feito, nos levando para a segunda divisão. E está querendo repetir a dose. Uma overdose, convenhamos. Overdose que pode enterrar nosso clube, nosso passado, nossa tradição, nosso sentimento que não pode parar, mas, que pode ser parado por pessoas incompetentes e que não têm nada a ver com a vascainidade. Pior, que surgem denúncias sobre depósitos suspeitos em paraíso fiscal. Pior ainda, a resposta do presidente – vai consultar o Departamento Jurídico para saber se de fato houve esse depósito. Mais um sinal da sua incompetência. Será que ele não sabe o que é um paraíso fiscal? (O Santos acaba de fazer seu quarto gol..E o Leo Gago entrou um pouco antes para não levarmos mais gols.). Estamos levando uma goleada. Somos os piores do Rio. Começamos e continuamos na zona de rebaixamento. Zona, literalmente zona. A mesma zona que virou nosso clube. Sem comando. Sem diretoria. Sem jogadores à altura. Sem vergonha. Sem vontade de melhorar. É o presidente de bunda pra cima, camisa vermelha e calça preta, sendo tatuado na panturrilha. E nós, pobres torcedores, sendo tatuados na alma, no coração com esses resultados vergonhosos. Jamais, como torcedor, passei por uma situação dessas. Foi por isso que um garoto dos seus dez anos me disse que estava procurando um time de fora do Rio para torcer. Eu o repreendi: “Mas você não é Vasco? Não vai mudar agora.” E ele me respondeu: “Não, quero escolher outro clube. Vou torcer para ele ser campeão. Mas continuo torcendo pelo meu Vascão. Para que ele não seja rebaixado outra vez.” O pior é que a gente vê o Flamengo sendo campeão brasileiro e nosso único consolo é saber que ele perdeu a Libertadores. Mas disputou a Liberadores. E a gente? Disputa o que? A gente vê o Fluminense contratando e disparando nas primeiras colocações. O Botafogo ali junto do G quatro do bem. E nós? Qual a esperança? Qual a saída? Quando o treinador coloca um jogador em campo e diz que é pra não levar mais gols, e leva logo o quarto, é que o Vasco, em campo, deixou de ser o Vasco. Virou time pequeno. Joga para perder de pouco. E o sorriso continua, permanente, eterno, abismal, frio, frívolo. Vai morrer sorrindo, Mesmo que a gente morra de paixão, de tristeza, de vergonha. Em campo, no nosso campo, após perdermos para o fraco Guarani, a torcida gritou: “ão,ão,ão, segunda divisão.” Mas, infelizmente, com esse time, ou pior, com esse amontoado não vai dar nem pra ganhar a segunda divisão;. Vai ser a terceira, na certa. Nosso ínclito presidente vai conseguir ser bi-rebaixado.. E vai continuar sorrindo. No máximo dando uma banana (Sr. Moderador, não tem nada a ver. É banana no bom sentido) para milhões de torcedores. Deixo uma pergunta no ar: se a herança que o Eurico deixou para o Roberto foi maldita, que herança o Roberto vai deixar para o seu sucessor? Acabou o jogo. Santos quatro a zero. Mas, eu vou morrer gritando
SARAVASCO!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
CLICHETARAM QUE TODA MANIFESTAÇÃO DE TORCEDOR É VANDALISMO.
A mídia subestimou a revolta da torcida do Vasco. Sinceramente, achei mais um ato de revolta pacífica do que de agressão, aquela invasão de torcedores. Eles pagam ingresso, compram camisas, ficam roucos de tanto gritar e sofrem. O sentimento não pode parar. Mas o sofrimento não pode continuar. Coincidência ou não, depois daquela invasão, o time ganhou mais raça. Mais vontade. Embora continue um time limitado. Pior, não temos elenco. Não temos peças de uso e muito menos de reposição. Uma coisa é conseqüência da outra. Voltando à invasão, não vi nenhum jogador reclamar de ameaça, como aconteceu daquela vez em que o ex-promissor Morais se cagou de medo. Pelo contrário. Ouvi jogadores dizendo que os torcedores estavam no seu direito de protestar. Embora sempre venha aquele velho clichê, de que ali é local de trabalho. Só que o torcedor entendeu que o trabalho estava muito devagar. Não tinha DNA de Vasco. A invasão teve até o seu momento pastelão. Depois de tudo serenado, o nosso ínclito presidente atravessou o campo, de camisa vermelha e calça preta. Coisa que vascaíno nunca usa. A primeira preocupação de quem ama o Vasco é evitar a combinação daquelas duas cores. O episódio me fez lembrar aquela historinha do barco pirata atacado por outra embarcação. Um marinheiro chegou, ofegante, para dar a notícia ao pirata chefe. Este partiu para o convés e gritou --- “Tragam minha camisa vermelha.” Sem entender o porque do pedido levaram a camisa vermelha que o chefe vestiu rapidamente. Ele e seus comandados trocaram tiros com o barco adversário que foi posto à pique. Depois da vitória um dos marinheiros lhe perguntou:”Chefe, por que o senhor vestiu a camisa vermelha?” O comandante pirata explicou: “É que se eu fosse ferido em combate vocês não veriam o sangue. E não perderiam a disposição.” Dias depois outro marinheiro vem dar a péssima notícia ao chefe = “Agora estamos cercados por dez barcos inimigos, fortemente armados.?” O comandante berrou: “Tragam a minha calça marrom!” ---Bem, no caso do nosso ínclito presidente a calça era preta, Mas o preto também disfarça tão bem quanto o marrom.E para que essa coluna não vire assunto mal cheiroso, vamos em frente. Depois do acontecido, tivemos aquela “virada” contra o Internacional. Mais na base da alma, da raça, da vontade. Seguiu-se um empate com o Botafogo, com o time mostrando espírito de luta. Mas ainda tivemos lambanças incríveis. Esse Elder Granja, por exemplo, ainda me mata do coração. No jogo com o Inter ainda contamos com a ajudazinha do juiz no pênalti a nosso favor. O que não chega a ser demérito algum. Há quanto tempo um árbitro não errava a favor do Vasco? Só erravam contra. Parece que já tinham até perdido o respeito ao nosso clube. Continuamos la embaixo, na tabela. Ainda brigando contra a zona de rebaixamento. E quem diria: Ernani, o indigitado Ernani, começou a virada contra o Inter, naquele lance do pênalti e marcou um golaço contra o Botafogo. Assim, o Vasco, que já teve grandes times de futebol, virou uma caixa de surpresas. De repente, até o Ernani dá uma de Pelé. O nosso time precisa melhorar e muito. E ainda que melhore muito não vai apagar os erros da nossa diretoria. Meus companheiros colunistas apontam esses erros em suas colunas. A do Dr. João Ferreira, por exemplo, é um espelho do que vem acontecendo. João Ferreira é um dos nomes mais importantes do Vasco, Na área jurídica, por exemplo, ninguém melhor do que ele. E a gente fica perturbado sem saber porque homens como João Ferreira não são sequer cogitados para tirar o Vasco do buraco em que o meteram. São pessoas competentes, sérias, honestas, trabalhadoras, com grande amor ao Vasco e imensos serviços prestados ao clube. Vocês se lembram do presidente Jango? Conseguiu formar o melhor ministério da História da nossa república. Lembrando apenas alguns nomes – Gabriel Passos, Otávio Mangabeira, Franco Montoro, Santhiago Dantas, Vasco Leitão da Cunha, Abelardo Jurema, Evandro Lins e Silva e vai por aí. Jango sabia das suas limitações como administrador e resolveu se cercar de gente boa. No Vasco é diferente. A incompetência reinante teme a competência. Pode ser engolido por ela.É aquela velha história do avaliador de currículos numa empresa. Quando ele encontra um melhor do que o dele, joga no lixo. Medo de perder o cargo. Para eles, vaidade e incompetência são duas “virtudes” que devem caminhar juntas. Pensando em dias melhores, para vocês todos um fortíssimo
SARAVASCO! “
A mídia subestimou a revolta da torcida do Vasco. Sinceramente, achei mais um ato de revolta pacífica do que de agressão, aquela invasão de torcedores. Eles pagam ingresso, compram camisas, ficam roucos de tanto gritar e sofrem. O sentimento não pode parar. Mas o sofrimento não pode continuar. Coincidência ou não, depois daquela invasão, o time ganhou mais raça. Mais vontade. Embora continue um time limitado. Pior, não temos elenco. Não temos peças de uso e muito menos de reposição. Uma coisa é conseqüência da outra. Voltando à invasão, não vi nenhum jogador reclamar de ameaça, como aconteceu daquela vez em que o ex-promissor Morais se cagou de medo. Pelo contrário. Ouvi jogadores dizendo que os torcedores estavam no seu direito de protestar. Embora sempre venha aquele velho clichê, de que ali é local de trabalho. Só que o torcedor entendeu que o trabalho estava muito devagar. Não tinha DNA de Vasco. A invasão teve até o seu momento pastelão. Depois de tudo serenado, o nosso ínclito presidente atravessou o campo, de camisa vermelha e calça preta. Coisa que vascaíno nunca usa. A primeira preocupação de quem ama o Vasco é evitar a combinação daquelas duas cores. O episódio me fez lembrar aquela historinha do barco pirata atacado por outra embarcação. Um marinheiro chegou, ofegante, para dar a notícia ao pirata chefe. Este partiu para o convés e gritou --- “Tragam minha camisa vermelha.” Sem entender o porque do pedido levaram a camisa vermelha que o chefe vestiu rapidamente. Ele e seus comandados trocaram tiros com o barco adversário que foi posto à pique. Depois da vitória um dos marinheiros lhe perguntou:”Chefe, por que o senhor vestiu a camisa vermelha?” O comandante pirata explicou: “É que se eu fosse ferido em combate vocês não veriam o sangue. E não perderiam a disposição.” Dias depois outro marinheiro vem dar a péssima notícia ao chefe = “Agora estamos cercados por dez barcos inimigos, fortemente armados.?” O comandante berrou: “Tragam a minha calça marrom!” ---Bem, no caso do nosso ínclito presidente a calça era preta, Mas o preto também disfarça tão bem quanto o marrom.E para que essa coluna não vire assunto mal cheiroso, vamos em frente. Depois do acontecido, tivemos aquela “virada” contra o Internacional. Mais na base da alma, da raça, da vontade. Seguiu-se um empate com o Botafogo, com o time mostrando espírito de luta. Mas ainda tivemos lambanças incríveis. Esse Elder Granja, por exemplo, ainda me mata do coração. No jogo com o Inter ainda contamos com a ajudazinha do juiz no pênalti a nosso favor. O que não chega a ser demérito algum. Há quanto tempo um árbitro não errava a favor do Vasco? Só erravam contra. Parece que já tinham até perdido o respeito ao nosso clube. Continuamos la embaixo, na tabela. Ainda brigando contra a zona de rebaixamento. E quem diria: Ernani, o indigitado Ernani, começou a virada contra o Inter, naquele lance do pênalti e marcou um golaço contra o Botafogo. Assim, o Vasco, que já teve grandes times de futebol, virou uma caixa de surpresas. De repente, até o Ernani dá uma de Pelé. O nosso time precisa melhorar e muito. E ainda que melhore muito não vai apagar os erros da nossa diretoria. Meus companheiros colunistas apontam esses erros em suas colunas. A do Dr. João Ferreira, por exemplo, é um espelho do que vem acontecendo. João Ferreira é um dos nomes mais importantes do Vasco, Na área jurídica, por exemplo, ninguém melhor do que ele. E a gente fica perturbado sem saber porque homens como João Ferreira não são sequer cogitados para tirar o Vasco do buraco em que o meteram. São pessoas competentes, sérias, honestas, trabalhadoras, com grande amor ao Vasco e imensos serviços prestados ao clube. Vocês se lembram do presidente Jango? Conseguiu formar o melhor ministério da História da nossa república. Lembrando apenas alguns nomes – Gabriel Passos, Otávio Mangabeira, Franco Montoro, Santhiago Dantas, Vasco Leitão da Cunha, Abelardo Jurema, Evandro Lins e Silva e vai por aí. Jango sabia das suas limitações como administrador e resolveu se cercar de gente boa. No Vasco é diferente. A incompetência reinante teme a competência. Pode ser engolido por ela.É aquela velha história do avaliador de currículos numa empresa. Quando ele encontra um melhor do que o dele, joga no lixo. Medo de perder o cargo. Para eles, vaidade e incompetência são duas “virtudes” que devem caminhar juntas. Pensando em dias melhores, para vocês todos um fortíssimo
SARAVASCO! “
domingo, 23 de maio de 2010
REAPRENDENDO A TORCER – AGORA É DE TRÁS PRA FRENTE...
Minha língua está queimando. Sempre detestei três tipos; aquele que me chama de “mestreeeee!!!!, o super manjado “deixa comigo!” e o chato do enrolado. Quando um cara bate no meu ombro e abre o vozeirão para me chamar de “mestreee” eu sei que vai pedir alguma coisa. O “deixa comigo” é o tipo do cara que não resolve nada. Fica sempre no “deixa comigo.” E o enrolado é aquele que para te contar alguma coisa nunca chega aos finalmente. Enrola, dá voltas, enche o saco. Aí eu peço – “Começa tudo de novo, mas começa pelo fim.” Eu sempre agi assim. Talvez, pela minha formação de jornalista me acostumei ao “lead”. Nada de enrolação. Sempre procuro começar pelos finalmente.Pela manchete. Agora estou me lembrando que só não agia assim no futebol. Sempre torci pelo Vasco da frente pra trás, de cima pra baixo. Nunca me preocupei em saber quem estava nas últimas posições. A não ser, quando se tratava do Flamengo. Aliás, esta semana mesmo me perguntaram se eu torceria pela seleção brasileira. Eu respondi que só torço pela nossa seleção se ela jogar contra o Flamengo. Torço, sempre torci, e sempre torcerei pelo Vasco. Sou Vasco aqui e em toda a parte. Não tenho time em São Paulo, em Minas, ou outro lugar qualquer. Às vezes abro uma exceção como aconteceu recentemente com la “U” do Chile. Mas, eu que não gosto de enrolar, acho que estou enrolando. Estava falando que sempre torci pelo Vasco da frente pra trás. Sem, enrolação. Porque o meu Vasco não era enrolado. Entrava em campo para ganhar. Para disputar títulos. Minha preocupação era com os que estavam na frente. Na frente, mas em geral, atrás do Vasco. Eis que, de repente, do nada, me flagrei torcendo de trás pra frente. Jamais pensei que isso pudesse um dia acontecer comigo. Mas está acontecendo. Chegamos, apenas, à terceira rodada do brasileiro e eu estou torcendo contra os que estão atrás. Para beneficiar o nosso Vasco, que também está atrás. Quem diria, meu Deus! Mas, já estou me preocupando com aquele G quatro do rebaixamento. Não vejo time para conseguir coisa melhor. Três jogos sem vitória. Duas derrotas. Antigamente (quando eu torcida da frente pra trás) qualquer jogo com o Avaí ou outro congênere, na casa deles, ou em qualquer lugar da galáxia, eram favas contadas. Vitória nossa. Geralmente, por goleada. Agora, a gente já entra em campo pensando na derrota. Quatro volantes, quatro zagueiros, dois atacantes, sendo que um com vocação também para zagueiro. Mesmo assim, com esse ferrolho todo la atrás, a gente leva gols conseqüentes de falhas desse mesmo ferrolho. E. lá na frente, ninguém acerta o gol. O nosso ínclito Presidente contratou um técnico. Agora tem que contratar, também , um time. Perdemos de dois. Dois a zero. Três jogos sem fazer gol. Defesa sempre falhando, mesmo reforçada. Em três jogos levamos quatro gols e não fizemos nenhum. VERGONHA, INCOMPETÊNCIA TOTAL O redil de feras virou lamaçal de minhocas. Sem time, sem direção, sem comando, a história do Vasco vai sem maculada a cada jogo, a cada rodada. E eu, depois de velho, sou obrigado a aprender a torcer de trás pra frente. Pagando pela minha língua. Maldita a hora em que eu disse uma vez – queria ser torcedor do Arapiraca, um dia só, para ver como eles vivem. Já estou vivendo o pesadelo com o qual eu brincava. Pesadelo que dura há muito tempo. Mais uma vez, somos o pior do Rio. Mais uma vez, estamos la embaixo na tabela.Vice lanternas.Sem perspectiva de melhorar. E as hienas continuam com aquele largo sorriso no rosto. SARAVASCO!
Minha língua está queimando. Sempre detestei três tipos; aquele que me chama de “mestreeeee!!!!, o super manjado “deixa comigo!” e o chato do enrolado. Quando um cara bate no meu ombro e abre o vozeirão para me chamar de “mestreee” eu sei que vai pedir alguma coisa. O “deixa comigo” é o tipo do cara que não resolve nada. Fica sempre no “deixa comigo.” E o enrolado é aquele que para te contar alguma coisa nunca chega aos finalmente. Enrola, dá voltas, enche o saco. Aí eu peço – “Começa tudo de novo, mas começa pelo fim.” Eu sempre agi assim. Talvez, pela minha formação de jornalista me acostumei ao “lead”. Nada de enrolação. Sempre procuro começar pelos finalmente.Pela manchete. Agora estou me lembrando que só não agia assim no futebol. Sempre torci pelo Vasco da frente pra trás, de cima pra baixo. Nunca me preocupei em saber quem estava nas últimas posições. A não ser, quando se tratava do Flamengo. Aliás, esta semana mesmo me perguntaram se eu torceria pela seleção brasileira. Eu respondi que só torço pela nossa seleção se ela jogar contra o Flamengo. Torço, sempre torci, e sempre torcerei pelo Vasco. Sou Vasco aqui e em toda a parte. Não tenho time em São Paulo, em Minas, ou outro lugar qualquer. Às vezes abro uma exceção como aconteceu recentemente com la “U” do Chile. Mas, eu que não gosto de enrolar, acho que estou enrolando. Estava falando que sempre torci pelo Vasco da frente pra trás. Sem, enrolação. Porque o meu Vasco não era enrolado. Entrava em campo para ganhar. Para disputar títulos. Minha preocupação era com os que estavam na frente. Na frente, mas em geral, atrás do Vasco. Eis que, de repente, do nada, me flagrei torcendo de trás pra frente. Jamais pensei que isso pudesse um dia acontecer comigo. Mas está acontecendo. Chegamos, apenas, à terceira rodada do brasileiro e eu estou torcendo contra os que estão atrás. Para beneficiar o nosso Vasco, que também está atrás. Quem diria, meu Deus! Mas, já estou me preocupando com aquele G quatro do rebaixamento. Não vejo time para conseguir coisa melhor. Três jogos sem vitória. Duas derrotas. Antigamente (quando eu torcida da frente pra trás) qualquer jogo com o Avaí ou outro congênere, na casa deles, ou em qualquer lugar da galáxia, eram favas contadas. Vitória nossa. Geralmente, por goleada. Agora, a gente já entra em campo pensando na derrota. Quatro volantes, quatro zagueiros, dois atacantes, sendo que um com vocação também para zagueiro. Mesmo assim, com esse ferrolho todo la atrás, a gente leva gols conseqüentes de falhas desse mesmo ferrolho. E. lá na frente, ninguém acerta o gol. O nosso ínclito Presidente contratou um técnico. Agora tem que contratar, também , um time. Perdemos de dois. Dois a zero. Três jogos sem fazer gol. Defesa sempre falhando, mesmo reforçada. Em três jogos levamos quatro gols e não fizemos nenhum. VERGONHA, INCOMPETÊNCIA TOTAL O redil de feras virou lamaçal de minhocas. Sem time, sem direção, sem comando, a história do Vasco vai sem maculada a cada jogo, a cada rodada. E eu, depois de velho, sou obrigado a aprender a torcer de trás pra frente. Pagando pela minha língua. Maldita a hora em que eu disse uma vez – queria ser torcedor do Arapiraca, um dia só, para ver como eles vivem. Já estou vivendo o pesadelo com o qual eu brincava. Pesadelo que dura há muito tempo. Mais uma vez, somos o pior do Rio. Mais uma vez, estamos la embaixo na tabela.Vice lanternas.Sem perspectiva de melhorar. E as hienas continuam com aquele largo sorriso no rosto. SARAVASCO!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O TIME CONTINUA PIOR DO QUE EU PENSAVA, MAS AINDA HÁ PESSOAS QUE PODEM ME FAZER PENSAR EM DIAS MELHORES.
Ela era linda, muito bem feita de corpo, gostosa mesmo. O coroa que andava com ela não tinha mais bola. Pior, que o médico proibiu o Viagra. Além de outras doenças era hipertenso. Foi então procurar um Pai de santo. Novo, forte, falso Pai de Santo e malandro. O velho contou seu drama. O malandrão disse que resolveria o problema. Tinha um abano mágico. Enquanto eles estivessem transando ele abanaria os dois, e o velho não ia falhar. Combinado, o coroa levou o cara pra casa dele. A mulher se despiu. O falso Pai de Santo ficou doidão.A jovem era maravilhosa. O velho se deitou por cima dela e gritou: ”começa a abanar.” O MALANDRO abanava. Mas nada. O penis do velho não subia. Não ficava duro.. Depois de muito tempo ele ia desistindo. Mas, o velhaco do falso Pai de Santo quis aproveitar a oportunidade. Disse pro velho: “Começa a abanar o senhor, que eu vou lhe mostrar como funciona. O velho concordou. O malandro foi pra cima da mulher. O velho abanando os dois.O velhaco levou a mulher ao orgasmo. Ele também gozou. Então saiu da cama e disse pro velho: “Ta vendo como funciona?”O velho, pau da vida respondeu: “A culpa é sua. Você é que não sabe abanar.".....Essa. desculpem, longa história, me faz lembrar o jogo de São Januario. Há muito tempo não via a bola ser tão maltratada. Palmeiras e Vasco não tinham tesão nem sabiam abanar. Pior que eles nos deram todas as chances do mundo. Só que, simplesmente, não temos time. Não temos talentos. Não temos jogadores de categoria. Tudo se limitou aos desarmes do zagueiro Dé, que (por incrível que pareça) foi, para mim, o melhor jogador(?) em campo. Foi um festival de passes, errados, caneladas e até uma bola que um jogador nosso tentou chutar para o gol e mandou para a lateral. A torcida vaiou. Estava certa. Na Tribuna nosso presidente tinha aquele sorriso permanente no rosto. Ria., não sei de que. Que nem o que a gente chama, na comunicação, de bandido da luz verde. Basta ver uma câmera de televisão apontada na sua direção, o riso aparece. Às vezes, até amarelo, mas aparece. E assim continuamos nos arrastando outra vez. Sem vitórias, sem jogar bem (muito longe disso, por sinal) sem craques, sem perspectivas para o futuro. Zé Roberto vai resolver? Onde e quando foi que ele já resolveu alguma coisa? Onde e quando foi que ele deixou de procurar a noite? E o Cesinha? Será pelo menos parecido com o Mauro Galvão? E assim segue o Vasco sem time, sem comando, sem dinheiro do patrocinador. A situação é justamente aquela que o Rodolfo descreve, com tanta nitidez, em sua coluna nesse site. Ele diz verdades incontestáveis.Para mim, o fim de semana só não foi perdido porque participei de uma reunião com o pessoal da Cruzada, na Casa Vila da Feira. Lá, ninguém me perguntou se sou Eurico ou Roberto. Ótimo. Porque quando perguntam e a gente responde que é Vasco eles retrucam: “Vasco nós todos somos.” Mentira. Quem é Eurico ou Roberto, Calçada ou Ciro Aranha, Agathyrno ou Alá Batista não é Vasco; Quem coloca pessoas acima do clube não torce de fato pelo clube. Se me perguntarem quais foram os melhores presidentes da história do Vasco eu respondo – Ciro e Calçada. Se me perguntarem qual foi o melhor comandante do nosso futebol respondo, sem titubear, Eurico Miranda. Mas nenhum deles se sobrepõe ao Vasco. Mesmo porque, como posso ser Eurico ou Roberto pelo que eles fizeram ou fazem (ou não fizeram ou não fazem) no comando supremo do clube? Voltando à reunião de sábado, encontrei na Cruzada um movimento de fato voltado para o Vasco. Para a redenção do Vasco. Conheci muita gente que me emocionou confessando que minha atuação no rádio e na televisão influenciou em sua vascainice. Mas não foi por isso que gostei da reunião. Gostei porque vi gente de todas as idades, em sua maioria jovens, realmente preocupados com o futuro do Vasco. Gente que apresenta dados, projetos, auxílio, tudo voluntàriamente. Sem pensar em cargos ou remuneração. Esse é o caminho. Parodiando Jesus Cristo (me permitam) é o caminho, a verdade e a vida. Vida para o nosso clube que está sendo sufocado por pessoas descompromissadas com a sua grandeza. Pessoas que penam muito baixo; Pessoas despreparadas e que mais parecem oportunistas. Obrigado ao pessoal da Cruzada - Leo, Maurício, Jaiminho e todos os outros – e também a todos os vascaínos de verdade. Que ainda têm sentimento, mas que já estão perdendo a paciência com tantas humilhações.
Ela era linda, muito bem feita de corpo, gostosa mesmo. O coroa que andava com ela não tinha mais bola. Pior, que o médico proibiu o Viagra. Além de outras doenças era hipertenso. Foi então procurar um Pai de santo. Novo, forte, falso Pai de Santo e malandro. O velho contou seu drama. O malandrão disse que resolveria o problema. Tinha um abano mágico. Enquanto eles estivessem transando ele abanaria os dois, e o velho não ia falhar. Combinado, o coroa levou o cara pra casa dele. A mulher se despiu. O falso Pai de Santo ficou doidão.A jovem era maravilhosa. O velho se deitou por cima dela e gritou: ”começa a abanar.” O MALANDRO abanava. Mas nada. O penis do velho não subia. Não ficava duro.. Depois de muito tempo ele ia desistindo. Mas, o velhaco do falso Pai de Santo quis aproveitar a oportunidade. Disse pro velho: “Começa a abanar o senhor, que eu vou lhe mostrar como funciona. O velho concordou. O malandro foi pra cima da mulher. O velho abanando os dois.O velhaco levou a mulher ao orgasmo. Ele também gozou. Então saiu da cama e disse pro velho: “Ta vendo como funciona?”O velho, pau da vida respondeu: “A culpa é sua. Você é que não sabe abanar.".....Essa. desculpem, longa história, me faz lembrar o jogo de São Januario. Há muito tempo não via a bola ser tão maltratada. Palmeiras e Vasco não tinham tesão nem sabiam abanar. Pior que eles nos deram todas as chances do mundo. Só que, simplesmente, não temos time. Não temos talentos. Não temos jogadores de categoria. Tudo se limitou aos desarmes do zagueiro Dé, que (por incrível que pareça) foi, para mim, o melhor jogador(?) em campo. Foi um festival de passes, errados, caneladas e até uma bola que um jogador nosso tentou chutar para o gol e mandou para a lateral. A torcida vaiou. Estava certa. Na Tribuna nosso presidente tinha aquele sorriso permanente no rosto. Ria., não sei de que. Que nem o que a gente chama, na comunicação, de bandido da luz verde. Basta ver uma câmera de televisão apontada na sua direção, o riso aparece. Às vezes, até amarelo, mas aparece. E assim continuamos nos arrastando outra vez. Sem vitórias, sem jogar bem (muito longe disso, por sinal) sem craques, sem perspectivas para o futuro. Zé Roberto vai resolver? Onde e quando foi que ele já resolveu alguma coisa? Onde e quando foi que ele deixou de procurar a noite? E o Cesinha? Será pelo menos parecido com o Mauro Galvão? E assim segue o Vasco sem time, sem comando, sem dinheiro do patrocinador. A situação é justamente aquela que o Rodolfo descreve, com tanta nitidez, em sua coluna nesse site. Ele diz verdades incontestáveis.Para mim, o fim de semana só não foi perdido porque participei de uma reunião com o pessoal da Cruzada, na Casa Vila da Feira. Lá, ninguém me perguntou se sou Eurico ou Roberto. Ótimo. Porque quando perguntam e a gente responde que é Vasco eles retrucam: “Vasco nós todos somos.” Mentira. Quem é Eurico ou Roberto, Calçada ou Ciro Aranha, Agathyrno ou Alá Batista não é Vasco; Quem coloca pessoas acima do clube não torce de fato pelo clube. Se me perguntarem quais foram os melhores presidentes da história do Vasco eu respondo – Ciro e Calçada. Se me perguntarem qual foi o melhor comandante do nosso futebol respondo, sem titubear, Eurico Miranda. Mas nenhum deles se sobrepõe ao Vasco. Mesmo porque, como posso ser Eurico ou Roberto pelo que eles fizeram ou fazem (ou não fizeram ou não fazem) no comando supremo do clube? Voltando à reunião de sábado, encontrei na Cruzada um movimento de fato voltado para o Vasco. Para a redenção do Vasco. Conheci muita gente que me emocionou confessando que minha atuação no rádio e na televisão influenciou em sua vascainice. Mas não foi por isso que gostei da reunião. Gostei porque vi gente de todas as idades, em sua maioria jovens, realmente preocupados com o futuro do Vasco. Gente que apresenta dados, projetos, auxílio, tudo voluntàriamente. Sem pensar em cargos ou remuneração. Esse é o caminho. Parodiando Jesus Cristo (me permitam) é o caminho, a verdade e a vida. Vida para o nosso clube que está sendo sufocado por pessoas descompromissadas com a sua grandeza. Pessoas que penam muito baixo; Pessoas despreparadas e que mais parecem oportunistas. Obrigado ao pessoal da Cruzada - Leo, Maurício, Jaiminho e todos os outros – e também a todos os vascaínos de verdade. Que ainda têm sentimento, mas que já estão perdendo a paciência com tantas humilhações.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
DINAMITE ESTÁ SE TRANSFORMANDO EM UNANIMIDADE?
O chefe da família estava na UTI de um hospital, em estado terminal. Os médicos já tinham avisado aos parentes que nada mais poderia ser feito. Era só esperar o desenlace. Aí, chegou o aniversário do enfermo. Os filhos e a mulher pediram aos médicos para fazer uma comemoração la mesmo, na UTI. Ele sempre gostou de comemorar seus aniversários. Talvez fosse esse o seu último desejo. Como o homem já estava mesmo “pedido”, os médicos concordaram. Levaram um bolo pra UTI e se reuniram em torno do doente, mantido com vida graças aos aparelhos. Sopraram as velinhas e começaram a cantar – “Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, laralá, laralá...”
Espero que o Vasco, que começou o brasileirão numa enfermaria, não seja transferido para a UTI novamente e a gente tenha que cantar larala-laralá pra ele. Vou me ater aos dois últimos jogos. Contra o Vitória, em São Januário, só não nos classificamos graças a outro erro grosseiro da arbitragem Que não respeitam mais o Vasco.. Se o goleiro tivesse sido expulso no lance do pênalti (como aconteceu com o Nilton) outro jogador de linha não ia resistir ao bombardeio do nosso time. Que jogou com vontade, como reconheceu o nosso presidente. Acho que foi a primeira verdade que ele falou desde que assumiu o Vasco. Reconheceu, tardiamente, que o time não vinha jogando com vontade. Contra o Atlético Mineiro, achei um resultado normal. O time deles é bom, jogou em casa. Mas, no primeiro tempo faltou a vontade novamente. Que só voltou no segundo tempo. No primeiro, nossa defesa falhou mais uma vez. Deu mole outra vez. No segundo, a marcação melhorou, os espaços diminuíram para eles e poderíamos, tranquilamente, ter chegado ao empate. Portanto, ainda não é UTI. Parece que estão chegando reforços. Vamos continuar dando crédito. Embora a atual administração já tenha demonstrado sua incompetência. Roberto, o artilheiro que tinha a camisa com cheiro de gol, deixou-se levar pelos elogios fáceis da imprensa e pelas promessas falsas de falsos amigos. Hoje, parece que ele está sozinho. Tiro essa conclusão aqui mesmo, nesse site. Não vejo mais ninguém defendendo o presidente. É que suas falhas são gritantes. Primárias. Leio com atenção todas as colunas. A do Renner está intocável. Assino embaixo de tudo o que ele diz. Imitando o Lula - nunca, em tempo algum, na História desse Vasco, se viu tantos erros administrativos. Ah, como a molecada ficou feliz com o surgimento da ELETROBRÁS. Molecada que é o futuro do Vasco, que não troca de time, cujo sentimento não vai parar nunca (apesar de estar cansado);Grande parte deles ainda não conseguiu gritar “é campeão” Nas ruas, pela Internet eles se mostravam entusiasmados com o novo patrocínio. Até que enfim, o Vasco ia sair do buraco. Era muito dinheiro. Dinheiro para formar um timaço de futebol. E, além da Eletrobrás, segundo o presidente e seus asseclas, havia muitas empresas boas na fila. Todos querendo patrocinar o “novo” Vasco. Nem se falava na tal herança maldita (que eles mesmos já sabiam da existência, antes de assumirem. Se foi surpresa para eles, vamos canonizar essa já beata incompetência. Ninguém assume um cargo de direção sem saber como estão aos coisas.). Voltando ao patrocínio- a Eletrobrás não paga e a fila não anda. A culpa do não pagamento não é da Eletrobrás. Ou será que nossos “ínclitos” dirigentes também não sabiam que quem deve ao Governo não pode receber do Governo? E a imensa fila de patrocinadores? O gato comeu? Com todos esses erros, Dinamite vai, ràpidamente, se transformando numa unanimidade. Todos achando que ele é muito fraco. Sem qualquer requisito para ser um dirigente. Zico é mais malandro. No bom sentido. Tem mais competência. Tanto que não quer ser nada mais no Flamengo, além de torcedor. Ele mesmo me disse, certa vez: “Seria terrível ser vaiado pela torcida que sempre me aplaudiu.” Roberto não pensou dessa maneira. Talvez ainda se deixe iludir, porque a vaia atual é muda. Mas está na boca da maioria dos vascaínos com quem mantenho contato. Inclusive nas bocas que pregavam Roberto como salvação. Se essa vaia fizesse barulho seria ensurdecedora. E, quem sabe, essa vaia muda vai dar voz e vez, novamente, ao sempre Vasco? Nem velho, nem adolescente, muito menos novo. Mas, sempre, sempre, sempre Vasco...
SARAVASCO.
O chefe da família estava na UTI de um hospital, em estado terminal. Os médicos já tinham avisado aos parentes que nada mais poderia ser feito. Era só esperar o desenlace. Aí, chegou o aniversário do enfermo. Os filhos e a mulher pediram aos médicos para fazer uma comemoração la mesmo, na UTI. Ele sempre gostou de comemorar seus aniversários. Talvez fosse esse o seu último desejo. Como o homem já estava mesmo “pedido”, os médicos concordaram. Levaram um bolo pra UTI e se reuniram em torno do doente, mantido com vida graças aos aparelhos. Sopraram as velinhas e começaram a cantar – “Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, laralá, laralá...”
Espero que o Vasco, que começou o brasileirão numa enfermaria, não seja transferido para a UTI novamente e a gente tenha que cantar larala-laralá pra ele. Vou me ater aos dois últimos jogos. Contra o Vitória, em São Januário, só não nos classificamos graças a outro erro grosseiro da arbitragem Que não respeitam mais o Vasco.. Se o goleiro tivesse sido expulso no lance do pênalti (como aconteceu com o Nilton) outro jogador de linha não ia resistir ao bombardeio do nosso time. Que jogou com vontade, como reconheceu o nosso presidente. Acho que foi a primeira verdade que ele falou desde que assumiu o Vasco. Reconheceu, tardiamente, que o time não vinha jogando com vontade. Contra o Atlético Mineiro, achei um resultado normal. O time deles é bom, jogou em casa. Mas, no primeiro tempo faltou a vontade novamente. Que só voltou no segundo tempo. No primeiro, nossa defesa falhou mais uma vez. Deu mole outra vez. No segundo, a marcação melhorou, os espaços diminuíram para eles e poderíamos, tranquilamente, ter chegado ao empate. Portanto, ainda não é UTI. Parece que estão chegando reforços. Vamos continuar dando crédito. Embora a atual administração já tenha demonstrado sua incompetência. Roberto, o artilheiro que tinha a camisa com cheiro de gol, deixou-se levar pelos elogios fáceis da imprensa e pelas promessas falsas de falsos amigos. Hoje, parece que ele está sozinho. Tiro essa conclusão aqui mesmo, nesse site. Não vejo mais ninguém defendendo o presidente. É que suas falhas são gritantes. Primárias. Leio com atenção todas as colunas. A do Renner está intocável. Assino embaixo de tudo o que ele diz. Imitando o Lula - nunca, em tempo algum, na História desse Vasco, se viu tantos erros administrativos. Ah, como a molecada ficou feliz com o surgimento da ELETROBRÁS. Molecada que é o futuro do Vasco, que não troca de time, cujo sentimento não vai parar nunca (apesar de estar cansado);Grande parte deles ainda não conseguiu gritar “é campeão” Nas ruas, pela Internet eles se mostravam entusiasmados com o novo patrocínio. Até que enfim, o Vasco ia sair do buraco. Era muito dinheiro. Dinheiro para formar um timaço de futebol. E, além da Eletrobrás, segundo o presidente e seus asseclas, havia muitas empresas boas na fila. Todos querendo patrocinar o “novo” Vasco. Nem se falava na tal herança maldita (que eles mesmos já sabiam da existência, antes de assumirem. Se foi surpresa para eles, vamos canonizar essa já beata incompetência. Ninguém assume um cargo de direção sem saber como estão aos coisas.). Voltando ao patrocínio- a Eletrobrás não paga e a fila não anda. A culpa do não pagamento não é da Eletrobrás. Ou será que nossos “ínclitos” dirigentes também não sabiam que quem deve ao Governo não pode receber do Governo? E a imensa fila de patrocinadores? O gato comeu? Com todos esses erros, Dinamite vai, ràpidamente, se transformando numa unanimidade. Todos achando que ele é muito fraco. Sem qualquer requisito para ser um dirigente. Zico é mais malandro. No bom sentido. Tem mais competência. Tanto que não quer ser nada mais no Flamengo, além de torcedor. Ele mesmo me disse, certa vez: “Seria terrível ser vaiado pela torcida que sempre me aplaudiu.” Roberto não pensou dessa maneira. Talvez ainda se deixe iludir, porque a vaia atual é muda. Mas está na boca da maioria dos vascaínos com quem mantenho contato. Inclusive nas bocas que pregavam Roberto como salvação. Se essa vaia fizesse barulho seria ensurdecedora. E, quem sabe, essa vaia muda vai dar voz e vez, novamente, ao sempre Vasco? Nem velho, nem adolescente, muito menos novo. Mas, sempre, sempre, sempre Vasco...
SARAVASCO.
domingo, 2 de maio de 2010
“TORTURA, NUNCA MAIS!” SERÁ?
O Estadual foi para o espaço. A Copa do Brasil está indo também. Resta o Campeonato Brasileiro. Mas com esse time? Na base do sai Dodô entra Pimpão? Sai Coutinho entra Robinho? Os vascaínos, MAIS OTIMISTAS, que encontro, na rua, temem que a tortura dos últimos anos continui.. Que o pesadelo que nos levou à segundona vai voltar. Que vamos, outra vez, brigar para não descer. Deixem, então, que eu fique com meu saudosismo. Pelo menos eu vi. Vou falar sòmente da minha primeira década de vascaíno. O início do Expresso. Fomos campões invictos em 19645, 1947 e 1949/ Primeiros campeões no estádio do Maracanã, em 1950. E poderia ter sido melhor ainda. Em 1944, quando despertei para o Vasco (que já estava dormindo no meu peito desde que nasci), perdemos para eles num jogo roubado. Um gol escandaloso. O atacante deles, um tal de Valido, subiu nas costas do nosso Argemiro para cabecear pro fundo da rede. Todo mundo viu. Só o juiz que não. Em 1946,, o time viveu a síndrome da perda do Ademir. Gentil Cardoso, treinador do Fluminense, disse aos dirigentes dele :”Me dêem o Ademir que eu dou o campeonato ao Fluminense.” Dito e feito. Em 1948, novo escândalo, até hoje não apurado. Aliás, tudo que acontece prejudicando o Vasco não é apurado. Ou é mal apurado. Fomos para a final com o Botafogo. O nosso time dormiu em campo. Perdemos por três a um, com eles atropelando. Aí surgiu a denúncia: o cozinheiro que preparou a comida para os nossos jogadores era botafoguense e teria colocado um sonífero na comida. A denúncia foi séria. Só que ninguém apurou. Resumo da ópera: se essas coisas não tivessem acontecido teriamos sido campeões de 1944 a 1950, Sete campeonatos seguidos. E nessa década ainda ganhamos o primeiro título internacional do futebol brasileiro…A gente formava seleções poderosíssimas e só dava Argentina. Eventualmente, Uruguai. O Brasil não ganhava nenhum campeonato sul-americano. Quis a História (que sempre faz justiça aos grandes) que o time do Vasco fosse a Santiago e de la trouxesse o título de campeão sul americano.E invicto. Enfrentando Penarol, River Plate, Colo-Colo e outros campeões sul-americanos. Foi em 1948. Outro fato importantíssimo: Dois meses, mais ou menos, não me lembro bem, depois de perdermos a Copa do Mundo no Maracanã, o time do Vasco venceu o Penarol (que tinha dez jogadores da seleção campeã do mundo) por três a zero. E lá dentro, em Montevidéu. Depois assisti outros campeonatos memoráveis, conquistas internacionais maravilhosas (Ramon de Carranza, Teresa Herrera) isso várias e várias vezes. É por isso que não me conformo com essa situação atual. Antigamente nossos times tinham só estrelas. O atual é escuro, “desestrelado”. No máximo com piscas-piscas aqui e ali. Carlos Alberto, Coutinho e Fernando Prass são vaga-lumes perdidos na escuridão. Nunca, na história do Vasco, vi tanta incompetência administrativa como nos últimos anos. Parece até um complô para acabar com o nosso clube. Engraçado é que dão o estádio de São Januário como garantia de dívidas impagáveis, à torto e à direito. Eles, naturalmente, não sabem como foi construído nosso estádio. Eles não fizeram parte daquela plêiade de vascaínos verdadeiros que deram seu dinheiro, suor e sangue para construir o único estádio de clube, decente, de nossa cidade. História para eles, é papel velho que serve para limpar a bunda na falta do papel higiênico (que deve estar até faltando por lá. É tanta cagada...).Até o Gaucho, que eu vi com tanta simpatia quando foi confirmado no cargo, está entrando no jogo deles. Em vez de abrir o bico e pedir jogadores, vai colocando cabeças de bagre, na frente de outros cabeças de bagre da zaga, para impedir os gols que, apesar disso, continuamos sofrendo. Está tudo errado. Sinto vontade de parar. De não lutar mais. De continuar vivendo do passado. Curtindo meus heróis de ontem, hoje deliciosos fantasmas que ainda povoam minha mente cruzmaltina. Eles estão querendo tornar cada vez mais difícil o doce desígnio de ser Vasco. Isso é o que eles querem. Seu desejo é imperar soberanamente em meio às ruínas. Como vermes famintos no meio de um cemitério.Ditadores do nada e de ninguém. Eu confesso - não posso fazer mais nada a não ser protestar, chiar, berrar, gritar e até dar minha vida. Eu a dou pelo Vasco. Mas de vocês, mais novos, mais fortes depende o nosso destino. Ou vocês querem um Vasco que volte a enfrentar de igual para igual os grandes times nacionais e internacionais ou o ajudam escorregar ladeira abaixo em meio aos Vitórias, Atléticos goianienses, Ipatingas, Cearás e assim mesmo, torcendo pra não chegar em último.
SARAVASCO. Email ameno@globo.com
O Estadual foi para o espaço. A Copa do Brasil está indo também. Resta o Campeonato Brasileiro. Mas com esse time? Na base do sai Dodô entra Pimpão? Sai Coutinho entra Robinho? Os vascaínos, MAIS OTIMISTAS, que encontro, na rua, temem que a tortura dos últimos anos continui.. Que o pesadelo que nos levou à segundona vai voltar. Que vamos, outra vez, brigar para não descer. Deixem, então, que eu fique com meu saudosismo. Pelo menos eu vi. Vou falar sòmente da minha primeira década de vascaíno. O início do Expresso. Fomos campões invictos em 19645, 1947 e 1949/ Primeiros campeões no estádio do Maracanã, em 1950. E poderia ter sido melhor ainda. Em 1944, quando despertei para o Vasco (que já estava dormindo no meu peito desde que nasci), perdemos para eles num jogo roubado. Um gol escandaloso. O atacante deles, um tal de Valido, subiu nas costas do nosso Argemiro para cabecear pro fundo da rede. Todo mundo viu. Só o juiz que não. Em 1946,, o time viveu a síndrome da perda do Ademir. Gentil Cardoso, treinador do Fluminense, disse aos dirigentes dele :”Me dêem o Ademir que eu dou o campeonato ao Fluminense.” Dito e feito. Em 1948, novo escândalo, até hoje não apurado. Aliás, tudo que acontece prejudicando o Vasco não é apurado. Ou é mal apurado. Fomos para a final com o Botafogo. O nosso time dormiu em campo. Perdemos por três a um, com eles atropelando. Aí surgiu a denúncia: o cozinheiro que preparou a comida para os nossos jogadores era botafoguense e teria colocado um sonífero na comida. A denúncia foi séria. Só que ninguém apurou. Resumo da ópera: se essas coisas não tivessem acontecido teriamos sido campeões de 1944 a 1950, Sete campeonatos seguidos. E nessa década ainda ganhamos o primeiro título internacional do futebol brasileiro…A gente formava seleções poderosíssimas e só dava Argentina. Eventualmente, Uruguai. O Brasil não ganhava nenhum campeonato sul-americano. Quis a História (que sempre faz justiça aos grandes) que o time do Vasco fosse a Santiago e de la trouxesse o título de campeão sul americano.E invicto. Enfrentando Penarol, River Plate, Colo-Colo e outros campeões sul-americanos. Foi em 1948. Outro fato importantíssimo: Dois meses, mais ou menos, não me lembro bem, depois de perdermos a Copa do Mundo no Maracanã, o time do Vasco venceu o Penarol (que tinha dez jogadores da seleção campeã do mundo) por três a zero. E lá dentro, em Montevidéu. Depois assisti outros campeonatos memoráveis, conquistas internacionais maravilhosas (Ramon de Carranza, Teresa Herrera) isso várias e várias vezes. É por isso que não me conformo com essa situação atual. Antigamente nossos times tinham só estrelas. O atual é escuro, “desestrelado”. No máximo com piscas-piscas aqui e ali. Carlos Alberto, Coutinho e Fernando Prass são vaga-lumes perdidos na escuridão. Nunca, na história do Vasco, vi tanta incompetência administrativa como nos últimos anos. Parece até um complô para acabar com o nosso clube. Engraçado é que dão o estádio de São Januário como garantia de dívidas impagáveis, à torto e à direito. Eles, naturalmente, não sabem como foi construído nosso estádio. Eles não fizeram parte daquela plêiade de vascaínos verdadeiros que deram seu dinheiro, suor e sangue para construir o único estádio de clube, decente, de nossa cidade. História para eles, é papel velho que serve para limpar a bunda na falta do papel higiênico (que deve estar até faltando por lá. É tanta cagada...).Até o Gaucho, que eu vi com tanta simpatia quando foi confirmado no cargo, está entrando no jogo deles. Em vez de abrir o bico e pedir jogadores, vai colocando cabeças de bagre, na frente de outros cabeças de bagre da zaga, para impedir os gols que, apesar disso, continuamos sofrendo. Está tudo errado. Sinto vontade de parar. De não lutar mais. De continuar vivendo do passado. Curtindo meus heróis de ontem, hoje deliciosos fantasmas que ainda povoam minha mente cruzmaltina. Eles estão querendo tornar cada vez mais difícil o doce desígnio de ser Vasco. Isso é o que eles querem. Seu desejo é imperar soberanamente em meio às ruínas. Como vermes famintos no meio de um cemitério.Ditadores do nada e de ninguém. Eu confesso - não posso fazer mais nada a não ser protestar, chiar, berrar, gritar e até dar minha vida. Eu a dou pelo Vasco. Mas de vocês, mais novos, mais fortes depende o nosso destino. Ou vocês querem um Vasco que volte a enfrentar de igual para igual os grandes times nacionais e internacionais ou o ajudam escorregar ladeira abaixo em meio aos Vitórias, Atléticos goianienses, Ipatingas, Cearás e assim mesmo, torcendo pra não chegar em último.
SARAVASCO. Email ameno@globo.com
domingo, 25 de abril de 2010
NILTON, RAFAEL CARIOCA E LEO GAGO- Quem é que vai sair jogando?
Li com atenção as últimas colunas de nossos companheiros. Todas elas equilibradas, algumas defendendo as mesmas idéias que eu sempre defendi.
Não adianta a gente ficar no meio do fogo cruzado entre as duas principais correntes que agora predominam no clube. Quem ama realmente o Vasco tem que pensar num novo nome. Uma nova liderança. Alguém que ame e, sobretudo, respeite o Vasco. Nunca deixei que alguém o desrespeitasse. Estou me lembrando quando um famoso jogador reuniu a imprensa numa belíssima cobertura da zona sul da cidade para anunciar, oficialmente, que estava abandonando o futebol. O Vasco foi seu ultimo clube. Não preciso dizer que a cobertura estava repleta de profissionais da imprensa. Eu estava lá, pela Rádio Globo. Antes do craque anunciar sua retirada, uma senhora comentou em voz alta, para que todos pudessem ouvir. “Ainda bem que ele vai abandonar o futebol. Nunca deveria ter se metido nisso.” Não resisti a tamanha ingratidão e falei pra ela:”Bem, minha senhora. Se ele não jogasse futebol ainda estaria morando com a família naquele apartamento “quarto, sala, suicídio” (aquele em que se você entrar correndo sai pela janela). De fato, ele morava num conjuntão tipo Amarelinho da Avenida Brasil. Sem elevador. Sem qualquer estrutura. Nada contra os conjuntões. Nada contra o Amarelinho. Tenho até muitos amigos lá.Mas tudo contra a ingratidão. A bola não merece isso. Ela que sempre foi bem tratada por esse craque dentro de campo. O clube, com o qual ele tem conrtato, também não merece. A mulher me olhou com ar de desagrado. Eu emendei – “Garanto que se ele não tivesse escolhido o futebol não estaria dando essa coletiva aqui nessa luxuosa cobertura; em plena zona sul do Rio de Janeiro.” Até hoje não fiquei sabendo quem era aquela mulher. Mas, agradecendo a Deus porque aquele jogador deixou o futebol ela pisou, também, no calo do Vasco, Pisem no meu calo. No do Vasco, nunca. O Vasco tem que ser respeitado. Não pode virar um pasto onde oportunistas alimentem seus interesses pessoais. Falando diretamente de futebol, o time está muito mal em campo. Três volantes que não sabem jogar. Protegem a zaga? E por que a gente leva tantos gols bobos? Por que o nosso goleiro acaba sempre sendo um dos principais jogadores em campo? Do jeito que está, não adianta conclamar a torcida para comparecer a São Januário. Nós só ganhamos do Corintianas genérico porque eles são muito ruins. A bola parece ser uma coisa estranha para eles. Atrapalham-se com ela. O nosso lateral direito, que sabe jogar, machuca mais que tarado na zona. Vive entregue ao Departamento Médico. Mais uma vez prevaleceu o talento do Carlos Alberto, que resolveu o nosso problema num lance individual. Volto a dizer: não sou contra a natação, remo, basquete, vôlei, atletismo. Mas o futebol é o nosso carro-chefe. E há muitos anos ele está mal. Entre os movimentos políticos do clube, o que me surge como uma luz no fim do túnel é a cruzada.. Gosto do modo de agir da Cruzada. Seus integrantes colocam-se, sempre, acima de nomes. Mas tendo o Vasco como paradigma. Esse movimento parece ter um ingrediente muito importante para salvar a vida do clube: a juventude O Vasco está precisando de uma transfusão de sangue novo.. Eu sempre defendi a presença de jovens na política do Vasco. Jovens comprometidos apenas com sua paixão. Certa a mensagem -, "Enquanto existir um coração infantil o Vasco será eterno." Mas, é preciso que esse coração não siga o exemplo do coração infantil católico. Depois da primeira comunhão, some da Igreja. Esse coração, que começa a bater ainda no ventre materno, tem que continuar batendo pelo resto da vida num só toque..VAS-CO...VAS-CO....VAS-CO. Um coração em forma de Cruz, seja ela de Malta, de Santo André ou Templária. Mas que não deixe suas batidas serem interrompidas pelo marca-passo da ambição, da vaidade ou da corrupção.
SARAVASCO -- Meu email ameno@globo.com
Li com atenção as últimas colunas de nossos companheiros. Todas elas equilibradas, algumas defendendo as mesmas idéias que eu sempre defendi.
Não adianta a gente ficar no meio do fogo cruzado entre as duas principais correntes que agora predominam no clube. Quem ama realmente o Vasco tem que pensar num novo nome. Uma nova liderança. Alguém que ame e, sobretudo, respeite o Vasco. Nunca deixei que alguém o desrespeitasse. Estou me lembrando quando um famoso jogador reuniu a imprensa numa belíssima cobertura da zona sul da cidade para anunciar, oficialmente, que estava abandonando o futebol. O Vasco foi seu ultimo clube. Não preciso dizer que a cobertura estava repleta de profissionais da imprensa. Eu estava lá, pela Rádio Globo. Antes do craque anunciar sua retirada, uma senhora comentou em voz alta, para que todos pudessem ouvir. “Ainda bem que ele vai abandonar o futebol. Nunca deveria ter se metido nisso.” Não resisti a tamanha ingratidão e falei pra ela:”Bem, minha senhora. Se ele não jogasse futebol ainda estaria morando com a família naquele apartamento “quarto, sala, suicídio” (aquele em que se você entrar correndo sai pela janela). De fato, ele morava num conjuntão tipo Amarelinho da Avenida Brasil. Sem elevador. Sem qualquer estrutura. Nada contra os conjuntões. Nada contra o Amarelinho. Tenho até muitos amigos lá.Mas tudo contra a ingratidão. A bola não merece isso. Ela que sempre foi bem tratada por esse craque dentro de campo. O clube, com o qual ele tem conrtato, também não merece. A mulher me olhou com ar de desagrado. Eu emendei – “Garanto que se ele não tivesse escolhido o futebol não estaria dando essa coletiva aqui nessa luxuosa cobertura; em plena zona sul do Rio de Janeiro.” Até hoje não fiquei sabendo quem era aquela mulher. Mas, agradecendo a Deus porque aquele jogador deixou o futebol ela pisou, também, no calo do Vasco, Pisem no meu calo. No do Vasco, nunca. O Vasco tem que ser respeitado. Não pode virar um pasto onde oportunistas alimentem seus interesses pessoais. Falando diretamente de futebol, o time está muito mal em campo. Três volantes que não sabem jogar. Protegem a zaga? E por que a gente leva tantos gols bobos? Por que o nosso goleiro acaba sempre sendo um dos principais jogadores em campo? Do jeito que está, não adianta conclamar a torcida para comparecer a São Januário. Nós só ganhamos do Corintianas genérico porque eles são muito ruins. A bola parece ser uma coisa estranha para eles. Atrapalham-se com ela. O nosso lateral direito, que sabe jogar, machuca mais que tarado na zona. Vive entregue ao Departamento Médico. Mais uma vez prevaleceu o talento do Carlos Alberto, que resolveu o nosso problema num lance individual. Volto a dizer: não sou contra a natação, remo, basquete, vôlei, atletismo. Mas o futebol é o nosso carro-chefe. E há muitos anos ele está mal. Entre os movimentos políticos do clube, o que me surge como uma luz no fim do túnel é a cruzada.. Gosto do modo de agir da Cruzada. Seus integrantes colocam-se, sempre, acima de nomes. Mas tendo o Vasco como paradigma. Esse movimento parece ter um ingrediente muito importante para salvar a vida do clube: a juventude O Vasco está precisando de uma transfusão de sangue novo.. Eu sempre defendi a presença de jovens na política do Vasco. Jovens comprometidos apenas com sua paixão. Certa a mensagem -, "Enquanto existir um coração infantil o Vasco será eterno." Mas, é preciso que esse coração não siga o exemplo do coração infantil católico. Depois da primeira comunhão, some da Igreja. Esse coração, que começa a bater ainda no ventre materno, tem que continuar batendo pelo resto da vida num só toque..VAS-CO...VAS-CO....VAS-CO. Um coração em forma de Cruz, seja ela de Malta, de Santo André ou Templária. Mas que não deixe suas batidas serem interrompidas pelo marca-passo da ambição, da vaidade ou da corrupção.
SARAVASCO -- Meu email ameno@globo.com
quinta-feira, 22 de abril de 2010
QUIZ DO NOSSO BLOG...
O CABAÑAS NÃO ESTÁ JOGANDO. MESMO ASSIM, VOCÊ CONTINUA SECANDO ELES?
RESPOSTAS AQUI....
RESPOSTAS AQUI....
GANHAMOS JOGANDO MAL CONTRA UM TIME HORRIVEL...
Ganhamos do Corintians genérico, sem jogar futebol. O jogo se decidiu num lance individual do Carlos Alberto. Ganhamos porque nosso adverário consegue ser muito mais, mas muito mais mesmo, fraco do que a gente. Eles se atrapalham com a bola.
Obrigado Jefferson. Obrigado Editor. Bemvindo Yuri. Concordo - será que an base não existe um jogador que acerte aquele meio campo? Ou vamos ter de enfrentar até adversários mais fracos com três volantes que não sabem dar um passe sequer? Será que na base não existe um bom lateral direito? Ou será medo de lançar a molecada...
domingo, 18 de abril de 2010
CADA PALMO DE SÃO JANUARIO TEM MAIS HISTÓRIA
DO QUE QUALQUER OUTRO ESTÁDIO DO BRASIL.
E mais um vez a nação vascaína ficou feliz. Não com a vitória do nosso time. Mas com a derrota do nosso grande rival. Na verdade, rivais nós temos muitos. Dentro da nossa própria casa eles existem. E quantos! Enquanto a gente ainda comemora a vitória do Botafogo (não tem outro jeito mesmo...) outras lembranças me vêm à mente na semana em que nosso estádio festeja seu octogésimo-terceiro aniversário. Lembranças que nunca me abandonam. Eu fico pensando... quanta história em cada azulejo do NOSSO estádio Quantas paixões sentadas no cimento de suas arquibancadas, nas cadeiras de suas sociais. Quantos monstros sagrados pisaram aquele também sagrado gramado. Lembro-me de muitos deles. Inclusive do nosso presidente. Digno do nosso aplauso e recordação pelo que fez pisando aquele santo gramado. Não sei se dá para esquecer as pisadas que nos dá agora, fora de campo. Mas dentro das quatro linhas, naquele retângulo mágico e santo ele honrou a nossa camisa... Quando entro em São Januário vejo ali, dentro do campo, fantasmas maravilhosos canonizados pela paixão vascaina. Ademir Marques de Menezes. Meu ídolo maior. Que me fez chorar quando, certa vez, seu pai obrigou-o a trocar o Vasco pelo Fluminense. Mas voltou logo. E me deu muitas alegrias. Fui conhecê-lo, pessoalmente, quando nós dois trabalhávamos no rádio. Conversamos muitas vezes e confesso: não tirava os olhos dos pés daquele homem já grisalho. Pés que me deram tantas alegrias. Pés que disparavam levando a bola e só paravam quando ela estava na rede adversária. Pés que pisaram aquele santo gramada que comemora, agora, oitenta e três anos. E eu tinha a vontade de beijar aqueles pés mais que sagrados. Um fato curioso: uma vez lembrei ao Ademir que o goleiro Garcia, do Flamengo, tinha caganeira durante toda a semana de jogo com o Vasco. Medo dele. Que sempre deixava sua marca na rede deles. Garcia tinha síndrome do Vasco.Síndrome de Ademir. Não dormia durante a semana que antecedia nossos jogos, Ademir era o centro dos seus pesadelos e insônia. Da sua ida constante ao banheiro. Então, perguntei ao ídolo se ele tinha também medo de enfrentar algum time. Ele me respondeu: “Tinha sim. Tinha medo do América.” Fiquei estupefato. América? Logo o América que, embora naquela época fosse grande, não nos incomodava tanto? Ademir explicou: “Era por causa do Godofredo, lateral esquerdo deles. O cara batia da cintura pra cima e da cintura pra baixo.Se pudesse mandava até a alma da gente pro Departamento Médico. Eu era vítima dele. Na semana de jogo com América ficava preocupado em saber onde o Godofredo me atingiria.” Ademir,.. Pés sagrados que eu. enfim, beijei depois que estava morto, agradecendo a Deus por eles terem pisado o santo gramado.Como beijei no caixão os pés do Chico e do Vavá. As mãos do Barbosa. Como me lembro das velhas tardes de domingo, eu ainda menino, no interior de Minas, ouvindo a potente Rádio Nacional. Os foguetes começavam a espocar. Não era queima de fogos como hoje não. Era uma queima artesanal. Individual. Cada um soltando seus foguetes. Um barulho ensurdecedor. O velho rádio a válvulas me fazia tremer de emoção. Passado o foguetório, ouvia-se a mais bonita,a mais clássica, a inigualável execução musical oriunda de um talo de mamona. Era o então jovem Ramalho anunciando que ele estava chegando. A torcida procurando ficar o mais possível perto dele. Gramado de São Januário. Lelé, o nosso canhão. Tinha chumbo no pé direito. Chegou a mandar o goleiro Maspoli da seleção uruguaia para o hospital. É que ele se atreveu a defender uma bola chutada pelo Lelé.Foi com bola e tudo, inclusive a mão direita fraturada, pra dentro do gol. O canhão de São Januário que virou sucesso de carnaval: “Vamos lá que hoje é de graça, no boteco do José. Entra homem entra menino, entra velho entra mulher. É só dizer que é vascaíno,que é amigo do Lelé.” Santo gramado pisado por Ipojucan. Grandalhão, com ar de desajeitado, que fazia o que parecia impossível com a bola. Tècnicamente, ninguém parecido com ele. Gramado pisado pelos príncipes Danilo e Giovani, Mauro Galvão, o doutor da zaga, Bellini, Brito, Vavá e Orlando, campeões do mundo. Santo gramado pisado por Pinga, Augusto, Mazinho, Romário, Edmundo, Juninho, Felipe, Maneca e tantos outros. Gramado santo que foi palco do gol tri- lençol do Vivinho, que virou placa que depois tiraram, ninguém sabe porque. Gramado muitas vezes invadido depois das vitórias pelo Eli, Dulce Rosalinda e seus cúmplices de vascainice. Lembram-se do Sabará? Um ponta direita veloz que partia pra dentro da área fazendo o facão (como diziam os técnicos de antigamente) e que só não foi maior porque viveu na era de Garrincha e Julinho. Um dia, alguém que exercia o poder no Santos quis comprar o seu passe. Ofereceu oitocentos mil cruzeiros pelo Sabará e ainda mandavam um garoto de lambuja para São Januário. Um tal de Pelé, que ainda era promessa.Ele mesmo - Edson Arantes do Nascimento. O Vasco não quis. Mas, assim como Sabará, o maior craque do mundo de todos os tempos também vestiu a camisa do Vasco. E pisou o seu gramado. Vou ficando por aqui. Nenhum gramado, em tempo algum, em lugar nenhum, foi pisado por tantos artistas da bola como o nosso. Claro que já foi pisado também por algumas barangas. Que antigamente não se criavam. Algumas delas ainda pisam o nosso santo gramado. Num ato de sacrilégio e desrespeito. Quando o nosso time entrar, quarta-feira, para jogar com o Coríntians genérico do Paraná, estarei olhando mais uma vez para o gramado octogenário. E como sonhar não é pecado, de olhos abertos estarei sonhando com os meus deliciosos fantasmas do passado, ali dentro, pisando com amor,carinho e craqueza o santo gramado, ajudando nosso limitado time de hoje. E que se dane ou se f., se quiserem, quem me taxar de saudosista. Se não fosse o glorioso passado a mídia não estaria lembrando hoje que no dia vinte e um de abril próximo o estádio de São Januário completa 83 anos. Obrigado, meu Deus. SARAVASCO!
DO QUE QUALQUER OUTRO ESTÁDIO DO BRASIL.
E mais um vez a nação vascaína ficou feliz. Não com a vitória do nosso time. Mas com a derrota do nosso grande rival. Na verdade, rivais nós temos muitos. Dentro da nossa própria casa eles existem. E quantos! Enquanto a gente ainda comemora a vitória do Botafogo (não tem outro jeito mesmo...) outras lembranças me vêm à mente na semana em que nosso estádio festeja seu octogésimo-terceiro aniversário. Lembranças que nunca me abandonam. Eu fico pensando... quanta história em cada azulejo do NOSSO estádio Quantas paixões sentadas no cimento de suas arquibancadas, nas cadeiras de suas sociais. Quantos monstros sagrados pisaram aquele também sagrado gramado. Lembro-me de muitos deles. Inclusive do nosso presidente. Digno do nosso aplauso e recordação pelo que fez pisando aquele santo gramado. Não sei se dá para esquecer as pisadas que nos dá agora, fora de campo. Mas dentro das quatro linhas, naquele retângulo mágico e santo ele honrou a nossa camisa... Quando entro em São Januário vejo ali, dentro do campo, fantasmas maravilhosos canonizados pela paixão vascaina. Ademir Marques de Menezes. Meu ídolo maior. Que me fez chorar quando, certa vez, seu pai obrigou-o a trocar o Vasco pelo Fluminense. Mas voltou logo. E me deu muitas alegrias. Fui conhecê-lo, pessoalmente, quando nós dois trabalhávamos no rádio. Conversamos muitas vezes e confesso: não tirava os olhos dos pés daquele homem já grisalho. Pés que me deram tantas alegrias. Pés que disparavam levando a bola e só paravam quando ela estava na rede adversária. Pés que pisaram aquele santo gramada que comemora, agora, oitenta e três anos. E eu tinha a vontade de beijar aqueles pés mais que sagrados. Um fato curioso: uma vez lembrei ao Ademir que o goleiro Garcia, do Flamengo, tinha caganeira durante toda a semana de jogo com o Vasco. Medo dele. Que sempre deixava sua marca na rede deles. Garcia tinha síndrome do Vasco.Síndrome de Ademir. Não dormia durante a semana que antecedia nossos jogos, Ademir era o centro dos seus pesadelos e insônia. Da sua ida constante ao banheiro. Então, perguntei ao ídolo se ele tinha também medo de enfrentar algum time. Ele me respondeu: “Tinha sim. Tinha medo do América.” Fiquei estupefato. América? Logo o América que, embora naquela época fosse grande, não nos incomodava tanto? Ademir explicou: “Era por causa do Godofredo, lateral esquerdo deles. O cara batia da cintura pra cima e da cintura pra baixo.Se pudesse mandava até a alma da gente pro Departamento Médico. Eu era vítima dele. Na semana de jogo com América ficava preocupado em saber onde o Godofredo me atingiria.” Ademir,.. Pés sagrados que eu. enfim, beijei depois que estava morto, agradecendo a Deus por eles terem pisado o santo gramado.Como beijei no caixão os pés do Chico e do Vavá. As mãos do Barbosa. Como me lembro das velhas tardes de domingo, eu ainda menino, no interior de Minas, ouvindo a potente Rádio Nacional. Os foguetes começavam a espocar. Não era queima de fogos como hoje não. Era uma queima artesanal. Individual. Cada um soltando seus foguetes. Um barulho ensurdecedor. O velho rádio a válvulas me fazia tremer de emoção. Passado o foguetório, ouvia-se a mais bonita,a mais clássica, a inigualável execução musical oriunda de um talo de mamona. Era o então jovem Ramalho anunciando que ele estava chegando. A torcida procurando ficar o mais possível perto dele. Gramado de São Januário. Lelé, o nosso canhão. Tinha chumbo no pé direito. Chegou a mandar o goleiro Maspoli da seleção uruguaia para o hospital. É que ele se atreveu a defender uma bola chutada pelo Lelé.Foi com bola e tudo, inclusive a mão direita fraturada, pra dentro do gol. O canhão de São Januário que virou sucesso de carnaval: “Vamos lá que hoje é de graça, no boteco do José. Entra homem entra menino, entra velho entra mulher. É só dizer que é vascaíno,que é amigo do Lelé.” Santo gramado pisado por Ipojucan. Grandalhão, com ar de desajeitado, que fazia o que parecia impossível com a bola. Tècnicamente, ninguém parecido com ele. Gramado pisado pelos príncipes Danilo e Giovani, Mauro Galvão, o doutor da zaga, Bellini, Brito, Vavá e Orlando, campeões do mundo. Santo gramado pisado por Pinga, Augusto, Mazinho, Romário, Edmundo, Juninho, Felipe, Maneca e tantos outros. Gramado santo que foi palco do gol tri- lençol do Vivinho, que virou placa que depois tiraram, ninguém sabe porque. Gramado muitas vezes invadido depois das vitórias pelo Eli, Dulce Rosalinda e seus cúmplices de vascainice. Lembram-se do Sabará? Um ponta direita veloz que partia pra dentro da área fazendo o facão (como diziam os técnicos de antigamente) e que só não foi maior porque viveu na era de Garrincha e Julinho. Um dia, alguém que exercia o poder no Santos quis comprar o seu passe. Ofereceu oitocentos mil cruzeiros pelo Sabará e ainda mandavam um garoto de lambuja para São Januário. Um tal de Pelé, que ainda era promessa.Ele mesmo - Edson Arantes do Nascimento. O Vasco não quis. Mas, assim como Sabará, o maior craque do mundo de todos os tempos também vestiu a camisa do Vasco. E pisou o seu gramado. Vou ficando por aqui. Nenhum gramado, em tempo algum, em lugar nenhum, foi pisado por tantos artistas da bola como o nosso. Claro que já foi pisado também por algumas barangas. Que antigamente não se criavam. Algumas delas ainda pisam o nosso santo gramado. Num ato de sacrilégio e desrespeito. Quando o nosso time entrar, quarta-feira, para jogar com o Coríntians genérico do Paraná, estarei olhando mais uma vez para o gramado octogenário. E como sonhar não é pecado, de olhos abertos estarei sonhando com os meus deliciosos fantasmas do passado, ali dentro, pisando com amor,carinho e craqueza o santo gramado, ajudando nosso limitado time de hoje. E que se dane ou se f., se quiserem, quem me taxar de saudosista. Se não fosse o glorioso passado a mídia não estaria lembrando hoje que no dia vinte e um de abril próximo o estádio de São Januário completa 83 anos. Obrigado, meu Deus. SARAVASCO!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Bom dia , hoje é dia 12 de abril de 2010.
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ÁUREO AMENO
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NO FUTEBOL A GENTE NÃO GANHA NADA, MAS EM TATUAGEM!
12/04/2010 - 00h36min
omos roubados na decisão contra o Flamengo. Um pênalti rigoroso contra a gente e um claríssimo que não foi marcado a nosso favor. Não merecíamos ter perdido o jogo. Mas perdemos. Mais um título perdido nessa década também perdida. Os erros do árbitro não justificam os erros da diretoria. Assino embaixo a coluna do José Luiz Mano, apontando nomes que poderiam estar ajudando ao Vasco. Ninguém comenta mais o grosseiro erro jurídico que nos tirou seis pontos no campeonato passado. Erros JURÍDICOS prejudicam também o futebol. Na base, a situação continua lastimável. Tudo entregue a empresários. Isso influencia também no futebol do clube. Nesse setor, a coisa vem de longe. Basta lembrar que o nosso carrasco de ontem, Vágner Love, foi mandado embora do Vasco porque era muito pequeno. Isso aconteceu na administração passada. Mas, a atual administração, apesar dos resultados adversos no futebol (ou por causa deles?) vem investindo em outros “importantes” setores. E com isso vai “renovando” o nosso Vasco.
Tipo (para continuar por dentro da onda) – o espírito inovador fez uma viagem até à Idade Média e descobriu a Cruz Templária. Estava salva a pátria, ou melhor, o Vasco. O nosso futuro, nosso crescimento, o nosso “daqui pra frente” estava escondido, ali, na Idade Média. Então houve a grande mudança. De cruzmaltino, o Vasco virou “templarino”. Aleluia! E para marcar a grande descoberta arranjaram mais um troféu para o Vasco - o campeonato mundial de tatuagem. Confesso que fiquei emocionado quando o tatuador batia o recorde mundial de tatuagens (por dia) ao atingir a octogésima-centésima-segunda - na gorda panturrilha do nosso presidente. Que momento emocionante. Acompanhei pela televisão e não agüentei. Fiquei perfilado, a mão no peito e berrei... ”Urubu...vai tomar no c... O Vasco é campeão até em tatoo!”
Confesso que no velho Vasco a gente era campeão em remo, atletismo, basquete, futebol de salão, natação, boxe e principalmente no futebol de campo. Em todas as divisões. Mas, os tempos mudam. O progresso exige novas conquistas. E depois da tatuagem, a gente pode esperar um belo campeonato mundial de esgrima. A nova camisa é passadista. Não pode ser futurista como querem as pessoas do novo Vasco, porque foi inspirada na Idade Média, (também conhecida como idade das sombras). Portanto, camisa, “templarice” e a Idade Média prevêem um futuro promissor para a nossa esgrima. Combina com o ambiente criado. Talvez seja o segundo troféu desse século XXI (o primeiro é aquele do campeonato estadual mixuruca de 2003). Para aqueles que nos consideram dinossauros, anacrônicos, velhos que querem impedir o progresso do Vasco, eu lembro que todos os troféus existentes em nossa belíssima sala foram conquistados no Século passado.
Perdemos mais um jogo importante. Perdemos mais um título. O que é que vão inventar agora em matéria de inovação? Esperemos pelo próximo factóide. Enquanto isso, o Vasco continua se afundando em dívidas, incompetência e maus resultados. Quero repetir: não vou ao estádio para aplaudir dirigente. Bato palmas exclusivamente para craques. Para quem dá a vida em campo pela nossa camisa. Seja ela cruzmaltina ou templarina. Não sou Roberto, Eurico, nem eu mesmo. Sou Vasco. Acima de tudo Vasco. Talvez um mergulho no passado, uma viagem à nossa História, uma volta ao nosso Vasco antigo esteja a solução dos nossos problemas. Mas, Idade Média, é dose. E se alguém puder que tire minha dúvida – com esse sopro de renovação que se abateu sobre São Januário continuo cruzmaltino ou virei templarino? (ou templário?) Respostas para meu email: ameno@globo.com
SARAVASCO
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ÁUREO AMENO
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NO FUTEBOL A GENTE NÃO GANHA NADA, MAS EM TATUAGEM!
12/04/2010 - 00h36min
omos roubados na decisão contra o Flamengo. Um pênalti rigoroso contra a gente e um claríssimo que não foi marcado a nosso favor. Não merecíamos ter perdido o jogo. Mas perdemos. Mais um título perdido nessa década também perdida. Os erros do árbitro não justificam os erros da diretoria. Assino embaixo a coluna do José Luiz Mano, apontando nomes que poderiam estar ajudando ao Vasco. Ninguém comenta mais o grosseiro erro jurídico que nos tirou seis pontos no campeonato passado. Erros JURÍDICOS prejudicam também o futebol. Na base, a situação continua lastimável. Tudo entregue a empresários. Isso influencia também no futebol do clube. Nesse setor, a coisa vem de longe. Basta lembrar que o nosso carrasco de ontem, Vágner Love, foi mandado embora do Vasco porque era muito pequeno. Isso aconteceu na administração passada. Mas, a atual administração, apesar dos resultados adversos no futebol (ou por causa deles?) vem investindo em outros “importantes” setores. E com isso vai “renovando” o nosso Vasco.
Tipo (para continuar por dentro da onda) – o espírito inovador fez uma viagem até à Idade Média e descobriu a Cruz Templária. Estava salva a pátria, ou melhor, o Vasco. O nosso futuro, nosso crescimento, o nosso “daqui pra frente” estava escondido, ali, na Idade Média. Então houve a grande mudança. De cruzmaltino, o Vasco virou “templarino”. Aleluia! E para marcar a grande descoberta arranjaram mais um troféu para o Vasco - o campeonato mundial de tatuagem. Confesso que fiquei emocionado quando o tatuador batia o recorde mundial de tatuagens (por dia) ao atingir a octogésima-centésima-segunda - na gorda panturrilha do nosso presidente. Que momento emocionante. Acompanhei pela televisão e não agüentei. Fiquei perfilado, a mão no peito e berrei... ”Urubu...vai tomar no c... O Vasco é campeão até em tatoo!”
Confesso que no velho Vasco a gente era campeão em remo, atletismo, basquete, futebol de salão, natação, boxe e principalmente no futebol de campo. Em todas as divisões. Mas, os tempos mudam. O progresso exige novas conquistas. E depois da tatuagem, a gente pode esperar um belo campeonato mundial de esgrima. A nova camisa é passadista. Não pode ser futurista como querem as pessoas do novo Vasco, porque foi inspirada na Idade Média, (também conhecida como idade das sombras). Portanto, camisa, “templarice” e a Idade Média prevêem um futuro promissor para a nossa esgrima. Combina com o ambiente criado. Talvez seja o segundo troféu desse século XXI (o primeiro é aquele do campeonato estadual mixuruca de 2003). Para aqueles que nos consideram dinossauros, anacrônicos, velhos que querem impedir o progresso do Vasco, eu lembro que todos os troféus existentes em nossa belíssima sala foram conquistados no Século passado.
Perdemos mais um jogo importante. Perdemos mais um título. O que é que vão inventar agora em matéria de inovação? Esperemos pelo próximo factóide. Enquanto isso, o Vasco continua se afundando em dívidas, incompetência e maus resultados. Quero repetir: não vou ao estádio para aplaudir dirigente. Bato palmas exclusivamente para craques. Para quem dá a vida em campo pela nossa camisa. Seja ela cruzmaltina ou templarina. Não sou Roberto, Eurico, nem eu mesmo. Sou Vasco. Acima de tudo Vasco. Talvez um mergulho no passado, uma viagem à nossa História, uma volta ao nosso Vasco antigo esteja a solução dos nossos problemas. Mas, Idade Média, é dose. E se alguém puder que tire minha dúvida – com esse sopro de renovação que se abateu sobre São Januário continuo cruzmaltino ou virei templarino? (ou templário?) Respostas para meu email: ameno@globo.com
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
AH, SE O PROBLEMA FOSSE SÓ A CAMISA...
04/04/2010 - 23h58min
Os clubes cariocas vivem problemas idênticos. Cada um se divide em forças levadas por ambições e vaidades que nada têm a ver com estatutos, camisas ou compromissos com a História. Em 1972, Washington Rodrigues deixava a Rádio Globo. Waldir Amaral me chamou e disse: ´”Áureo, você é vascaíno mas vai se violentar. Preciso de você no Flamengo. O Washington está nos deixando e preciso de um repórter experiente como você na Gávea. É uma questão de profissionalismo.” Meio atordoado, senti, naquele momento, a lição número um do jornalista. No exercício de sua função ele não pode se prender a paixões. Tem que ser isento. Parti para a nova missão. Senti certo temor. Logo desfeito pela maneira cortez com que fui recebido pelo “inimigo”.
Pessoas como Jorge Helal, Ivan Drumond, Hélio Maurício faziam de tudo para que eu me sentisse em casa. Vi o lançamento e a subida de Zico, Junior, Rondinelli, o falecido Geraldo, Adílio, entre outros. Certa vez, um garoto bom de bola, esperança do clube, desapareceu. Helal, que era o homem forte do futebol de base, estava desesperado. Ninguém sabia onde o garoto tinha se metido. Ligaram para a Rádio e me avisaram que ele foi visto vendendo doces na plataforma da Central do Brasil. Parti pra lá. Encontrei o garoto vendendo doces. Ele me contou que a família estava passando por dificuldades. Não recebia nada do Flamengo. Era o único filho homem e estava ali se virando para levar dinheiro pra casa. Confesso – tive vontade de levá-lo para o Vasco. Mas, minha consciência reprovava essa idéia. Acabei levando-o à loja do Jorge Helal na Rua da Alfândega. Ele acertou uma certa quantia mensal com o garoto e mandou que ele voltasse imediatamente para a Gávea. Abraçou-me e disse: – “Você, além de vascaíno, é uma pessoa admirável.”
Ainda tive o prazer de ver esse garoto, já jogador feito, defendendo com muita dignidade a camisa do Vasco. Tive o prazer de vê-lo dando a volta olímpica como campeão pelo Vasco. É um cara de excelente caráter (que já demonstrava quando ainda garoto, vendendo doces para ajudar a família). Passei uns dois anos cobrindo o Flamengo. Sempre torcendo pelo Vasco. Mas fazendo meu trabalho com toda a dignidade. Zico, Junior, Helal, Joubert, Cantarelli, Liminha estão aí para confirmar o que estou dizendo. O que eu quero dizer é que, na minha passagem por la, assistia às mesmas disputadas políticas. Enquanto o time treinava dentro do campo, do lado de fora, se formavam grupinhos; Uma conspiração constante contra tudo e contra todos. Cobrindo o Flamengo eu, cada vez mais, sentia a grandeza do Vasco. Voltei ao nosso clube no ano do primeiro campeonato brasileiro. Mil novecentos e setenta e quatro.
Uso, até hoje, o medalhão chaveiro comemorativo do evento. Que, pouca gente sabe, esteve ameaçado no tapetão. A diretoria do Cruzeiro foi informada de que o nosso atacante, Jorginho Carvoeiro, não tinha certificado de conclusão do curso primário. Por isso queria tirar o campeonato do Vasco. Foi um corre-corre muito grande nos bastidores. O certo é que, procura daqui, procura dali, o certificado apareceu. O campeonato era mesmo nosso. As coisas para o Vasco são sempre difíceis. Senti isso na pele várias vezes. Como repórter cheguei à conclusão de que era muito mais fácil cobrir o Flamengo. Qualquer coisa que la acontecia era importante para os donos da mídia. Quando o nosso atual presidente esteve para assinar contrato com eles, senti outra vez a pressão. Chegaram a fazer uma montagem de um gol do Dinamite pelo Flamengo com um passe do Zico. A montagem já estava preparada para ser levada ao ar pela Rádio Globo. Foi quando Eurico partiu para a Espanha e impediu o negócio. (Quantas voltas dá esse mundão de Deus....). Agora estamos vivendo a “batalha” da camisa. Enquanto isso, problemas que se arrastam há vários anos não têm solução. Entramos na semana de mais uma decisão contra eles. O que a torcida quer, na realidade, são vitórias. Títulos. Taças. Conquistas. Camisa nunca foi problema para o Vasco. E esse terceiro uniforme nada mais é que um cortina de fumaça para enganar o torcedor.
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04/04/2010 - 23h58min
Os clubes cariocas vivem problemas idênticos. Cada um se divide em forças levadas por ambições e vaidades que nada têm a ver com estatutos, camisas ou compromissos com a História. Em 1972, Washington Rodrigues deixava a Rádio Globo. Waldir Amaral me chamou e disse: ´”Áureo, você é vascaíno mas vai se violentar. Preciso de você no Flamengo. O Washington está nos deixando e preciso de um repórter experiente como você na Gávea. É uma questão de profissionalismo.” Meio atordoado, senti, naquele momento, a lição número um do jornalista. No exercício de sua função ele não pode se prender a paixões. Tem que ser isento. Parti para a nova missão. Senti certo temor. Logo desfeito pela maneira cortez com que fui recebido pelo “inimigo”.
Pessoas como Jorge Helal, Ivan Drumond, Hélio Maurício faziam de tudo para que eu me sentisse em casa. Vi o lançamento e a subida de Zico, Junior, Rondinelli, o falecido Geraldo, Adílio, entre outros. Certa vez, um garoto bom de bola, esperança do clube, desapareceu. Helal, que era o homem forte do futebol de base, estava desesperado. Ninguém sabia onde o garoto tinha se metido. Ligaram para a Rádio e me avisaram que ele foi visto vendendo doces na plataforma da Central do Brasil. Parti pra lá. Encontrei o garoto vendendo doces. Ele me contou que a família estava passando por dificuldades. Não recebia nada do Flamengo. Era o único filho homem e estava ali se virando para levar dinheiro pra casa. Confesso – tive vontade de levá-lo para o Vasco. Mas, minha consciência reprovava essa idéia. Acabei levando-o à loja do Jorge Helal na Rua da Alfândega. Ele acertou uma certa quantia mensal com o garoto e mandou que ele voltasse imediatamente para a Gávea. Abraçou-me e disse: – “Você, além de vascaíno, é uma pessoa admirável.”
Ainda tive o prazer de ver esse garoto, já jogador feito, defendendo com muita dignidade a camisa do Vasco. Tive o prazer de vê-lo dando a volta olímpica como campeão pelo Vasco. É um cara de excelente caráter (que já demonstrava quando ainda garoto, vendendo doces para ajudar a família). Passei uns dois anos cobrindo o Flamengo. Sempre torcendo pelo Vasco. Mas fazendo meu trabalho com toda a dignidade. Zico, Junior, Helal, Joubert, Cantarelli, Liminha estão aí para confirmar o que estou dizendo. O que eu quero dizer é que, na minha passagem por la, assistia às mesmas disputadas políticas. Enquanto o time treinava dentro do campo, do lado de fora, se formavam grupinhos; Uma conspiração constante contra tudo e contra todos. Cobrindo o Flamengo eu, cada vez mais, sentia a grandeza do Vasco. Voltei ao nosso clube no ano do primeiro campeonato brasileiro. Mil novecentos e setenta e quatro.
Uso, até hoje, o medalhão chaveiro comemorativo do evento. Que, pouca gente sabe, esteve ameaçado no tapetão. A diretoria do Cruzeiro foi informada de que o nosso atacante, Jorginho Carvoeiro, não tinha certificado de conclusão do curso primário. Por isso queria tirar o campeonato do Vasco. Foi um corre-corre muito grande nos bastidores. O certo é que, procura daqui, procura dali, o certificado apareceu. O campeonato era mesmo nosso. As coisas para o Vasco são sempre difíceis. Senti isso na pele várias vezes. Como repórter cheguei à conclusão de que era muito mais fácil cobrir o Flamengo. Qualquer coisa que la acontecia era importante para os donos da mídia. Quando o nosso atual presidente esteve para assinar contrato com eles, senti outra vez a pressão. Chegaram a fazer uma montagem de um gol do Dinamite pelo Flamengo com um passe do Zico. A montagem já estava preparada para ser levada ao ar pela Rádio Globo. Foi quando Eurico partiu para a Espanha e impediu o negócio. (Quantas voltas dá esse mundão de Deus....). Agora estamos vivendo a “batalha” da camisa. Enquanto isso, problemas que se arrastam há vários anos não têm solução. Entramos na semana de mais uma decisão contra eles. O que a torcida quer, na realidade, são vitórias. Títulos. Taças. Conquistas. Camisa nunca foi problema para o Vasco. E esse terceiro uniforme nada mais é que um cortina de fumaça para enganar o torcedor.
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